Empresas públicas agravam prejuízos e falham metas da troika
Por: Redacção / RL | 18- 2- 2012 11: 34
Os prejuízos das empresas públicas agravaram-se em 38,5 por cento no ano passado, atingindo os 1.499 milhões de euros, divulga este sábado o «Público», citando dados da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças.
Um valor que fica longe das metas fixadas pela troika - que está em Lisboa para a terceira avaliação ao programa de assistência financeira - e ao qual deve ser somado, ainda, outros 357,5 milhões de perdas dos hospitais do Estado.
As empresas públicas deveriam ainda reduzir a despesa em 15%, mas o que aconteceu, de acordo com o jornal, foi precisamente o contrário: aumentaram para mais de 3,7 mil milhões em 2011.
Quem mais contribuiu para estas contas foi o sector dos transportes: alcançou perdas de 1.367 milhões de euros, cerca de 90% dos prejuízos totais das empresas.
No primeiro lugar desta «tabela negra» está a Metro de Lisboa que, em 2011, atingiu perdas-recorde de 603,1 milhões de euros, mais 82,3% do que no ano anterior, quando registou prejuízos de 330,8 milhões de euros.
Em segundo lugar, surge a Metro do Porto, com um resultado líquido negativo de 376,3 milhões.
A maioria das empresas do Estado analisadas no relatório sofreu um agravamento nas contas, com destaque para a Parque Escolar e a Parque Expo, cujas perdas subiram 8.284% e 415,6%, respectivamente.
O Governo não incluiu os resultados da Parpública e da Estradas de Portugal, por considerar que induziriam em erro a leitura das contas do Sector Empresarial do Estado.
A maioria das empresas do Estado analisadas no relatório sofreu um agravamento nas contas, com destaque para a Parque Escolar e a Parque Expo, cujas perdas subiram 8.284% e 415,6%, respectivamente.
O Governo não incluiu os resultados da Parpública e da Estradas de Portugal, por considerar que induziriam em erro a leitura das contas do Sector Empresarial do Estado.
A Direcção-Geral do Tesouro e Finanças justifica a derrapagem nos resultados com o acréscimo dos custos de financiamento, perante «ao aumento generalizado das taxas de juro e ao montante global da dívida no sector».
A Comissão Europeia já lançou o alerta sobre as necessidades de financiamento das empresas públicas, considerando que, só no segundo semestre de 2011, o Estado gastou mais 3.000 milhões de euros com empresas públicas que contam para o défice orçamental do que o valor previsto no acordo com a troika.
O PS, pela mão de António José Seguro, já pediu o apuramento das responsabilidades.
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