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domingo, 11 de novembro de 2018

Como escaparam os maiores criminosos nazis à justiça dos Aliados?

por Carolina R. Rodrigues
Josef Mengele, Walter Rauff e Otto Wächter foram apenas alguns dos Nazis que conseguiram fugir à justiça recorrendo à ajuda de membros do Vaticano e da Cruz Vermelha.







 O Holocausto, numa versão muito resumida, resultou na morte de pelo menos seis milhões de judeus e na perseguição e aniquilação sistemática deste povo, mas também a outros grupos considerados "indignos" como ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, etc. Oficiais Nazis como Hermann Göring, Adolf Eichmann, Heinrich Himmler e Reinhard Heydrich poderão ser os nomes mais sonantes deste período da história da Humanidade, mas muitos outros tornaram possíveis a "máquina" alemã.
Depois da derrota da Alemanha em 1945, o que aconteceu aos Nazis que imaginaram e concretizaram o Holocausto? Quantos oficiais Nazis foram condenados por terem provocado, directa ou indirectamente, a morte de milhões de pessoas? Quantos conseguiram escapar à justiça aliada e quantos foram julgados e condenados pelos seus crimes? No seu novo livro A Fuga dos Nazis. Como Escaparam os Maiores Criminosos Nazis, o jornalista de investigação, ensaísta e autor de mais de uma vintena de livros, Eric Frattini responde a estas questões intrinsecamente complexas e mostra, através de uma profunda investigação jornalística, análise qualitativa e consulta de uma "compilação de documentação" durante 30 anos, de que forma Nazis como Franz Stangl, a Morte Branca, Klaus Barbie, o Carniceiro de Lyon, Josef Mengele, o Anjo da Morte, ou Hermine Braunsteiner, a Égua de Majdanek, conseguiram escapar à justiça, quer o tenham feito durante alguns anos ou os que nunca foram julgados pelos seus crimes contra a Humanidade.
Duas das formas mais populares foram a Rota das Ratazanas ou o Corredor do Vaticano, um par dos vários métodos de fuga dos criminosos Nazi que contou com a ajuda de elementos do Vaticano, incluindo o Monsenhor Montini, mais conhecido por Papa Paulo VI, eleito em 1963, e possivelmente do seu antecessor, o Papa Pio XII, que o autor de nacionalidade peruana e espanhola acredita ter tido conhecimento do que se passava na altura. A "ajuda" consistia em passaportes falsos, identidades simuladas, algum dinheiro e centros de passagem para os Nazis em Espanha, Marrocos, Áustria, Itália e Portugal com destino à América do Sul.
Importantes oficiais Nazis como Josef Mengele conseguiram mesmo escapar sem nunca serem responsabilizados pelos seus crimes. O "Doutor Auschwitz", por exemplo, o responsável pelas experiências médicas em prisioneiros do campo de concentração na Polónia ocupada, e principalmente interessado na antropologia racial e em gémeos, que pôde estudar de forma prática nos prisioneiros judeus, fixou-se no Brasil e viveu anos em paz até se afogar numa praia em Bertioga em 1979. A sua barbaridade foi descrita por Vexler Janku, um médico prisioneiro no campo, reproduzido n’ A Fuga dos Nazis. Como Escaparam os Maiores Criminosos Nazis.
Em Junho de 1943, fui ao campo de ciganos de Birkenau […] vi uma mesa de madeira. Em cima dela, havia amostras de olhos […] Tinham extraído os globos oculares às crianças antes de as mandarem para as câmaras de gás. Os olhos estavam espetados numa parede do laboratório de Mengele, como se fossem borboletas. Pensei que tinha morrido e que já estava no inferno.

Consegue dar uma estimativa das horas de pesquisa que realizou para escrever A Fuga dos Nazis. Como Escaparam os Maiores Criminosos Nazis?
