Apesar da polémica gerada em torno do nome de Conde Rodrigues, o PS não
vai alterar nem negociar a sua candidatura ao Tribunal Constitucional
(TC), apurou o CM junto de fontes socialistas.
O PS contínua na mesma saga, não olha a
meios para colocar sem curriculum amigos em lugares estratégicos que em nada
dignificam o País.
Conde Rodrigues continua a ser o candidato do PS
(...)Como aqui escreveu Elisabete Miranda em Janeiro (em Janeiro!), “ter medo
da Constituição é menorizar as instituições e infantilizar os
cidadãos”. A crise está a esboroar a credibilidade das instituições. Uma
frase mal dita arruinou a imagem de um Presidente, uma caçada maldita
expôs o ridículo de um monarca. E como escreveu Pedro Lomba no
“Público”, “estão a ‘abandalhar’ o Tribunal Constitucional”. A lei é o
que nos separa do caos, o que nos protege da iniquidade, é o melhor
esforço humano para perseguir a justiça. Sem o Estado de Direito não há
Estado, há “Far West”. A lei é o que defende o forte do fraco, nivela o
poder do rico e do pobre, e mesmo que falhe na decisão entre o mal e o
bem, é o que separa o certo do errado. E está escrito. Na lei. Na
Constituição. Mesmo que seja inconveniente. Ou inoportuno. As indicações
para o Constitucional permitem a especulação de que os partidos do
acordo da troika querem influenciar a aprovação da medida que, de outra
forma, seria chumbada. Pobre Constituição. Pobre tribunal. Será verdade
que, como escrevia ontem o “Público”, um outro juiz, Jorge Reis Novais,
terá declinado o convite por falta de qualidade dos seus pares? Não
sabemos. Talvez outros juizes devessem ter o absurdo de consciência de
Groucho Marx, que não quis entrar num clube que aceitasse pessoas como
ele. Mas ninguém se incomoda. Nem no Parlamento. Nem na Presidência. Nem
mesmo os demais juizes – ou apresentariam a sua demissão.
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