Militar português, Fernando José Salgueiro Maia nasceu em 1944, em Castelo de Vide, e morreu em 1992, no Hospital Militar de Belém (Lisboa).
Depois de frequentar a Academia Militar e a Escola Prática de Cavalaria, desempenhou funções de alferes comando em Moçambique, durante a Guerra Colonial.
Já com o posto de capitão,na madrugada de 25 de Abril de 1974, dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se uma das figuras-chave do golpe.
Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do Governo, Marcelo Caetano, que se lhe rendeu.
Assim se deu a queda do Estado Novo.A revolta militar foi desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA),que derrubou o regime praticamente sem o emprego da força e sem provocar vítimas.
Os dois únicos momentos de tensão foram protagonizados pelo próprio Salgueiro Maia:
o primeiro foi o encontro com um destacamento de blindados, até então obediente ao Governo, resolvido quando estas tropas tomaram posição ao lado dos revoltosos; o outro ocorreu quando o capitão mandou abrir fogo sobre a parede exterior do quartel da GNR.
Retomando modestamente o rumo da sua carreira militar, o capitão Salgueiro Maia recusou as honrarias que o regime democrático lhe quis atribuir. Todos os anos é recordada a sua coragem e a sua determinação aquando das comemorações do 25 de Abril.
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!
" Salgueiro
Maia, Madrugada de 25 de Abril de ‘74, parada da Escola Prática de Cavalaria,
em Santarém.
Fontes:Salgueiro Maia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014.
Fontes:Salgueiro Maia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014.
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