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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Há quem diga que é só 'bluff'.

Oposição esconde jogo perante ameaça do PS
por MARINA MARQUES Hoje

E se o PS abandonar o inquérito parlamentar? A oposição mantém o jogo fechado. Há quem diga que é só 'bluff'.

A oposição recusa revelar o que fará caso o PS concretize a ameaça de deixar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso PT/TVI. Os socialistas garantem que o farão se chegarem à CPI as escutas do processo "Face Oculta" (às comunicações de Paulo Penedos e Armando Vara) que levaram a comarca do Baixo Vouga a indiciar Sócrates pelo crime de atentado ao Estado de direito (suspeitas depois arquivadas pelo procurador-geral da República e pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça).

Uma coisa é certa: a ausência dos socialistas não irá retirar quórum à CPI. Esta poderá deliberar como normalmente. A questão é, portanto, inteiramente política.

Cecília Meireles, deputada do CDS, disse ao DN que "não quer antecipar cenários". E a mesma posição assumiu o social-democrata Agostinho Branquinho. Isto porque "o PS já nos acostumou a dizer uma coisa e depois a fazer outra". Seja como for, "mesmo que isso aconteça, a Comissão continua a ter quórum".

Assumindo que a opção será política, João Semedo, do BE, também disse ao DN que "essa questão não tem, para já, resposta". Se o PS deixar a Comissão, "será preciso fazer uma avaliação global". É "preciso ver a posição dos outros partidos" e, portanto, "não se pode ter uma posição rígida". Na altura se verá. (O DN tentou, em vão, falar com João Oliveira, do PCP. )

Amanhã a Comissão discute o questionário a enviar a José Sócrates. Este, depois de o receber, terá dez dias para lhe responder.

Apesar de a ordem de trabalhos da reunião prever ainda a discussão de novas audições e diligências, tanto CDS como PSD afirmaram ao DN que não vão avançar com qualquer pedido, uma vez que ainda falta chegar ao Parlamento documentação já solicitada.

Apesar de considerar que ainda não é possível tirar conclusões (faltam os testemunhos de Manuel Polanco e José Sócrates), Cecília Meireles refere duas ideias que podem desde já ser retiradas: a coincidência de vontades da Taguspark e da PT em adquirir uma posição na Media Capital e ainda a coincidência de uma peça-chave nos dois processos: Rui Pedro Soares.


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