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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Casa Pia, 8 anos depois....

8 anos depois

Com sorte a Justiça será servida. Ou então teremos mais uns santos neste amorfo (ou será pantanoso?) país!

Juíza Ana Peres marcou mais uma audiência


Relatório de 'Bibi' atrasa julgamento

A juíza Ana Peres marcou esta segunda-feira mais uma audiência do processo de pedofilia da Casa Pia para 28 de Junho, uma vez que o novo relatório social sobre Carlos Silvino, principal arguido, ainda não chegou ao tribunal.

Por:Ana Luísa Nascimento

Na 458.ª sessão, que durou menos de meia-hora, os advogados de ‘Bibi’ requereram, aliás, que o segundo relatório não seja elaborado pelos mesmos técnicos da Direcção-Geral de Reinserção Social que fizeram o primeiro.

Recorde-se que o megaprocesso de pedofilia, que veio a público em 2002 e envolve sete arguidos, tem sentença marcada para 9 de Julho. O julgamento começou em Novembro de 2004.


UM POUCO DE HISTÓRIA

O Escândalo Casa Pia rebentou a 23 de Setembro de 2002, quando um antigo aluno da Casa Pia em entrevista à jornalista Felícia Cabrita, alega ter sofrido de abusos sexuais, enquanto jovem. Os principais responsáveis desses abusos eram figuras públicas e um ex-funcionário da Casa Pia, Carlos Silvino, mais conhecido como Bibi.

A 29 de dezembro de 2003, o Procurador-geral da República, José Souto Moura, acusa formalmente várias personalidade de abusos sexuais a menores:

A 1 de Fevereiro de 2003 é detido o apresentador de televisão Carlos Cruz (sendo posteriormente libertado a 4 de Maio de 2004 ficando em prisão domiciliaria),o advogado Hugo Marçal e o médico Ferreira Diniz, por "fortes indícios" da prática dos crimes de abuso sexual de menores e lenocínio (incentivo à prostituição). Hugo Marçal é libertado mediante o pagamento de uma caução de 10 mil euros.

A 1 de Abril de 2003 é detido o ex-provedor adjunto da Casa Pia de Lisboa Manuel Abrantes ( sendo posteriormente libertado a 7 de Maio de 2004 ficando em prisão domiciliaria).

A 20 de Maio de 2003 é detido o embaixador Jorge Ritto (posteriormente libertado a 2 de Abril de 2004 mas obrigado á apresentação semanal às autoridades policiais e a não se ausentar do concelho onde reside[1].

O julgamento iniciou em 25 de Novembro de 2004, com sete arguidos: Carlos Silvino, Carlos Cruz, Jorge Ritto, Ferreira Diniz, Manuel Abrantes, Hugo Marçal e Gertrudes Nunes. O caso arrastou-se durante anos, com audiências públicas e não públicas para auscultar as alegadas vítimas. Em Novembro de 2009 o caso ainda decorre.

A sentença foi marcada para o dia 9 de Julho de 2010.

[1] 23 de Setembro de 2002 - A mãe de "Joel", um aluno da Casa Pia de Lisboa, apresenta uma queixa na Polícia Judiciária (PJ) contra o funcionário da instituição Carlos Silvino ("Bibi") por abusos sexuais contra o filho.

[2]Quatro crimes contra Cruz

Carlos Cruz, o arguido mais mediático do processo de pedofilia da Casa Pia, arrisca uma condenação por quatro crimes sexuais – três de abusos e um de actos com adolescentes.

[3] Entre o seu gabinete no tribunal da Boa Hora e o silêncio e tranquilidade da sua casa do Norte, o procurador João Aibéo analisou, nos últimos meses, as transcrições de parte substancial das declarações e depoimentos prestados ao tribunal ao longo de quatro anos de julgamento, registados em 12 cassetes de vídeo, 968 de áudio, 1052 CD e 314 DVD.


"A posição de Carlos Silvino neste processo é um equívoco, é uma equação que não tem solução e é por isso que ele é um falso corroborador" das acusações, afirmou também.

Além de Cruz, Ferreira Diniz e Carlos Silvino, respondem em tribunal neste processo o ex-provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes, o embaixador Jorge Ritto, o advogado Hugo Marçal e Gertrudes Nunes, dona da casa de Elvas onde terão ocorrido abusos sexuais com alunos casapianos.


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