O termo casta tem a sua origem no latim significando pura, sem misturas. A casta é uma característica comum de um conjunto de videiras provenientes de uma ou várias plantas morfologicamente semelhantes. Ou seja, no que respeita à videira, a espécie é sempre a mesma, vitis vinífera, a variedade é que difere.
Em todo o mundo existem entre dez a vinte mil castas,
no entanto, destas apenas cerca de quinhentas foram isoladas, cultivadas e
reproduzidas pelo Homem.
Castas
Noção de Terroir
Ao agregado de características transmitidas pelo solo
e pelo clima às videiras, os franceses deram o nome de "terroir" e
não podemos falar de castas de videiras, sem fazer a sua associação ao terroir,
pois conforme o local onde se encontra plantada, uma mesma casta reage de forma
diferente originando diferenças no produto final, o vinho.
O aroma varietal da casta
A mesma casta em solos e climas diferentes origina
vinhos diferenciados, embora algumas componentes aromáticas próprias da casta se
mantenham; a esta componente que se mantém chamamos o aroma varietal da casta.
Existem castas autorizadas e recomendadas nas várias regiões demarcadas. Nesta
secção irá encontrar as castas mais utilizadas em Portugal, bem como outras de
interesse. As castas estão classificadas em brancas e tintas, em função da cor
da sua película.
Nenhuma casta é totalmente perfeita em componentes
pelo que, por norma e tradição, nos países do Velho Mundo, os vinhos sempre se
fizeram a partir de várias castas.
Alvarinho
A
casta Alvarinho é uma das mais notáveis castas brancas portuguesas. É uma casta
muito antiga e de baixa produção que é sobretudo plantada na zona de Monção e
Melgaço (região dos Vinhos Verdes). Pode adquirir duas formas distintas: cacho
pequeno, pouco compacto e bagos pequenos e dourados ou cacho médio e de bagos
maiores que permanecem esverdeados quando maduros. Esta casta é responsável
pelo sucesso dos primeiros vinhos portugueses "monovarietais" (uma só
casta), pois em Portugal os vinhos de lote (mistura de várias castas) são mais
comuns. A casta Alvarinho produz vinhos bastante aromáticos e que atingem
graduações alcoólicas elevadas conservando uma acidez muito equilibrada.
Antão Vaz
A
casta Antão Vaz é umas das castas mais importantes da zona do Alentejo. Oriunda
da Vidigueira, no sul alentejano, é bastante resistente à seca e às doenças.
Apresenta cachos de tamanho médio com bagos pequenos e uniformes que são de cor
verde amarelada e que no fim da maturação passam a ser de cor amarela. Os
vinhos produzidos por esta casta são bastante aromáticos (predominam os aromas
a frutos tropicais) e têm, geralmente, cor citrina.
Arinto
Sinonimias:
PEDERNÃ
Uma das castas portuguesas mais antigas e de grande tradição, especialmente na região de Bucelas. Encontra-se difundida na maioria das regiões vitivinícolas, uma vez que uma das suas características é a capacidade de adaptação a diferentes terrenos e climas. A Arinto, que na região dos Vinhos Verdes é conhecida por Pedernã, tem na boa acidez um dos seus maiores trunfos, a que se junta uma estrutura de qualidade e um toque aveludado. O aroma é relativamente discreto, sobressaindo notas minerais, de maçã verde e limão. Casta de grande nobreza, com bagos de coloração amarelada que amadurecem tardiamente, produz vinhos que evoluem muito bem em garrafa, ganhando elegância e complexidade.
Uma das castas portuguesas mais antigas e de grande tradição, especialmente na região de Bucelas. Encontra-se difundida na maioria das regiões vitivinícolas, uma vez que uma das suas características é a capacidade de adaptação a diferentes terrenos e climas. A Arinto, que na região dos Vinhos Verdes é conhecida por Pedernã, tem na boa acidez um dos seus maiores trunfos, a que se junta uma estrutura de qualidade e um toque aveludado. O aroma é relativamente discreto, sobressaindo notas minerais, de maçã verde e limão. Casta de grande nobreza, com bagos de coloração amarelada que amadurecem tardiamente, produz vinhos que evoluem muito bem em garrafa, ganhando elegância e complexidade.
Avesso
A
casta Avesso é cultivada na região dos Vinhos Verdes, contudo a sua plantação
concentra-se próxima da região do Douro, especificamente nas sub-regiões de
Baião, Resende e Cinfães. Aí, encontra as condições favoráveis para se
desenvolver, uma vez que prefere solos mais secos e menos férteis do que
aqueles que habitualmente existem em outras zonas da região dos Vinhos Verdes.
Os cachos da casta Avesso são de tamanho médio e os seus bagos são grandes e
verde-amarelados. Esta casta origina vinhos aromáticos, bastante saborosos e
harmoniosos. As qualidades da casta Avesso são verdadeiramente apreciadas
quando as condições de maturação permitem elaborar vinhos com, pelo menos, 11%
de álcool.
Azal
A
casta Azal Branco é uma casta de qualidade cultivada na região dos Vinhos
Verdes, principalmente nas sub-regiões de Penafiel, Amarante e Basto. No início
do século XX, era a principal casta para a produção do vinho branco da região.