Não se pode medir em horas, é impossível. Creio que o primeiro documento que obtive foi em 1989, quando me tornei correspondente do jornal El País, no Médio Oriente. Estou em Jerusalém e nesse local sou testemunha, como jornalista, do primeiro julgamento a John Demjanjuk, o Carniceiro de Riga, que matou 70.000 judeus do gueto de Riga na Floresta de Rumbula. A partir daí que comecei a compilar informação de muitos criminosos de guerra, tanto no Centro de Documentação de Crimes de Guerra de Haifa, em Israel, como no Yad Vashem, Museu do Holocausto, e digamos que esse foi o início do que, desde o ano de 89 até agora, se converteu em quase trinta anos de compilação de documentação, resultando no livro de hoje.
Na sua opinião, por que motivos vários membros do Vaticano sentiram-se compelidos a ajudar criminosos que foram responsáveis por homicídios em massa e outros crimes no pós-2.ª Guerra Mundial?
Nunca se descobriu nenhum documento assinado pelo Papa Pio XII que autorizasse a passagem de criminosos de guerra através do Corredor do Vaticano. O Corredor do Vaticano foi a rota pela qual escaparam muitos criminosos de guerra, passando pela Áustria, entrando depois em Milão, de Milão escondiam-se em Roma e até a Igreja Católica lhes entregar documentos falsos. Chegados em Génova, viajavam em barcos rumo, quase todos, até Mar del Plata, na Argentina. Creio que um dos documentos mais importantes que partilho no livro é aquele em que a Contra-inteligência dos EUA revela que está cansada de que Monsenhor Montini ajude à fuga de criminosos de guerra. O senhor Montini, com o passar dos anos, converteu-se no Papa Paulo VI, certo? E era o braço-direito de Pio XII, como se fosse o seu Secretário de Estado. E ele foi também o homem que, digamos, coordenou com outros líderes religiosos, toda esta rota de evasão através do Corredor do Vaticano. O Papa Pio XII sabia disso pois, apesar de nunca se ter encontrado nenhum registo, estou certo de que as fugas foram autorizadas e documentadas e ajudaram a fuga de criminosos de guerra. Veja-se o exemplo de Monsenhor Caggiano, um bispo argentino com muito poder dentro do Vaticano; de o próprio Giovanni Baptista Montini, que depois se tornou no Papa Paulo VI; de Krunoslav Draganovic, um bispo que era Director do Seminário Croata de Roma, por onde passaram muitos criminosos. Analisando os altos cargos que tinham todas estas figuras da rede de evasão do Vaticano, duvido muito que o Pio XII não estivesse informado.
Pode ser explicado apenas pelo facto de que alguns Nazis eram "cristãos"?
Não, creio que foi por um motivo político, sinceramente. O Pio XII era muito mais anticomunista do que antinazi, tinha muito mais medo de Estaline do que de Hitler. A verdade é que Hitler, na ocupação de Itália, mantém a mesma fronteira e as tropas alemãs não entram no Vaticano – não que pudessem ter entrado. Claro que temos de pensar na época em que se desenrolava tudo isto. Estamos a falar da pós-Segunda Guerra Mundial, quando as grandes potências aliadas repartiram a Europa. O Presidente Truman e Winston Churchill disseram a Estaline que ficasse com toda a Europa de Leste: "Fica com a Polónia, Hungria, Roménia". E claro, Pio XII sempre pensou que um certo dia Estaline tentaria ocupar toda a Europa. Aquilo assustava-o, e ele entendia, na sua mentalidade provinciana, que os únicos que poderiam evitar essa invasão - da União Soviética na restante Europa Ocidental - eram os que tinham sido criminosos de guerra, os que tinham lutado, historicamente, contra a Rússia: todos os Nazis.
Um dos capítulos mais chocantes do livro será certamente o Massacre das fossas Ardeatinas sob ordem de Erich Priebke. O que pensa deste caso e o sentiu quando leu ou aprendeu sobre o massacre pela primeira vez?
