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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Será mais uma morte escondida?

 
Francisco Castelo, irmão da primeira mulher do cantor, quer reabrir o processo sobre a sua morte, há 15 anos. Acusações de violência doméstica da última companheira reacenderam dúvidas sobre a tese de suicídio.
O maior obstáculo a esta tentativa de voltar a abrir o caso está, porém, nos prazos. Caso a reabertura seja baseada numa tese de homicídio, este crime prescreverá em Março – altura do 15.º aniversário do desaparecimento da primeira mulher de Paco.
Quem conheceu Maria Fernanda descreve uma mulher forte, trabalhadora, «que se levantava às sete da manhã para ir ao mercado», incapaz de ficar calada perante uma ameaça ou provocação.
Na noite em que morreu, a discussão terá começado por causa de um cheque sem cobertura passado pela sua filha mais nova. Paco estava no quarto a ver televisão, na casa onde o casal vivia há vários anos, na Quinta da Boavista, no Lourel (Sintra). Maria Fernanda preparava-se para ir com ele à tomada de posse do Presidente Jorge Sampaio.
A troca de argumentos subiu de tom e Maria Fernanda terá tirado de uma cómoda a arma com que perdeu a vida. Pouco passaria das nove da noite quando se ouviu um tiro.
Fontes próximas da família garantem ao SOL que Paco Bandeira chamou de imediato o cunhado, Manuel António, que naquela altura vivia como caseiro num anexo na Quinta, e um sobrinho. Foi esse irmão de Fernanda quem ligou a uma irmã, que se encarregou de espalhar a notícia pelos restantes quatro irmãos.
Entretanto, Maria Fernanda tinha sido transportada para o Hospital São Francisco Xavier, onde ainda entrou com vida. E onde as suas roupas – que poderiam ser alvo de perícias forenses – acabaram por ser queimadas.
No dia seguinte, de manhã, quando a família chegou para velar o corpo, o quarto tinha sido limpo e não havia quaisquer vestígios do incidente da noite anterior. Um dos irmãos ainda se deslocou primeiro à GNR e depois à PSP de Sintra para pedir que fossem recolhidas provas. Mas os dois agentes da PSP que foram ao local pouco teriam já para analisar.
Francisco Castelo é peremptório ao afirmar que nada justifica a ideia de ter sido a irmã a matar-se. «Não havia nenhum sinal. Não estava deprimida, nem tinha dado a entender que podia fazer isto». Apesar de algumas testemunhas ouvidas pelo SOL falarem no carácter agressivo e no feitio difícil de Paco Bandeira, nenhuma refere cenas de violência –à excepção de um incidente que ocorreu cerca de um mês antes da morte de Fernanda, quando a PSP foi chamada pelo músico a sua casa. Segundo a versão de Paco, Fernanda estaria a ter um ataque de nervos e, quando ele e o cunhado Manuel António a agarraram para a acalmar, ela partiu uma clavícula.
Em Elvas, onde Paco e Fernanda se conheceram nos bailes da juventude, pouco se sabe da relação dos dois. «Ela casou quando tinha 17 anos, porque ficou grávida. E passado pouco tempo saíram daqui para Paço de Arcos. Desde essa altura, passaram a vir muito pouco a Elvas», conta uma fonte próxima da família.
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