Os cachos da Azal Branco são de tamanho médio e constituídos por bagos grandes
de disposição compacta. É uma casta muito produtiva, de maturação tardia e os
seus bagos apresentam uma cor esverdeada mesmo no final de maturação. Os vinhos
que possuem a casta Azal Branco na sua composição apresentam aromas frutados
pouco intensos. São vinhos bastante acidulados, por isso são raros os
monovarietais de Azal Branco.
Bical
Sinonímias:
Borrado das Moscas
A casta Bical é típica da região das Beiras, nomeadamente da zona da Bairrada e do Dão (onde se denomina "Borrado das Moscas", devido às pequenas manchas castanhas que surgem nos bagos maduros). Aquando da época da revolução tecnológica na Bairrada, nos anos 80, foi possível conhecer todas as qualidades da casta Bical. Assim, a par da casta Maria Gomes, a Bical é uma das mais importantes castas da região. Esta casta é de maturação precoce, por isso os seus bagos conservam bastante acidez. É muito resistente à podridão, contudo particularmente sensível ao oídio. Os vinhos produzidos com esta casta são muito aromáticos, frescos e bem estruturados. Na Bairrada a casta Bical é muito utilizada na produção de espumante.
A casta Bical é típica da região das Beiras, nomeadamente da zona da Bairrada e do Dão (onde se denomina "Borrado das Moscas", devido às pequenas manchas castanhas que surgem nos bagos maduros). Aquando da época da revolução tecnológica na Bairrada, nos anos 80, foi possível conhecer todas as qualidades da casta Bical. Assim, a par da casta Maria Gomes, a Bical é uma das mais importantes castas da região. Esta casta é de maturação precoce, por isso os seus bagos conservam bastante acidez. É muito resistente à podridão, contudo particularmente sensível ao oídio. Os vinhos produzidos com esta casta são muito aromáticos, frescos e bem estruturados. Na Bairrada a casta Bical é muito utilizada na produção de espumante.
Cercial
Sinonimias:
Esgana Cão; Cerceal; Sercial
A casta Cercial é cultivada em diferentes regiões vitícolas. De acordo com a região pode adoptar diferentes grafias e apresentar características ligeiramente diferentes. São conhecidas a Cercial do Douro e do Dão, a Cerceal da Bairrada e a Sercial da Madeira, também denominada de Esgana Cão no Douro. As principais características das variedades da Cercial são a elevada produção e boa acidez. Esta casta produz o famoso vinho generoso Cercial da Madeira, um vinho seco que depois de envelhecer adquire características excepcionais. Os vinhos monovarietais desta casta são geralmente um pouco desequilibrados, por isso é costume lotar a Cercial com outras castas como a Bical, Fernão Pires ou Malvasia Fina. Nestes vinhos, a característica herdada da Cercial são a acidez elevada e os aromas delicados.
A casta Cercial é cultivada em diferentes regiões vitícolas. De acordo com a região pode adoptar diferentes grafias e apresentar características ligeiramente diferentes. São conhecidas a Cercial do Douro e do Dão, a Cerceal da Bairrada e a Sercial da Madeira, também denominada de Esgana Cão no Douro. As principais características das variedades da Cercial são a elevada produção e boa acidez. Esta casta produz o famoso vinho generoso Cercial da Madeira, um vinho seco que depois de envelhecer adquire características excepcionais. Os vinhos monovarietais desta casta são geralmente um pouco desequilibrados, por isso é costume lotar a Cercial com outras castas como a Bical, Fernão Pires ou Malvasia Fina. Nestes vinhos, a característica herdada da Cercial são a acidez elevada e os aromas delicados.
Chardonnay
A
casta Chardonnay é vinificada em praticamente todo o mundo vinícola. À
semelhança do que acontece mundo fora, em Portugal, esta casta encontra-se
também um pouco por todo país, mas tendo maior incidência nas regiões das
Beiras, Estremadura e Trás-os-Montes. Sendo uma das principais castas da região
de Champagne, é muito utilizada para fazer vinhos espumantes e brancos doces.
Os bagos têm uma coloração verde-amarelada, e tendem a amadurecer precocemente.
Origina vinhos equilibrados e com uma acidez razoável. Na boca são encorpados e
persistentes. Adaptam-se bem ao envelhecimento. Os seus aromas característicos
são: torrados, amanteigados e frutados, mas com alguma complexidade (maçã,
melão, manga, ananás e frutos secos).
Encruzado
É
considerada por alguns enólogos, uma das grandes castas portuguesas, capaz de
dar origem a excelentes vinhos brancos. Com bagos de coloração verde-amarelada,
é cultivada quase exclusivamente na região do Dão e requer particulares
cuidados e atenções para dela se possa extrair os seus melhores aromas. Bem
tratada, resulta em vinhos elegantes e complexos, com sugestões aromáticas
minerais, de pimento verde, rosas, violetas e citrinos. O tempo dá-lhe aromas e
sabores de avelã e resina e, com fermentação em barricas de carvalho,
sobressaem aromas de baunilha e uma boa envolvência e untuosidade na boca. A
sua nobreza proporciona vinhos de grande longevidade, evoluindo bem durante
décadas.