O caso do massacre das fossas Ardeatinas foi muito polémico em Itália. Ainda há muita discórdia no que respeita ao massacre das fossas Ardeatinas, porque há uns anos iniciou-se uma discussão ao dizer-se que tinham sido os italianos a definir a lista daqueles que seriam executados pelos alemães nas fossas Ardeatinas, como represália pelo atentado em via Rasella, onde a resistência italiana matou vários soldados da polícia alemã. Como represália, Kappler, o comandante da Gestapo em Roma, ordena a liquidação de mais de 200 cidadãos italianos. Até há poucos anos, pensava-se que tinha sido Erich Priebke, chefe das SS e da Gestapo, que tinha definido a lista. No entanto, descobriu-se que foram os próprios italianos, que foram as pessoas do Governo de Benito Mussolini a definir essa lista. Vou contar-lhe um assunto pessoal: fui visitar a caverna das Fossas Ardeatinas e é surpreendente o estado em que se encontra. Está cheia de lixo, de porcaria, de seringas de drogados que entram na caverna para injectar-se de heroína, e no exterior há uma placa em homenagem a todos os italianos mortos. Tudo isto seria uma boa chamada de atenção para dizer a Itália que deve proteger este tipo de lugares, não deixando que sejam destruídos, porque os italianos deveriam continuar a visitar este lugar para se lembrarem de algo que não devia voltar a acontecer: o massacre nas fossas Ardeatinas foi como uma vingança por parte dos alemães, mas foi também uma selecção de italianos para matar italianos. Por isso, o Governo Italiano deveria cuidar muito melhor da caverna das fossas Ardeatinas. A própria placa que está à entrada com os nomes dos mais de 200 italianos que foram executados naquele lugar está toda pintada, com grafitos. Digo sempre que este género de lugares, como Auschwitz, Dachau e Ravensbrück, são campos de concentração envoltos em polémica, uma vez que muitos alemães dizem que estes lugares deviam desaparecer, que deveriam ser fechados ou ser destruídos. Mas eu não penso assim. Acho que é bom que as pessoas visitem estes lugares e vejam o que um povo culto como a Alemanha fez há pouco tempo, porque foi nos anos 40 que tudo aconteceu.
Qual é o capítulo ou personagem mais chocante no livro? Poderia destacar-se a secção dedicada a Josef Mengele, se pensarmos neste médico como um Nazi que fez as suas acções não porque estava "a seguir ordens", mas por estar cientificamente motivado e por acreditar verdadeiramente no partido Nazi, na eugenia e na puridade racial.
A personagem mais horrível? Penso que a personagem mais horrível é a única mulher do livro, a Hermine Braunsteiner. É um caso muito interessante, porque a sua vida é uma vida de filme. Chamavam a esta mulher a Égua de Majdanek, porque antes da guerra ela tinha frequentado aulas de enfermagem já que gostava de cuidar de pessoas. Quando começou a guerra, como não conseguia encontrar trabalho, oferecem-lhe o posto de guarda num dos campos de concentração. Esta mulher torna-se assim guarda no campo de Majdanek e, conseguindo que um prisioneiro judeu que era sapateiro lhe reforce as botas com bicos de aço e ferro, a sua diversão era perceber quantas patadas eram necessárias para matar uma criança. Calcula-se que matou mais 8000 crianças desta forma. Depois da guerra, penso que esta mulher foi condenada a 11 meses de prisão, porque os Aliados não estavam bem esclarecidos sobre quem era esta mulher. Ela casa-se com um soldado americano repatriado e torna-se criada de casa num bairro de Nova Jérsia onde muito acarinhada já que se dedicava a fazer pastéis de maçã para os aniversários das crianças do bairro. Até que um dia um jornalista do The New York Times lhe toca à porta, pois tinha descoberto quem ela era realmente. Foi aí que se iniciou o processo do Governo Americano para tentar tirar-lhe a naturalidade americana e o passaporte americano. Depois foi entregue à Alemanha e condenada por assassinato a muito poucos anos de prisão e, devido à sua idade, foi decidido que em vez de ir para a prisão, iria para um lar de idosos, onde acabou por morrer. Ou dizem que morreu.
