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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Cronologia da operação Martelo da Meia-Noite

Cronologia de um ataque ao Irão. Como aconteceu a operação Martelo da Meia-Noite?

22 jun, 2025 - 14:40 • Ana Kotowicz

Durante a operação, à medida que os bombardeiros B-2 eram lançados, alguns rumavam para o oeste como isco, enquanto os demais "seguiam silenciosamente para o leste, com comunicações mínimas durante o voo de 18 horas".

O plano tático seguido pelas forças militares norte-americanas foi explicado este domingo, no Pentágono, pelo presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Dan Caine Foto: Jim Lo Scalzo/EPA

O plano tático seguido pelas forças militares norte-americanas foi explicado este domingo, no Pentágono, pelo presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Dan Caine Foto: Jim Lo Scalzo/EPA

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Qual foi o papel dos bombardeiros B-2, das bombas GBU-57, dos mísseis Tomahawk e dos submarinos norte-americanos durante o ataque ao Irão? O plano tático seguido pelas forças militares norte-americanas foi explicado este domingo, no Pentágono, pelo presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA.

A Operação Martelo da Meia-Noite, que levou meses a ser preparada, seguiu um cronograma apertado e continha informações que poucos conheciam, explicou o general Dan Caine, durante uma conferência de imprensa conjunta com Peter Hegseth, secretário de Estado norte-americano.

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Durante a operação — que começou na madrugada de sexta-feira — à medida que os bombardeiros B-2 eram lançados, alguns rumavam para o oeste como isco, enquanto os demais "seguiam silenciosamente para o leste, com comunicações mínimas durante o voo de 18 horas".

Além disso, um submarino dos EUA "lançou mais de duas dúzias de mísseis de cruzeiro Tomahawk de ataque terrestre contra alvos-chave de infraestrutura de superfície" na instalação nuclear de Esfahan, uma das três atingidas.

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À medida que os B-2s entraram no espaço aéreo do Irão, os Estados Unidos "empregaram várias táticas de dissimulação", com aeronaves de quarta e quinta geração à frente do grupo de ataque, a alta altitude e velocidade, "varrendo a frente do grupo para caças inimigos e ameaças de mísseis terra-ar", explicou Caine.

Já na aproximação às instalações de Natanz e Fordo, foram utilizadas "armas de supressão de alta velocidade" com aviões de combate para "garantir a passagem segura" dos B-2. E foi o bombardeiro líder que lançou duas enormes bombas "perfuradoras de bunker" contra o complexo nuclear de Fordo. A partir daí, o caminho ficou livre para "os restantes bombardeiros atingirem os seus alvos".

No total, foram lançadas 16 bombas GBU-57 — duas pelo bombardeiro líder em Fordo, e 14 pelos demais bombardeiros contra as outras duas instalações. Nenhum tiro foi disparado pelo Irão contra os EUA, nem na ida nem no regresso a casa, disse Caine.


🕛 Cronologia da operação Martelo da Meia-Noite

·      00h00 (ET, mais 5 horas em Lisboa) – Início da operação

o   Bombardeiros B-2 decolam dos EUA.

o   Alguns seguem para oeste como distração.

o   Os demais seguem para o leste, em silêncio, com comunicações mínimas, um voo de 18 horas.

·      17h00 (ET) – Ataque com mísseis Tomahawk

o   Um submarino dos EUA lança mais de duas dezenas de mísseis Tomahawk contra alvos de infraestrutura no complexo nuclear de Esfahan, no Irão.

·      Entrada no espaço aéreo iraniano

o   Os EUA usam táticas de engano, como iscos aéreos.

o   Aeronaves de quarta e quinta geração voam à frente para identificar ameaças (aviões inimigos e mísseis terra-ar).

o   Caças lançam armas de supressão de alta velocidade para proteger a passagem dos bombardeiros B-2.

·      18h40 (ET) – Ataque a Fordo

o   O bombardeiro B-2 líder lança duas bombas GBU-57 sobre a instalação nuclear de Fordo.

·      18h40–19h05 (ET) – Ataques adicionais

o   Os outros B-2 lançam mais 14 bombas GBU-57 sobre os alvos restantes (Natanz e Esfahan).

o   O ataque ocorre por volta das 2h10 da manhã (horário local no Irão, menos 3h30 em Lisboa).

·      Pós-ataque – Regresso das forças dos EUA

o   Os bombardeiros iniciam o voo de regresso aos EUA.

o   Nenhum disparo iraniano foi registado contra as forças norte-americanas durante a operação.


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