Fernão Pires
Sinonímias:
MARIA GOMES
Uma das castas portuguesas mais antigas e, de longe, a mais cultivada das castas brancas. Está espalhada por praticamente todas as regiões vitícolas, com destaque para o Ribatejo e a Bairrada, onde é mais conhecida por Maria Gomes. De grande capacidade produtiva, é também uma casta polémica, havendo quem a critique por dar vinhos demasiado planos, por falta de acidez, e de estar muito sujeita à oxidação. Mas, com o mesmo vigor, gabam-lhe os extraordinários dotes aromáticos e a capacidade de, bem tratada, proporcionar a obtenção de vinhos distintos e de forte personalidade. Apresenta aromas cítricos maduros (laranja) e notas de mimosa, tília e laranjeira, integrando-se na família de castas aromáticas como o Alvarinho, o Loureiro e o Moscatel.
Uma das castas portuguesas mais antigas e, de longe, a mais cultivada das castas brancas. Está espalhada por praticamente todas as regiões vitícolas, com destaque para o Ribatejo e a Bairrada, onde é mais conhecida por Maria Gomes. De grande capacidade produtiva, é também uma casta polémica, havendo quem a critique por dar vinhos demasiado planos, por falta de acidez, e de estar muito sujeita à oxidação. Mas, com o mesmo vigor, gabam-lhe os extraordinários dotes aromáticos e a capacidade de, bem tratada, proporcionar a obtenção de vinhos distintos e de forte personalidade. Apresenta aromas cítricos maduros (laranja) e notas de mimosa, tília e laranjeira, integrando-se na família de castas aromáticas como o Alvarinho, o Loureiro e o Moscatel.
Fonte cal
A
casta Fonte Cal é oriunda da Beira Interior, sendo essencialmente aí plantada,
particularmente na zona de Pinhel. É uma casta de boa produção e de adaptação
fácil a quaisquer condições climáticas. Apresenta cachos médios e muito
compactos com bagos verde amarelados. Nos vinhos produzidos a partir desta
casta dominam os aromas florais e frutados, a boa acidez e um sabor agradável e
bem estruturado. Todavia, a casta Fonte Cal é mais utilizada como casta de
lote, especialmente com a casta Arinto.
Gouveio
A
casta Gouveio é cultivada na região do Douro, onde é também conhecida por
Verdelho, por isso é muitas vezes confundida com a casta Verdelho cultivada nos
Açores e Madeira. É uma casta com bom amadurecimento e de boa produção.
Apresenta cachos médios e compactos que produzem uvas pequenas de cor
verde-amarelada. Os vinhos produzidos com Gouveio apresentam um excelente
equilíbrio entre acidez e açúcar, caracterizando-se pela sua elevada graduação,
boa estrutura e aromas intensos. Além disso, são vinhos que possuem excelentes
condições para envelhecimento em garrafa
Loureiro
Cultivada
sobretudo no Alto Minho, em terras do vale do Lima, é uma casta com um já longo
historial e uma das principais responsáveis, nas últimas décadas, pela
afirmação dos vinhos verdes brancos. Aromaticamente exuberante, há quem a
considere, a par do Moscatel, a mais perfumada das castas portuguesas,
sugerindo loureiro (e daí lhe virá o nome), tília, acácia, laranja e pêssego.
Tal como acontece com o Alvarinho, o Loureiro é uma casta de grande tipicidade,
usada também em vinhos de casta única. As suas excepcionais qualidades
aromáticas constroem, com outras uvas da região, alguns dos melhores vinhos
brancos portugueses.
Malvasia – Fina
Sinonimias:
Boal Branco; Boal; Assario Branco; Arinto Galego
A Malvasia Fina é essencialmente plantada no interior do norte de Portugal, na região do Douro e na sub-região Távora-Varosa. Contudo, é também cultivada na zona de Portalegre (onde se denomina Arinto Galego), Dão (onde é conhecida por Assario Branco) e na Madeira (onde adquire o nome de Boal). É uma casta que não tolera temperaturas muito altas, por isso é necessário estudar a época ideal para realizar a vindima de modo a evitar a deterioração dos bagos. É particularmente sensível à podridão e a algumas doenças e pragas da vinha, como oídio e o desavinho. A Malvasia Fina produz vinhos de acidez moderada e de aromas e sabores delicados e pouco complexos. Esta casta é de produção regular e constituída por cachos e bagos de tamanho médio.
A Malvasia Fina é essencialmente plantada no interior do norte de Portugal, na região do Douro e na sub-região Távora-Varosa. Contudo, é também cultivada na zona de Portalegre (onde se denomina Arinto Galego), Dão (onde é conhecida por Assario Branco) e na Madeira (onde adquire o nome de Boal). É uma casta que não tolera temperaturas muito altas, por isso é necessário estudar a época ideal para realizar a vindima de modo a evitar a deterioração dos bagos. É particularmente sensível à podridão e a algumas doenças e pragas da vinha, como oídio e o desavinho. A Malvasia Fina produz vinhos de acidez moderada e de aromas e sabores delicados e pouco complexos. Esta casta é de produção regular e constituída por cachos e bagos de tamanho médio.
Moscatel
Sinonimias:
Moscatel Galego; Moscatel de Setúbal
A casta Moscatel é originária do Médio Oriente e terá sido introduzida em terras nacionais na época do Império Romano. Sofreu muitas transformações ao longo dos séculos e hoje, existem três variedades da casta Moscatel em Portugal. A variedade Moscatel de Setúbal é a mais plantada em Portugal, e a sua produção concentra-se na Península de Setúbal, cujo clima ameno permite a maturação ideal dos bagos. Esta casta é imprescindível na elaboração do vinho generoso "Moscatel de Setúbal", contudo também é utilizada para enriquecer aromaticamente outros vinhos brancos da região, uma vez que é uma casta primária (marca o paladar e aroma dos vinhos). Na região do Douro, na zona de Favaios e Alijó, é cultivada a variedade branca Moscatel Galego utilizada na produção de um vinho licoroso.
