Cronologia
de um ataque ao Irão. Como aconteceu a operação Martelo da Meia-Noite?
22 jun, 2025 - 14:40 • Ana Kotowicz
Durante
a operação, à medida que os bombardeiros B-2 eram lançados, alguns rumavam para
o oeste como isco, enquanto os demais "seguiam silenciosamente para o
leste, com comunicações mínimas durante o voo de 18 horas".
Guerra
no Médio Oriente
EUA
atacam instalações nucleares no Irão
"Concluímos
o nosso ataque bem-sucedido às três in(...)
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Qual
foi o papel dos bombardeiros B-2, das bombas GBU-57, dos mísseis Tomahawk e dos
submarinos norte-americanos durante o ataque ao Irão? O
plano tático seguido pelas forças militares norte-americanas foi explicado este
domingo, no Pentágono, pelo presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA.
A
Operação Martelo da Meia-Noite, que levou meses a ser preparada, seguiu
um cronograma apertado e continha informações que poucos conheciam, explicou o
general Dan Caine, durante uma conferência de imprensa conjunta com Peter
Hegseth, secretário de Estado norte-americano.
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Durante
a operação — que começou na madrugada de sexta-feira — à medida que os
bombardeiros B-2 eram lançados, alguns rumavam para o oeste como isco, enquanto
os demais "seguiam silenciosamente para o leste, com comunicações mínimas
durante o voo de 18 horas".
Além
disso, um submarino dos EUA "lançou mais de duas dúzias de mísseis
de cruzeiro Tomahawk de ataque terrestre contra alvos-chave de
infraestrutura de superfície" na instalação nuclear de Esfahan, uma das
três atingidas.
Guerra
no Médio Oriente
GBU-57,
a bomba dos EUA que pode destruir a central nuclear secreta do Irão
A
única maneira de destruir a central nuclear de F(...)
À
medida que os B-2s entraram no espaço aéreo do Irão, os Estados Unidos "empregaram
várias táticas de dissimulação", com aeronaves de quarta e quinta
geração à frente do grupo de ataque, a alta altitude e velocidade,
"varrendo a frente do grupo para caças inimigos e ameaças de mísseis
terra-ar", explicou Caine.
Já
na aproximação às instalações de Natanz e Fordo, foram utilizadas "armas
de supressão de alta velocidade" com aviões de combate para "garantir
a passagem segura" dos B-2. E foi o bombardeiro líder que lançou
duas enormes bombas "perfuradoras de bunker" contra o complexo
nuclear de Fordo. A partir daí, o caminho ficou livre para "os
restantes bombardeiros atingirem os seus alvos".
No
total, foram lançadas 16 bombas GBU-57 — duas pelo bombardeiro líder em Fordo,
e 14 pelos demais bombardeiros contra as outras duas instalações. Nenhum tiro
foi disparado pelo Irão contra os EUA, nem na ida nem no regresso a casa, disse
Caine.
🕛 Cronologia
da operação Martelo da Meia-Noite
· 00h00
(ET, mais 5 horas em Lisboa) – Início da operação
o Bombardeiros
B-2 decolam dos EUA.
o Alguns
seguem para oeste como distração.
o Os
demais seguem para o leste, em silêncio, com comunicações mínimas, um voo de 18
horas.
· 17h00
(ET) – Ataque com mísseis Tomahawk
o Um
submarino dos EUA lança mais de duas dezenas de mísseis Tomahawk contra alvos
de infraestrutura no complexo nuclear de Esfahan, no Irão.
· Entrada
no espaço aéreo iraniano
o Os
EUA usam táticas de engano, como iscos aéreos.
o Aeronaves
de quarta e quinta geração voam à frente para identificar ameaças (aviões
inimigos e mísseis terra-ar).
o Caças
lançam armas de supressão de alta velocidade para proteger a passagem dos
bombardeiros B-2.
· 18h40
(ET) – Ataque a Fordo
o O
bombardeiro B-2 líder lança duas bombas GBU-57 sobre a
instalação nuclear de Fordo.
· 18h40–19h05
(ET) – Ataques adicionais
o Os
outros B-2 lançam mais 14 bombas GBU-57 sobre os alvos
restantes (Natanz e Esfahan).
o O
ataque ocorre por volta das 2h10 da manhã (horário local no Irão, menos
3h30 em Lisboa).
· Pós-ataque
– Regresso das forças dos EUA
o Os
bombardeiros iniciam o voo de regresso aos EUA.
o Nenhum
disparo iraniano foi registado contra as forças
norte-americanas durante a operação.
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