Faro:
“Estava a copiar e nunca lhe bati”
A professora que foi agredida pela mãe de uma aluna na escola EB 2/3 D. Afonso III, em Faro, desmente a versão apresentada pela encarregada de educação da rapariga. "Ela estava a copiar", diz, "e nunca lhe bati, quando lhe tirei e anulei o teste".
0h30Nº de votos (1) Comentários (0) Por:João Mira Godinho
O caso começou a 26 de Maio, quando a rapariga, de 15 anos, viu anulado o teste de Geografia do 8º ano. "Ela tinha cábulas, estava a usá-las", assegura a docente, que prefere não se identificar. Ao CM a mãe da aluna, Eugénia Ramires, além de desmentir que a filha estivesse a copiar, acusou a professora de bater na rapariga. A docente desmente: "ela inicialmente recusou-se a dar-me o teste mas acabou por ser anulado e não lhe dei qualquer estalo".
Dois dias depois a aluna fez novo teste da disciplina. E mais uma vez as versões não coincidem. A mãe diz que o exame de substituição foi realizado a seu pedido. A professora afirma que foi ela quem consultou o conselho executivo e decidiu fazer uma nova prova à rapariga.
A 2 de Junho, dia em que a jovem recebeu a nota (negativa), deu-se a agressão, que Eugénia Ramires assume. Mas justifica o gesto pelo alegado estalo dado pela docente à filha. A professora conta como viu as coisas: "nem me deixou falar, só gritava e, na sala do conselho executivo, deu-me um estalo".
Tanto a docente como a mãe da jovem já apresentaram queixa na PSP por agressão. Agora, a professora pensa avançar com uma nova participação. "Vou acrescentar a queixa de difamação", explica, referindo-se à versão dos factos que Eugénia Ramires relatou ao CM.
"A sala estava cheia de alunos, que podem comprovar que eu não a agredi", defende. No entanto, a professora de geografia reconhece uma falha. "Não lhe tirei as cábulas, foi o meu erro", assume.
A direcção da Escola D. Afonso III, que recusou prestar esclarecimentos sobre a situação ao CM, abriu entretanto um inquérito para averiguar o que se passou.
O director regional de Educação, Luís Correia, afirma que só vai tomar uma posição quando receber o relatório do inquérito.
DOIS OUTROS CASOS DE PROFESSORES ALVO DE AGRESSÃO
Uma semana antes do caso com a professora de geografia, a docente de ciências naturais do 7º ano também foi agredida por uma mãe. "Há um aluno que vai à escola mas nunca vai às aulas, só lá anda a desestabilizar", contou ao CM a professora, também sem querer identificar-se. "Eu disse à mãe que ele pode fazer o que quiser mas não tinha o direito de andar a desestabilizar os outros", explica, "e ela agrediu-me com socos na cabeça". Pouco tempo antes, uma outra professora, que tentou parar uma briga entre alunos, foi agredida por um deles. n J.M.G.
PORMENORES
BAIXA MÉDICA
Depois da agressão, a docente entrou em baixa médica, por motivos psicológicos. O mesmo se passa com a outra professora também agredida por uma mãe no final de Maio.
PROFESSOR FRAGILIZADO
Para Delfina Sistêlo, do Sindicato dos Professores da Zona Sul, as agressões aos professores são resultado da "fragilização do papel do docente feita pelo governo". Para esta professora, "é necessário denunciar estes casos".
“Estava a copiar e nunca lhe bati”
A professora que foi agredida pela mãe de uma aluna na escola EB 2/3 D. Afonso III, em Faro, desmente a versão apresentada pela encarregada de educação da rapariga. "Ela estava a copiar", diz, "e nunca lhe bati, quando lhe tirei e anulei o teste".
0h30Nº de votos (1) Comentários (0) Por:João Mira Godinho
O caso começou a 26 de Maio, quando a rapariga, de 15 anos, viu anulado o teste de Geografia do 8º ano. "Ela tinha cábulas, estava a usá-las", assegura a docente, que prefere não se identificar. Ao CM a mãe da aluna, Eugénia Ramires, além de desmentir que a filha estivesse a copiar, acusou a professora de bater na rapariga. A docente desmente: "ela inicialmente recusou-se a dar-me o teste mas acabou por ser anulado e não lhe dei qualquer estalo".
Dois dias depois a aluna fez novo teste da disciplina. E mais uma vez as versões não coincidem. A mãe diz que o exame de substituição foi realizado a seu pedido. A professora afirma que foi ela quem consultou o conselho executivo e decidiu fazer uma nova prova à rapariga.
A 2 de Junho, dia em que a jovem recebeu a nota (negativa), deu-se a agressão, que Eugénia Ramires assume. Mas justifica o gesto pelo alegado estalo dado pela docente à filha. A professora conta como viu as coisas: "nem me deixou falar, só gritava e, na sala do conselho executivo, deu-me um estalo".
Tanto a docente como a mãe da jovem já apresentaram queixa na PSP por agressão. Agora, a professora pensa avançar com uma nova participação. "Vou acrescentar a queixa de difamação", explica, referindo-se à versão dos factos que Eugénia Ramires relatou ao CM.
"A sala estava cheia de alunos, que podem comprovar que eu não a agredi", defende. No entanto, a professora de geografia reconhece uma falha. "Não lhe tirei as cábulas, foi o meu erro", assume.
A direcção da Escola D. Afonso III, que recusou prestar esclarecimentos sobre a situação ao CM, abriu entretanto um inquérito para averiguar o que se passou.
O director regional de Educação, Luís Correia, afirma que só vai tomar uma posição quando receber o relatório do inquérito.
DOIS OUTROS CASOS DE PROFESSORES ALVO DE AGRESSÃO
Uma semana antes do caso com a professora de geografia, a docente de ciências naturais do 7º ano também foi agredida por uma mãe. "Há um aluno que vai à escola mas nunca vai às aulas, só lá anda a desestabilizar", contou ao CM a professora, também sem querer identificar-se. "Eu disse à mãe que ele pode fazer o que quiser mas não tinha o direito de andar a desestabilizar os outros", explica, "e ela agrediu-me com socos na cabeça". Pouco tempo antes, uma outra professora, que tentou parar uma briga entre alunos, foi agredida por um deles. n J.M.G.
PORMENORES
BAIXA MÉDICA
Depois da agressão, a docente entrou em baixa médica, por motivos psicológicos. O mesmo se passa com a outra professora também agredida por uma mãe no final de Maio.
PROFESSOR FRAGILIZADO
Para Delfina Sistêlo, do Sindicato dos Professores da Zona Sul, as agressões aos professores são resultado da "fragilização do papel do docente feita pelo governo". Para esta professora, "é necessário denunciar estes casos".
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