A casta Moscatel é originária do Médio Oriente e terá sido introduzida em terras nacionais na época do Império Romano. Sofreu muitas transformações ao longo dos séculos e hoje, existem três variedades da casta Moscatel em Portugal. A variedade Moscatel de Setúbal é a mais plantada em Portugal, e a sua produção concentra-se na Península de Setúbal, cujo clima ameno permite a maturação ideal dos bagos. Esta casta é imprescindível na elaboração do vinho generoso "Moscatel de Setúbal", contudo também é utilizada para enriquecer aromaticamente outros vinhos brancos da região, uma vez que é uma casta primária (marca o paladar e aroma dos vinhos). Na região do Douro, na zona de Favaios e Alijó, é cultivada a variedade branca Moscatel Galego utilizada na produção de um vinho licoroso.
Rabo-de-Ovelha
nonimias:
Rabigato
A casta Rabo de Ovelha é cultivada na região do Douro, especialmente na zona do Douro Superior. É plantada em pequenas quantidades na região dos Vinhos Verdes sob o nome de Rabigato e nas zonas vitícolas do sul do país (Estremadura, Ribatejo e Alentejo) onde é mais divulgada. A casta Rabo de Ovelha apresenta cachos médios e bagos pequenos de cor verde amarelada. É uma casta muito sensível ao oídio e ao míldio. O vinho elaborado a partir desta casta é mais utilizado para produzir vinhos de lote. As principais qualidades da casta Rabo de Ovelha nos vinhos são o alto teor alcoólico, boa longevidade e elevada acidez. Os vinhos que incluem esta casta na sua composição apresentam aromas discretos, com notas florais, vegetais e até minerais.
A casta Rabo de Ovelha é cultivada na região do Douro, especialmente na zona do Douro Superior. É plantada em pequenas quantidades na região dos Vinhos Verdes sob o nome de Rabigato e nas zonas vitícolas do sul do país (Estremadura, Ribatejo e Alentejo) onde é mais divulgada. A casta Rabo de Ovelha apresenta cachos médios e bagos pequenos de cor verde amarelada. É uma casta muito sensível ao oídio e ao míldio. O vinho elaborado a partir desta casta é mais utilizado para produzir vinhos de lote. As principais qualidades da casta Rabo de Ovelha nos vinhos são o alto teor alcoólico, boa longevidade e elevada acidez. Os vinhos que incluem esta casta na sua composição apresentam aromas discretos, com notas florais, vegetais e até minerais.
SauvignonBlanc
De
película verde, a uva Sauvignon é originária da região de Bordeaux, em França.
É hoje plantada em muitas das regiões vinícolas mundiais, produzindo vinhos
monovarietais atrevidos e frescos. Esta casta é também muito utilizada em
vinhos de sobremesa como os Sauternes. Dependendo do clima, o sabor pode variar
de um vegetal agressivo a um tropical adocicado. Juntamente com os vinhos da
casta Riesling, os vinhos monovarietaisSauvignonBlanc foram dos primeiros
vinhos serem engarrafados com o tipo de vedação "screwcap" em
quantidades comerciais, especialmente pelos produtores da Nova Zelândia.
Síria
Sinonimias:
Côdega; Roupeiro; Alvadurão; Crato Branco
A casta Síria é cultivada nas regiões do interior de Portugal. Já foi a casta branca mais plantada na região alentejana, onde é denominada Roupeiro, contudo, verificou-se que as temperaturas demasiado elevadas do Alentejo não eram benéficas para esta casta: os vinhos não tinham frescura, boa acidez e perdiam os aromas rapidamente. Assim, desenvolveu-se o cultivo da Síria nas terras mais altas e frescas da Beira Interior (nomeadamente na zona de Castelo Rodrigo) e Dão (onde a casta é conhecida por Alvadurão, Côdega ou Crato Branco). A Síria é uma casta muito produtiva de cachos e bagos pequenos. Apesar de ser bem resistente ao oídio e ao míldio é bastante sensível à podridão. Os vinhos produzidos com esta casta são delicados, frescos e elegantes.
A casta Síria é cultivada nas regiões do interior de Portugal. Já foi a casta branca mais plantada na região alentejana, onde é denominada Roupeiro, contudo, verificou-se que as temperaturas demasiado elevadas do Alentejo não eram benéficas para esta casta: os vinhos não tinham frescura, boa acidez e perdiam os aromas rapidamente. Assim, desenvolveu-se o cultivo da Síria nas terras mais altas e frescas da Beira Interior (nomeadamente na zona de Castelo Rodrigo) e Dão (onde a casta é conhecida por Alvadurão, Côdega ou Crato Branco). A Síria é uma casta muito produtiva de cachos e bagos pequenos. Apesar de ser bem resistente ao oídio e ao míldio é bastante sensível à podridão. Os vinhos produzidos com esta casta são delicados, frescos e elegantes.
