21 de Novembro de 1960
Jornais ignoraram adesão portuguesa ao FMI há 50 anos
por Lusa17 Novembro 2010
Portugal entrou no FMI há 50 anos. Se a imprensa não se cansa de noticiar hoje as relações com o fundo monetário, há meio século, a adesão de Portugal nem sequer mereceu honras de notícia.
"O Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte: É aprovado, para adesão, o acordo relativo ao Fundo Monetário Internacional", referia o texto do Decreto-Lei 43.338, de 21 de Novembro de 1960, assinado por Américo Thomaz e, logo de seguida, pelo presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar.
Com a censura a cortar a azul os conteúdos dos jornais e a ditadura a dar o mote à cobertura noticiosa, a imprensa de 21 de Novembro de 1960 destacava as respostas de Lisboa ao que os jornais titulavam como "calúnias" na assembleia geral das Nações Unidas por causa da questão colonial portuguesa.
Nas Nações Unidas, cada vez mais países acusavam Portugal de ser um país colonialista. Lisboa contestava, afirmando que tinha províncias ultramarinas num quadro da nação pluricontinental. A imprensa de então apoiava o regime, acusava Nehru, na Índia, de "caluniar Portugal" e dava destaque às posições de Franco Nogueira, representante português na ONU, que "só, isolado, batendo-se, tendo saído vencido mas não convencido, manteve-se firme, não tergiversou, não fez marcha-atrás!" +[AQUI]
Nas Nações Unidas, cada vez mais países acusavam Portugal de ser um país colonialista. Lisboa contestava, afirmando que tinha províncias ultramarinas num quadro da nação pluricontinental. A imprensa de então apoiava o regime, acusava Nehru, na Índia, de "caluniar Portugal" e dava destaque às posições de Franco Nogueira, representante português na ONU, que "só, isolado, batendo-se, tendo saído vencido mas não convencido, manteve-se firme, não tergiversou, não fez marcha-atrás!" +[AQUI]
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