Sociedade de advogados de Luís Montenegro recebe 70 mil euros por
ajuste direto.
A Câmara de Espinho garante que esses contratos permitiram «a
redução muito substancial dos custos» com serviços jurídicos.
O BE acusou esta quarta-feira a Câmara de Espinho de favorecer a
firma de advogados de Luís Montenegro com mais de 70.000 euros em serviços
adjudicados por ajuste direto, mas a autarquia garante que esses contratos
permitem uma poupança «substancial».
Em causa estão contratos entre o Executivo camarário e o atual
líder parlamentar do PSD e ex-presidente da Assembleia Municipal de Espinho,
órgão que Luís Montenegro exerceu nos primeiros tempos de mandato do atual
presidente da Câmara, Pinto Moreira.
O BE critica os dois contratos que a autarquia assinou com a
Sociedade de Advogados Sousa Pinheiro & Montenegro, o primeiro dos quais em
2014, por «serviços jurídicos para contencioso», e o segundo já este ano, por
10 meses de trabalho idêntico.
«Estes ajustes não têm justificação possível, a não ser a do uso
de dinheiro público para favorecer a empresa do amigo de partido», defende o BE,
citado pela Agência Lusa.
A Câmara de Espinho está altamente endividada e tem recorrido a
medidas de austeridade sobre a população, colocando as taxas municipais no
valor máximo, com o argumento de que é necessário colocar as contas em ordem.
Mas, ao mesmo tempo, não se importa de desbaratar mais de 70.000 euros em
contratação de serviços jurídicos a empresas de companheiros do PSD.
O BE observa ainda que a firma em causa só foi constituída no
final de 2012, pelo que é «uma sociedade sem nenhuma especialização ou especial
experiência no mercado, tornando ainda mais estranhos estes ajustes diretos».
O partido alega que a autarquia não pode funcionar «como
plataforma de negócios particulares ou partidários» e quer que o presidente da
Câmara seja «responsabilizado se se confirmar que estes ajustes diretos não têm
fundamento nem justificação».
Contactada pela Lusa, a autarquia reage em comunicado, afirmando
que os contratos em causa «são para fazer face a um número elevado de processos
judiciais em curso» e que o recurso à sociedade de Luís Montenegro «permitiu a
redução muito substancial dos custos que a Câmara tem com os serviços
jurídicos».
A presidência do município realça, aliás, que a autarquia «dispõe
apenas de um jurista interno, que não assegura o contencioso e se ocupa de
outras tarefas, nomeadamente a verificação da conformidade legal da tramitação
de processos administrativos, a elaboração de contratos e protocolos, a
resposta a reclamações e regulamentos».
Ainda quanto à poupança verificada com a contratação da firma de
Luís Montenegro, o documento recorda que, quando o atual Executivo tomou posse
em 2009, «se deparou com o pagamento de avenças de 140.000 euros anuais -
12.000 euros por mês - », enquanto «hoje poupa por ano mais de 100.000 euros em
avenças».
Quanto à aposta numa firma de constituição recente, a Câmara
argumenta que essa tem demonstrado «excelentes resultados» e nota que a
contratação deste tipo de serviço «implica uma relação de confiança e uma
avaliação discricionária», por envolver «características muito específicas».
Atribuindo ao BE «objetivos partidários menores e tentativas
injustificadas de achincalhamento», a presidência diz não recear comparações
com outras autarquias e entidades, por estar «convicta de que a sua prática
será das menos onerosas e mais transparentes para o erário público».
Para lembrar, antes das eleições disse:
Fonte: TVI24
É comentado à boca cheia em Espinho, que Luís Montenegro comprou
lá uma casa por € 1.500.000,00 (UM MILHÃO E MEIO DE EUROS).
Para quem até há bem pouco tempo tinha uma vida económica bem
mediana, não deixa de ser no mínimo suspeito saber como no espaço de UM ANO,
ganhou tanto dinheiro.
E não ouvimos nada de um apostador anónimo de Espinho ter ganho o euro
milhões.
Isto é a prova provada em como se consegue roubar tanto dentro da
MAÇONARIA! ASSALTO AOS DINHEIROS PÚBLICOS! ALTA CORRUPÇÃO! VIGARICE!
TRAMBICAGEM! MÁFIA!
Fonte:
Bardoalcides.blogspot.pt
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