Terrantez
Sinonimias:
Folgasão
A casta Terrantez é originária do Dão, onde é conhecida como Folgasão. É também cultivada nos Açores, nomeadamente na zona do Pico e Biscoitos e na Madeira, onde é considerada uma casta nobre para a produção de vinho generoso. A Terrantez é uma casta rara e, neste momento, encontra-se quase extinta. Uma das razões para a sua extinção é a grande tendência que a Terrantez tem para a podridão (muitas vezes não resiste até à época da vindima). Os cachos da Terrantez são pequenos, compactos e constituídos por bagos pequenos de cor verde-amarelada. Os vinhos produzidos pela Terrantez são bastante perfumados, encorpados e de sabor persistente.
A casta Terrantez é originária do Dão, onde é conhecida como Folgasão. É também cultivada nos Açores, nomeadamente na zona do Pico e Biscoitos e na Madeira, onde é considerada uma casta nobre para a produção de vinho generoso. A Terrantez é uma casta rara e, neste momento, encontra-se quase extinta. Uma das razões para a sua extinção é a grande tendência que a Terrantez tem para a podridão (muitas vezes não resiste até à época da vindima). Os cachos da Terrantez são pequenos, compactos e constituídos por bagos pequenos de cor verde-amarelada. Os vinhos produzidos pela Terrantez são bastante perfumados, encorpados e de sabor persistente.
Trajadura
A
casta Trajadura é oriunda da região dos Vinhos Verdes, particularmente da
sub-região de Monção, apesar de ter alguma expressão na Galiza (Espanha).
Rapidamente foi difundida para as outras sub-regiões, sendo cultivada em quase
toda a região dos Vinhos Verdes. A casta Trajadura apresenta uma boa produção.
Os seus cachos são muito compactos e de tamanho médio, compostos por bagos
verde-amarelados de grandes dimensões. Os vinhos produzidos com a casta
Trajadura apresentam aromas pouco intensos e normalmente, são um pouco
desequilibrados. É comum lotar a casta Trajadura com a casta Loureiro ou, por
vezes, com a Alvarinho (castas da mesma região e mais aromáticas), para
atribuir maior grau alcoólico e melhor equilíbrio aos vinhos.
Verdelho (da Madeira)
Sinonimias:
Gouveio
A casta Verdelho ficou famosa por ser uma das castas utilizadas na produção do vinho generoso da Madeira. Depois da época da filoxera, o seu cultivo decresceu na ilha, no entanto ainda hoje continua a ser utilizada na produção de vinhos de mesa e generosos. A casta Verdelho é também cultivada nos Açores. Ultimamente, a casta Verdelho tem sido utilizada na produção de vinhos Australianos. Os vinhos produzidos com Verdelho são bastante aromáticos, equilibrados. Os vinhos da Madeira elaborados a partir da casta Verdelho são meio secos e de aromas delicados. A casta Verdelho apresenta cachos pequenos e compactos compostos por bagos pequenos de cor verde amarelada
A casta Verdelho ficou famosa por ser uma das castas utilizadas na produção do vinho generoso da Madeira. Depois da época da filoxera, o seu cultivo decresceu na ilha, no entanto ainda hoje continua a ser utilizada na produção de vinhos de mesa e generosos. A casta Verdelho é também cultivada nos Açores. Ultimamente, a casta Verdelho tem sido utilizada na produção de vinhos Australianos. Os vinhos produzidos com Verdelho são bastante aromáticos, equilibrados. Os vinhos da Madeira elaborados a partir da casta Verdelho são meio secos e de aromas delicados. A casta Verdelho apresenta cachos pequenos e compactos compostos por bagos pequenos de cor verde amarelada
Viosinho
A
casta Viosinho é apenas cultivada nas regiões do Douro e de Trás-os-Montes,
onde já é utilizada desde o século XIX. É uma casta de boa qualidade e indicada
para a produção de vinho tranquilo e de vinho do Porto, todavia apresenta uma
produção fraca e por isso é pouco cultivada. A Viosinho apresenta cachos e
bagos pequenos de maturação precoce e bastante sensíveis à podridão. Esta casta
desenvolve-se melhor em solos pouco secos. A casta produz vinhos bem
estruturados, frescos e de aromas florais complexos. Normalmente são também
alcoólicos e capazes de permanecer em garrafa durante alguns anos
Alfrocheiro
Sinonímias:
Alfrocheiro Preto
É
na região do Dão que a casta Alfrocheiro tem maior expressão. Presente em
muitos dos vinhos da região, é considerada uma casta de elevada qualidade por
vários enólogos. O cultivo desta casta, também conhecida por Alfrocheiro Preto
na zona do Douro, estendeu-se com sucesso às regiões do Alentejo, Ribatejo e à
zona de Palmela. A casta Alfrocheiro é bastante fértil, daí a necessidade de
controlar a sua produção, para que os bagos não percam qualidades, como a cor.
É também importante controlar a vindima desta casta, pois apresenta uma
maturação precoce e é bastante suscetível a doenças, nomeadamente à podridão.
Esta casta produz vinhos de cor muito intensa e com aromas que recordam flores
silvestres, amoras maduras e especiarias.