A Fuga dos Nazis. Como Escaparam os Maiores Criminosos Nazis é uma obra difícil de ler, no sentido que o leitor tem que lidar com os crimes cometidos durante o Holocausto e as atrocidades que os humanos conseguem fazer uns aos outros?
O livro é muito difícil de ler porque há muita bibliografia sobre o Holocausto. Se for à Amazon e pesquisar por "Holocausto" ou "Solução Final", há imensos livros que explicam como os alemães criaram uma máquina de guerra, uma fábrica para matar mais rapidamente o maior número de pessoas. Há muita bibliografia sobre como se criaram os campos de extermínio, como se criou Auschwitz, Mauthausen, Treblinka ou Ravensbrück, mas o que eu fiz foi dar uma cara e um nome a essa máquina da morte. Então claro, no meu livro, não escrevo sobre a Solução Final ou do Holocausto, descrevo um homem que se chamava Adolf Eichmann e que era um óptimo pai de família, que era um homem honrado e que se dedicava, segundo ele, a desenhar linhas de caminho-de-ferro para evacuar o maior número de pessoas em direcção a campos de extermínio. Ele disse que só fazia isso, que nunca disparou contra ninguém. Isso foi aquilo a que se chamou a banalidade do mal, pois todos os alemães que foram julgados por serem nazis disseram que não sabiam ou que só recebiam ordens e deviam obediência cega ao líder. Não se encontra nenhum alemão dessa época que tenha reconhecido que era um assassinado, somente um: Hans Frank, o governador nazi na Polónia ocupada. Ele reconheceu diante do Tribunal de Nuremberga que era um assassino. Foi o único que reconheceu, e estamos a falar de 50 milhões de alemães. Falamos de um país no qual 24 milhões de pessoas eram afiliadas do Partido Nacional Nazi, e apenas um reconheceu que era um assassino e que estava encantado por ter morto judeus. Apenas um.
Pensa que ainda temos muito por descobrir e aprender sobre o Holocausto?
Há muitos livros e muita documentação sobre o Holocausto, mas penso que não há mais para descobrir. Há óptimos livros e ensaios de investigadores sobre como, por exemplo, os grandes magnatas americano financiaram Hitler. Há livros nos quais se mostra que a empresa IBM desenhou todo o programa de contabilidade para contabilizar o número de mortos dos campos de extermínio. Há livros sobre como empresas estrangeiras ajudaram e apoiaram financeiramente Hitler para que ascendesse ao poder. Penso que pouco mais há a descobrir sobre o Holocausto, a não ser que algum jornalista descubra mais alguma coisa. A última coisa que se descobriu foi que o crânio de Mengele está numa Universidade perto de São Paulo e os estudantes o usam para Anatomia. A partir daí, parece-me que está tudo descoberto!

Seria possível, tendo em o contexto político actual, com a carestia no Iémen e a subida ao poder de líderes com visões de extrema-direita no Brasil e Itália, por exemplo, que o Holocausto se repita um dia?
Será muito difícil porque existem as redes sociais. Os jovens agora são muito mais lutadores e a diversidade política é muito mais ampla. Claro que, pense que antigamente, quando Hitler nasceu, a Alemanha apenas tinha sociais-democratas e comunistas. Claro, agora há conservadores, de extrema-esquerda e extrema-direita, de centro, de centro esquerda… Há uma grande diversidade de partidos políticos e de ideologias em países como Portugal, Espanha, Itália e Alemanha. Por isso, a extrema-direita não é perigosa, pois as constituições inclusivamente protegiam-se de casos como aquele que se sucedeu com Hitler. As nossas constituições têm recursos para evitar um novo Hitler. Se o primeiro-ministro de Portugal violar a constituição, é preso. Se for no caso de Espanha, acaba em casa, pois em Espanha nenhum político é preso, acabam todos em casa, por mais corruptos que sejam. Onde é que pode voltar a acontecer? Em países que não têm esses recursos constitucionais, como é o caso da Birmânia, que não fazem mais do que matar pessoas. No caso do Iémen, onde não param de assassinar pessoas. No caso da Síria, onde não param de executar pessoas e onde estão a ocorrer Holocaustos. Mas sabe o que acontece? As sociedades ocidentais são muito cegas sobre os Holocaustos que ocorrem em países distantes. Fomos cegos quando aconteceu na Jugoslávia, e quando estavam a matar milhares de pessoas em campos de extermínio na Bósnia-Herzegovina e na Croácia, pelos sérvios. Todos os dias vemos imagens na televisão de sérvios a matarem civis na Bósnia, mas fechamos os olhos porque nos nossos países não se passa nada disso.
