Nos caminhos por Portugal
entre os socalcos do Douro e às planícies Alentejanas sinto dentro de mim uma
dor que me consome não por dentro mas por fora.
Recordar Miguel Torga
“Certeza Não:
Nunca saberás quem sou.
Apesar destes beijos que te dou
E destas ironias que te digo,
Vou contigo
Como vou
Ao lado dum inimigo.
Miguel Torga, in 'Diário (1936)'
ou Aleixo
Porque
o Povo Diz Verdades
Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.(…)
António Aleixo, in "Este Livro que Vos
Deixo..."
Recordo a minha infância onde
as feiras eram em terra batida, as vacas eram vendidas (vinte notas) nesse
tempo contos de rei, ali mesmo ao lado vendiam-se os couratos o traçado e
alegria misturava-se com os odores da lavoura.
Ao megafone tentava-se vender
lotes de meias, toalhas, conjuntos de mesa… era a feira no seu apogeu tão bem
descrita no Esteiros de Soeiro Pereira Gomes onde ele dedica:
“PARA OS FILHOS DOS HOMENS QUE NUNCA FORAM
MENINOS ESCREVI ESTE LIVRO”
Hoje nos palcos da
modernidade onde o nosso dinheiro se enterrou que levou o País ao que é neste
momento, a terra batida desapareceu, a entrada livre já foram “uvas que deram
vinho”.
Cavalos toiros e outros tais,
pavoneiam-se com o nosso dinheiro. Aberturas de pompa e circunstância em carros
de alta cilindrada com “EP” escondidos. Secretários de Estado, Ministros,
Presidentes disto e daquilo vestem “Chanel” “Dior” “Boss” “Armani” deixando
para trás a ganga à porta da entrada onde cada bilhete para ver este espetáculo
custa 7 euros sim (1.400$00) por pessoa, agora digam-me se esta festa é do povo
para povo.
Algumas mudanças:
Deixo-vos agora com localização e programa.
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