Alicante Bouschet
Casta
tinta criada por Henry Bouschet, entre 1865 e 1885 em França, resultante do
cruzamento entre as castas Petit Bouschet e a Grenache. É uma casta
“tintureira” (com polpa vermelha), apresentando bagos redondos de cor negra e
cachos grandes. Plantada no sul da França, principalmente na região do
Languedoc, localmente nunca foi uma casta de renome. Em Portugal ganhou
notoriedade pela produção de vinhos de muito boa qualidade, nomeadamente no
Alentejo, onde o "terroir" local (Invernos frios e Verões quentes e
secos, solos profundos e não muito pobres, com disponibilidade de água ao longo
de todo o ciclo) lhe transmite as condições necessárias para o seu
desenvolvimento pleno. Esta casta produz vinhos de cor densa, aromas
ligeiramente vegetais, grande concentração de taninos, bom equilíbrio de acidez
e enorme capacidade de envelhecimento
Aragonês
Sinonímias:
Tinta Roriz
Casta
tinta de grande nobreza e de extraordinária qualidade, vigorosa, mas de
rendimento irregular. Os bagos têm coloração negro-azulada e tendem a
amadurecer precocemente, pelo que a vindima não deve atrasar-se. Com a
designação Aragonês, já é conhecida e cultivada há séculos nas terras do
Alentejo, sendo mais conhecida por Tinta Roriz na região Norte do país,
nomeadamente o Douro e Dão. Em bons anos, produz vinhos encorpados, retintos e
muito aromáticos. Os aromas da casta, finos e elegantes, sugerem pimenta e
flores silvestres. Tem boa capacidade produtiva e é indispensável na elaboração
de vinhos do Porto de qualidade. A produção de vinhos monovarietais, tem dado
bons resultados, designadamente na região do Dão
Baga
Sinonimias:
Tinta-da-Bairrada
Uma
das castas portuguesas mais produtivas, e muito utilizada nas regiões da
Bairrada e do Dão. Casta com vigor médio e bom rendimento, a Baga divide
opiniões, com alguns a criticarem-lhe a susceptibilidade para o apodrecimento
fácil e a produção de vinhos pouco intensos e desinteressantes. Mas, quando bem
maduras, as uvas da casta mostram todas as suas potencialidades, proporcionando
vinhos de cor concentrada e grande estrutura, com taninos poderosos e com
condições para evoluir muito bem em garrafa. O aroma começa por sugerir bagas e
frutos silvestres, evoluindo depois para ameixa preta, tabaco e café, num
crescendo de complexidade e nobreza. Em vinhos com mais de dez anos, surge o
aroma a madeira, mesmo que não tenha passado por ela.
Borraçal
Sinonímias:
Esfarrapa; Bogalhal
A
casta Borraçal é uma das castas tintas mais cultivadas na região dos Vinhos
Verdes. É plantada em quase toda a região, onde é também conhecida por
Esfarrapa ou Bogalhal, entre outras designações. Os cachos desta casta são
pequenos e de formato cónico. Os bagos são de tamanho médio, não uniformes e de
cor negro-azulada. Os vinhos elaborados a partir da casta Borracal apresentam cor
rubi e um elevado grau de acidez.
Castelão
Sinonímias:
João de Santarém, Periquita
A
casta tinta mais cultivada em Portugal. Casta vigorosa, mas de rendimento
irregular, muito dependente do clima e das técnicas de condução das videiras.
Tem um grande poder de adaptação a diferentes condições climáticas, o que lhe
dá uma notável versatilidade e permite aos enólogos elaborar vinhos muito
distintos, consoante a região: por vezes encorpados, pouco corados (coloração
rubi), de graduação alcoólica pouco elevada, bons para beber jovens; outras
vezes, muito corados e aromáticos, equilibrados na acidez e de graduação
alcoólica mais elevada. Adapta-se melhor às terras da Península de Setúbal, de
onde saem os vinhos mais carnudos e intensos, com aromas de frutos vermelhos e
plantas silvestres, que se integram bem com a madeira de carvalho francês.
CabernetSauvignon
As
principais regiões onde é plantada são: Alentejo, Estremadura, Ribatejo e
Terras do Sado. Trata-se de uma casta francesa também cultivada em Portugal. É
vigorosa e de produtividade média. Os bagos são negro-azulados e de maturação
tardia. Dá origem a vinhos ricos em matéria corante e taninos, que tendem a
melhorar com o envelhecimento. Esta é uma das castas cujo aroma varia
substancialmente consoante as condições em que cresce; regiões mais quentes,
traduzem-se em aromas frutados (groselha-preta, mirtilo, amora, cereja e
ameixa); em zonas mais húmidas e frescas, os aromas vegetais (pimento-verde) e
balsâmicos (eucalipto e cedro) evidenciam-se.
Espadeiro
Sinonímias
Espadão; Espadal
A
casta Espadeiro é cultivada na região dos Vinhos Verdes e produz vinho muito
apreciado na região. Pode adoptar outras denominações de acordo com o local
onde é cultivada: Espadão, Espadal, entre outras designações. Esta casta é
muito produtiva e apresenta cachos de grande dimensão, compactos e constituídos
por bagos médios e uniformes. Os vinhos produzidos com esta casta são acídulos
e de cor rosada clara ou rubi muito aberta (quando submetidos ao processo de
curtimenta prolongada). Algumas adegas produzem vinho rosé a partir da casta
Espadeiro.
