E porque não se dedica só à literatura (abaixo de literatura)? Ou ao futebol? Ou ao Brasil (apesar da sua preferência pela lusitaníssima ortografia)??
31 de Julho de 2010 por Carlos VidalBom, vou seguir o conselho do Nuno: está muito calor para escrever mais do que duas linhas. É esse o espaço a dar ao tipo da foto. Nunca pára de (não) surpreender.
Da personagem lembro-me de dois “pensamentos” (aquilo é só “pensamentos” tornados opiniões, e estes dois são dos melhores):
- agora que Foz Côa tem inaugurado um museu sobre as gravuras, escreveu algures o (eminente) peleontólogo da foto que aquilo não valia nada, eram só uns arranhões da treta nas pedras. Como dizer, por exemplo, que um Pollock, um Jackson Pollock, não passaria de umas mijadelas para uma tela deitada no chão (esta o tipo não disse, de facto, mas das gravuras disse ser aquilo lixo puro).
- disse ainda que (esta é famosa) os professores eram uns parasitas bem pagos, os mais bem pagos, aliás, depois acho que processou umas pessoas porque afinal não disse, mas disse que eram uns preguiçosos (canalhas, pá) que não queriam ser avaliados, para, apesar de medíocres, conservarem toda a vida um empregozito.
E agora, escreve isto no “Expresso” de hoje (sobre o Freeport, assunto de que é especialista, como de Pinto da Costa, da Rede Natura, do Sul, de contentores e do rio Tejo, de jipes, de Algarve, do Alqueva, de “literatura abaixo de literatura”, etc.):
O MP [Ministério Público] limitou-se a acusar dois ex-funcionários do Freeport por tentativa de extorsão á empresa, deixando cair todas as suspeitas de corrupção, tráfico de influências e financiamento partidário ilegítimo, conclusão a que os ingleses já haviam chegado há mais de um ano e a que qualquer pessoa com um mínimo de experiência em matéria de investigação criminal há muito teria chegado por si própria.
Bravo, “qualquer pessoa”…. “qualquer pessoa” ….
Como eu admiro este faro, esta experiência fulgurante, este não hesitar no alvo, esta certeira espreitadela, esta propensão para a caça grossa ….
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