A civilização humana tem o potencial para aprender de experiências boas e horríveis. Tendo isso em mente, qual é a lição mais valiosa que o Holocausto nos ensinou?
Penso que maior lição é o discurso de Martin Niemoller, o religioso luterano. Quando ele disse a frase – que está na introdução do meu livro – numa homilia: "Primeiro vieram atrás dos comunistas, mas como eu não era comunista, não disse nada. Depois vieram atrás dos judeus, mas como eu não era judeu, não disse nada. Depois vieram atrás dos sociais-democratas, mas como eu não era social-democrata, não disse nada. E finalmente vieram atrás de mim, mas não havia ninguém para protestar." Penso que é essa a grande lição que temos de aprender, que quando desaparecer a primeira pessoa, temos de gritar. Tanto faz que seja comunista e tu não. Tanto faz que seja social-democrata e tu não. Tanto faz que seja judeu e tu não. É preciso gritar e protestar.
Considera que as escolas, no geral, fazem um trabalho satisfatório no ensino sobre a 2.ª Guerra Mundial, o Nazismo e o Holocausto? Pensa que os adolescentes e jovens adultos realmente compreendem o que acontecia nos campos de concentração e todos os crimes cometidos nesse período da História?
Depende de quem, depende do país. Gosto de visitar os campos de concentração da Alemanha porque quando o faço vejo grupos de escolas alemãs a visitar as instalações. É muito bom, porque os professores explicam o que se passou aos alunos ali, e o que viveram os seus bisavôs. Noutros países é mais complicado. Em Espanha estamos a viver uma situação muito complicada, com o tema de Franco, porque a Guerra Civil Espanhola supunha-se que era uma era encerrada, mas os políticos socialistas voltaram a falar no assunto. Nem eu vivi o franquismo e a imbecilidade dos socialistas fez com que jovens de 20 se acusem de fascismo ou comunismo. Eles não sabem o que é o comunismo, porque este desapareceu em 89, nem o que é o fascismo, que desapareceu na Segunda Guerra Mundial e em Espanha em 75. Por isso digo que a situação em Espanha está complicada. Não que volte a acontecer, mas porque o Governo voltou a trazer o assunto de Franco como arma política, e isso é perigoso.
Houve alguma informação em particular que o chocou enquanto estava a escrever o livro?
Na verdade não. Como jornalista fiz a cobertura de 17 guerras. Fui testemunha do massacre de tutsis por hutus, do massacre de bósnios por croatas; testemunhei os sérvios matarem bósnios, os croatas matarem sérvios, os russos matarem chechenos. Então claro, para mim, digamos, já nada que o ser humano faça me impressiona. Por isso, o livro é muito importante e a quem está dedicado também. A obra está dedicada a duas pessoas: uma é um amigo meu que foi um importante oficial da Mossad, que perdeu parte da sua família materna em Auschwitz e parte da sua família paterna em Birkenau; e é dedicado ao meu filho Hugo, que tem 21 anos, e é dedicado a ele mas enquanto representante de uma geração. A geração que irá liderar o mundo como presidentes de empresas, presidentes de ONGs, directores-gerais de grandes empresas, políticos, primeiros-ministros. São a geração que tem de evitar que aquilo que aconteceu na Alemanha volte a acontecer. Por isso é que o livro é dedicado a esta geração. Eu já não me impressiono com nada.

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