Jaen
A
casta Jaen é cultivada em terras lusas desde a segunda metade do século XIX. É
uma casta muito comum no Dão e pensa-se que terá sido trazida para a região
através dos peregrinos que rumavam a Santiago de Compostela. A Jaen além de
produzir generosamente é também uma casta de maturação precoce. É bastante
sensível ao míldio e à podridão. Os vinhos produzidos a partir da casta Jaen
são essencialmente caracterizados pela sua cor intensa, baixa acidez e aromas
intensos a frutos vermelhos
Moreto
A
casta Moreto é característica da zona do Alentejo, sendo bastante cultivada nas
zonas de Reguengos, Redondo e Granja-Amareleja. Pensa-se que terá sido
introduzida na região, por volta do século XIX, quando se assistiu a um grande
desenvolvimento da viticultura no Alentejo. Esta casta apresenta cachos de
tamanho pequeno e bagos de tamanho médio e arredondados. É uma casta bastante
produtiva e de maturação tardia. Os vinhos produzidos com a casta Moreto são
normalmente pouco encorpados e apresentam pouca cor, por isso é utilizada em
vinhos de lote. Normalmente é lotada com as castas Trincadeira, Aragonez e
Tinta Caiada.
Moscatel Galego Roxo
Sinonímias:
Moscatel Roxo
A
casta tinta Moscatel Galego Roxo existe em pequena quantidade na Península de
Setúbal e produz um vinho generoso semelhante ao "Moscatel de
Setúbal", contudo de aromas e sabores mais complexos. A Moscatel Galego
Roxo é muitas vezes atacada por pássaros, devido ao aroma e doçura dos seus
bagos. O aspecto desta casta é bastante diferente da casta Moscatel: os cachos
e bagos são mais pequenos e apresentam uma cor rosada. Os vinhos produzidos por
esta casta apresentam um elevado grau de doçura, são muito aromáticos e de
sabor persistente. A casta Moscatel Galego Roxo é uma das castas
"primárias", por isso é determinante no aroma e paladar de um vinho.
Petit Verdot
O
nome “petitverdot” ("verde pequeno") refere-se a um dos principais
problemas desta casta; muitas vezes os bagos não se desenvolvem adequadamente
se o clima não for o correto durante a floração. Petit Verdot é uma casta tinta
utilizada principalmente em lote nos Bordeaux clássicos. Amadurece tardiamente
(em Bordéus, muito mais tarde que as outras variedades caindo assim em
desgraça). Quando amadurece, é adicionada ao lote em pequenas quantidades para
acrescentar taninos, cor e sabor. A Petit Verdot tem mais uma particularidade
que é a de muitas vezes dar dois cachos por rebento.
Ramisco
A
casta Ramisco é característica da zona de Colares. O seu cultivo é muito
peculiar e trabalhoso, uma vez que esta casta é plantada em "chão de
areia" e sem porta-enxertos ("pé-franco"). As vinhas situam-se
muito próximas do mar e numa zona próxima de grandes cidades, por isso a
pressão urbanística, a falta de mão-de-obra e a fraca rentabilidade do cultivo
quase extinguiram esta casta. A casta Ramisco tem uma maturação tardia. Os seus
cachos são médios e compactos constituídos por bagos pequenos e arredondados.
Os vinhos têm uma gradação alcoólica relativamente baixa (por volta dos 11º),
acidez elevada e taninos intensos. Porém, depois de envelhecerem em garrafa,
tornam-se mais suaves e muito aromáticos.
Rufete
Sinonímias:
Tinta Pinheira
A
casta Rufete, também conhecida por Tinta Pinheira, é essencialmente cultivada
nas regiões do Douro e do Dão, sobretudo nas sub-regiões de Pinhel, Figueira de
Castelo Rodrigo e Cova da Beira. É uma casta produtiva e os seus cachos e bagos
são de tamanho médio. É particularmente sensível ao oídio e ao míldio. Esta
casta raramente produz vinhos de elevada qualidade, no entanto, se atingir o
tempo de maturação ideal (sensivelmente no fim de Outubro) consegue produzir
vinhos encorpados, aromáticos e capazes de permanecer muitos anos em garrafa. A
casta Rufete só produz bons vinhos em microclimas específicos, como por exemplo
o de Pinhel, por isso é utilizada, a maioria das vezes, na produção de vinhos
de lote.
Syrah
Casta
muito plantada nas regiões do Alentejo e Estremadura. Casta francesa, muito
plantada mundialmente. Os seus bagos são negros-azulados, e dá origem a vinhos
encorpados, ricos em matéria corante, e com elevada acidez e grande
longevidade. Os seus aromas varietais lembram especiarias (pimenta-preta),
violetas, frutos silvestres (groselha-preta, framboesa e amora-preta).
Tinta Barroca
A
casta Tinta Barroca é plantada quase exclusivamente na região do Douro e muito
utilizada na produção de vinhos de lote. É uma das castas que compõe alguns
vinhos do Porto, contudo os seus vinhos monovarietais não são muito célebres. A
Tinta Barroca é bastante popular entre os produtores, pois é fácil de cultivar
e muito produtiva. É uma casta muito regular na produção e resistente a doenças
e pragas. Além disso, tem uma maturação precoce e os seus bagos concentrados de
açúcar originam vinhos com elevada concentração alcoólica. Os vinhos produzidos
a partir da casta Tinta Barroca são fáceis de beber e de taninos suaves.
Contudo, a maior parte das vezes, não são muito equilibrados nem concentrados.
