Bancos vendem produtos complexos a clientes que mal sabem ler
Batota na Banca denunciada pela CMVM
Polícia da Bolsa está preocupada. Saiba a razão.
Carlos Tavares fez duras críticas à oferta de retalho dos bancos
Os bancos estão a vender aos balcões produtos financeiros altamente complexos a clientes sem preparação para entender os riscos que correm as suas poupanças. A denúncia é feita pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que colocou em consulta pública um regulamento sobre a publicidade e comercialização de produtos financeiros.
O presidente da CMVM dá como exemplo a venda de obrigações subordinadas perpétuas a clientes com mais de 70 anos de idade, sem indicação de liquidez ou preço. Carlos Tavares denunciou ainda o facto de alguns emitentes "fazerem prospectos deliberadamente longos para não serem lidos" e dá como exemplo alguns documentos que estão no site da CMVM com mais de 200 páginas e em inglês.
Para obrigar os bancos a serem claros na informação que disponibilizam aos seus clientes, a CMVM vai impor a colocação de um dístico (ver quadro ao lado) que mede o grau de risco da aplicação financeira. Este símbolo tem de ser utilizado nas propostas e na publicidade aos produtos de poupança.
Para além daquela imposição e antes de celebrar qualquer contrato, a instituição bancária tem de avisar o cliente se o produto pode implicar a perda total ou parcial do capital investido e ainda se há a possibilidade de a rentabilidade oferecida poder ser nula ou até mesmo negativa.
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