Silêncio e perfeição
É quase uma regra dizer-se que para se ver perto há que ver longe. Esta simples frase pode remeter-nos paraDe igual forma, pode ajudar-nos a olhar outras sociedades, civilizações e povos que, por tão distantes, até parece que nada temos a aprender com a sua cultura e a sua organização. Não me parece que seja o caso do Japão. Numa situação de catástrofe que a humanidade jamais esquecerá – um sismo, um maremoto e um desastre nuclear – uns conseguem reagir em ‘silêncio’ e com a ‘perfeição’ possível.
Atribuo essa atitude a três ordens de razões: a uma grande dose de ‘paciência’ e ‘contenção’, pouco observada na cultura ocidental; uma grande dose de ‘altruísmo’, isto é, a capacidade de pôr o interesse colectivo acima do individual; e uma grande dose de ‘respeito pela hierarquia’, pois acreditando nos responsáveis, valorizam os seus representantes em todos os níveis da sociedade e da organização política. Se não é um bom exemplo, então o que é?
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