Tinta Caiada
A
casta Tinta Caiada encontra-se em várias regiões vitícolas portuguesas e tem
uma baixa qualidade vitícola e enológica, por isso não tem sido uma aposta nos
novos encepamentos. A Tinta Caiada apresenta cachos e bagos de tamanho médio. É
muito sensível à podridão e precisa de climas muito quentes para amadurecer
convenientemente. É no Alentejo que a casta Tinta Caiada tem produzido vinhos
mais interessantes, devido ao clima quente e elevado número de horas de sol,
propício à correta maturação dos bagos. Estes vinhos têm cor intensa, boa
acidez e aromas agradáveis a fruta madura e vegetais.
Tinta Negra
Sinonímias:
Negra Mole
A
casta Tinta Negra ou apenas Negra Mole é a variedade tinta mais plantada na
ilha da Madeira. Também é cultivada no Algarve, embora não atinja as qualidades
daquela que é cultivada na Madeira, devido às condições climáticas. Os cachos
da Tinta Negra Mole variam entre o tamanho médio e grande e são formados por
bagos de coloração não uniforme (variam entre o negro-azulado a rosado). Esta
casta produz um vinho tinto muito doce e foi muito utilizada para produzir
vinho da Madeira. Contudo, os produtores chegaram à conclusão que
independentemente da qualidade desta casta, os vinhos generosos elaborados com
Tinta Negra seriam sempre inferiores àqueles elaborados a partir das castas
Boal, Sercial e Malvasia.
Tinto Cão
A
casta Tinto Cão é cultivada na zona do Douro desde o século XVIII, contudo como
era pouco produtiva nunca foi muito apreciada pelos agricultores. Por volta dos
anos 80 descobriu-se que a Tinto Cão possui óptimas características para a
produção de vinho do Porto. O cultivo desta casta alargou-se a outras regiões,
como o Dão, Estremadura e Península de Setúbal, onde existe em pequenas
quantidades. A Tinto Cão possui cachos muito pequenos e de maturação tardia. É
muito resistente a doenças e à podridão, além de suportar temperaturas muito
elevadas. A casta Tinto Cão é frequentemente lotada com as castas Touriga
Nacional, Aragonez, entre outras. Produz vinhos de carregados de cor e de
aromas delicados e florais.
Touriga Franca
Mais
conhecida por Touriga Francesa, é a casta tinta mais cultivada na região onde
se produzem os vinhos do Douro e do Porto. Amiga do viticultor, é de cultivo
fácil, pouco sujeita a doenças da vide e tem boa capacidade produtiva.
Apresenta aromas finos e intensos, com notas de frutos pretos e flores
silvestres, a que se juntam um bom corpo e cor. É uma das castas utilizadas na
elaboração dos vinhos generosos durienses, associada a outras castas nobres da
região, como a Tinta Roriz e a Touriga Nacional. Mas tem também capacidade para
se afirmar por si só, como o provam algumas experiências bem-sucedidas de
vinhos varietais.
Touriga Nacional
Foi,
em tempos idos, a casta dominante na região do Dão e a responsável quase
exclusiva pela fama dos seus vinhos. É, hoje, uma das mais utilizadas no Douro
e tida como uma das mais nobres castas tintas portuguesas. A Touriga Nacional é
uma casta muito vigorosa e de rendimentos elevados. Dá origem a vinhos
retintos, encorpados, poderosos e com excepcionais qualidades aromáticas. Tem
frequentemente notas de amora, mirtilo, caruma de pinheiro e flores silvestres
(esteva e rosmaninho). A sua fama tem vindo a espalhá-la por quase todas as
regiões vitícolas, do extremo Norte até ao Algarve, e está mesmo a aguçar a
curiosidade de viticultores estrangeiros. Envelhece bem e ganha em complexidade
aromática com estágio em madeira de carvalho.
Trincadeira
Sinonímias:
TINTA AMARELA
Uma
das castas portuguesas mais espalhadas pelo território. As suas qualidades
revelam-se, contudo, em zonas quentes, secas e de grande luminosidade,
adaptando-se muito bem ao interior alentejano. É uma casta difícil, de
produtividade irregular e algo susceptível a bolores
nefastos, mas, nos melhores anos, dá origem a grandes vinhos. Tem uma excelente
acidez, taninos suaves e abundantes e aromas intensos de ameixa e amora, e
especiarias quando jovens; quando amadurecem desenvolvem aromas de compotas. No
seu todo, resultam vinhos elegantes e equilibrados. Do lote da Trincadeira com
outras castas, como a Aragonês alentejana ou a Touriga Nacional no Douro,
resultam vinhos de grande qualidade.
Vinhão
Sinonímias:
Sousão
A
casta Vinhão é essencialmente apreciada pelas suas qualidades corantes, pois
origina vinhos de cor vermelha intensa e opacos à luz. Pensa-se que será
oriunda da zona do Minho e terá sido levada para a região do Douro, onde é
conhecida por Sousão. Esta casta apresenta cachos de tamanho médio compostos
por bagos médios e uniformes de cor negro-azulada. Na região dos Vinhos Verdes,
a Vinhão é a casta tinta mais cultivada da região. Os vinhos produzidos com a
casta Vinhão apresentam também elevada acidez e por vezes, ficam muito
acídulos. No Douro esta casta é essencialmente utilizada para conferir boa cor
ao vinho, incluindo o vinho do Porto.



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