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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Todos iguais, todos virtuais


É impossível que não aumente todos os dias a abstenção para as presidenciais cada vez que passa a campanha nos telejornais. Parecem meses a ver diariamente as seis criaturas, a fazer o óbvio, a caça ao voto. Eles fazem o seu papel, os jornalistas é que não fazem o deles.


Por:Manuela Moura Guedes, Jornalista


Parecem funcionários da CNE. Não têm sentido crítico, nem notícia. Distribuem irmamente os candidatos por mercados, comícios, almoços e as tais arruadas (com chuva serão aguadas?). Não existe critério jornalístico. Há uma espécie de tempo de antena em espaço noticioso top. Interessa ao País o que sai diariamente da cabeça do sr. Coelho ou Defensor de Moura? Ou do camarada Lopes, ali, só pelo partido?
E a condescendência que há para com Nobre, patético na sua falta de jeito, ou Alegre , sempre onde lhe convém e só levado a sério à custa de anos de persistência? E alguém pergunta a Cavaco, o PR que mais esvaziou a função, se agora critica o Governo, o que tenciona fazer? São personagens políticas, mais ou menos virtuais, que os jornalistas têm obrigação de desconstruir. Mas não o fazem. Contam os programas das campanhas, o que é nada! Vêmo-los desfilar, iguais à véspera, à hora do jantar, entre carne assada ou à jardineira, antevendo imagens, discursos, beijinhos e sorrisos. Eles é que não sabem que, nesse momento, há mais gente a decidir ficar em casa, domingo, 23.

Um BPN, 2 imprensas

Concluí, há muito, que Portugal é um territoriozinho domesticado com uma comunicação social que se deixa ir pela mão de quem a conduza.

Parece claro que, para além de um coelho há, nestas presidenciais, uma lebre, do PS.
Defensor de Moura serviu para lançar as questões sujas contra Cavaco Silva para Manuel Alegre vir depois fazer disso o seu cavalo de batalha. E os jornalistas enchem páginas, dão antena.
Gastamos dias com a questão dos ganhos com as acções da SLN, que Cavaco comprou e vendeu. Mas isto não é novo. Porquê só agora e a reboque de mais uma campanha socialista, que conta com o eco dos jornalistas e que só vive deles? Antes, quando se conheceu o assunto, questionaram assim Cavaco? Investigaram? Não vi nada. E também não vejo o mesmo afinco dos jornalistas em relação à maior asneira de Sócrates, até agora: a nacionalização do BPN. 5 mil milhões de euros que os contribuintes terão de pagar. Na Islândia, o parlamento, pelo mesmo, decidiu que o primeiro–ministro seria julgado por negligência.
E diz Manuel Alegre que quer o país limpo! Onde estava ele nas legislativas? Cavaco também não é inocente no silêncio que manteve perante as mais diversas situações. Agora está a saber, de facto, o que é uma imprensa "muito suave".

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