Processo Face Oculta
por Augusto Freitas de Sousa , Publicado em 12 de Novembro de 2010
São mais de 500 presentes para serviços e empresas do Estado, autarquias, forças de segurança e particulares
José Sócrates, Joaquim Ferreira do Amaral, Miguel Horta e Costa, António Mexia, Jorge Coelho e Ana Paula Vitorino são alguns dos mais de 500 nomes que constam da extensa lista de presentes do empresário de Ovar, Manuel Godinho.
A investigação do processo determinou que, entre 2002 a 2007, o suspeito de liderar uma associação criminosa entregou mais de um milhão de euros em presentes de Natal a inúmeras entidades e empresas que, entre outras, vão desde a REN, REFER, Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Portucel, Finanças, GNR, autarquias, CTT, Caixa Geral de Depósitos, Ministério da Energia, Lisnave, Santa Casa da Misericórdia, Estradas de Portugal, direcções regionais do ambiente e economia, conservatórias, notários e bancos.
Os arguidos do processo também estão identificados como destinatários dessas prendas, mas há inúmeras entidades e funcionários que apenas constam da lista elaborada pela Polícia Judiciária, que investigou o processo.
Em 2002, o primeiro ano referido no processo, Manuel Godinho já tinha destinado ao presidente da REN, José Penedos, um centro de mesa Grand Lagoon no valor 1432,50 euros. Também o presidente da REFER, Braancamp Sobral, teve um presente exactamente igual. Vítor Correia Távora, presidente do Conselho de Administração da Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários (EMEF) não ficou atrás e também levou o seu centro de mesa Grand Lagoon. Esse ano, 2002, foi o ano dos centros de mesa para os presidentes das empresas: Miguel Horta e Costa, nessa altura da Portugal Telecom, também teve direito a uma peça semelhante.
Ovar lidera As prendas nesse ano não foram as mais caras. Manuel Godinho deixou para o presidente da Câmara de Ovar, Armando França, uma fruteira de prata sem asas da marca Atlantis, no valor de 1897 euros. Ligeiramente abaixo, com um valor de 1689 euros, ficou a jarra oval de prata Atlantis entregue ao vereador José Américo, também do executivo ovarense. Menos sorte teve o almirante Martins Guerreiro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo que recebeu uma árvore de Natal, mas com um valor inferior: 449,50 euros.
Com excepção do antigo presidente da REN, José Penedos, e da PT, Miguel Horta e Costa, só em 2004 é que Manuel Godinho se viu catapultado para outros voos. Nesse ano, Sócrates, Jorge Coelho e Armando Vara já faziam parte dos mimos de Natal do empresário das sucatas. O mesmo ano em que Godinho entregou à GNR de Canas e de Viseu 19 cabazes de Natal.
Finanças lembradas Só as finanças de Esmoriz faziam parte da lista em 2002, mas em 2004, já apareciam funcionários das finanças de Viseu, do conservatório de Nelas e até da Quercus, que faz parte da listagem onde se refere que um funcionário recebeu um porta-canetas Empire e um castiçal no valor de pouco mais de 100 euros. Mas a lista não fica por aqui.
Mais recentemente, as noticiadas EDP e REN tinham na lista de pagamentos 43 funcionários, que, só em 2007, receberam, entre outras prendas, Wiskey, cantis D. João II, baldes de gelo, jarras, máquinas de café, saladeiras, canetas Montblanc e Dupond, garrafas de vinho e até um decanter desenhado pelo célebre arquitecto portuense Siza Vieira.
A investigação do processo determinou que, entre 2002 a 2007, o suspeito de liderar uma associação criminosa entregou mais de um milhão de euros em presentes de Natal a inúmeras entidades e empresas que, entre outras, vão desde a REN, REFER, Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Portucel, Finanças, GNR, autarquias, CTT, Caixa Geral de Depósitos, Ministério da Energia, Lisnave, Santa Casa da Misericórdia, Estradas de Portugal, direcções regionais do ambiente e economia, conservatórias, notários e bancos.
Os arguidos do processo também estão identificados como destinatários dessas prendas, mas há inúmeras entidades e funcionários que apenas constam da lista elaborada pela Polícia Judiciária, que investigou o processo.
Em 2002, o primeiro ano referido no processo, Manuel Godinho já tinha destinado ao presidente da REN, José Penedos, um centro de mesa Grand Lagoon no valor 1432,50 euros. Também o presidente da REFER, Braancamp Sobral, teve um presente exactamente igual. Vítor Correia Távora, presidente do Conselho de Administração da Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários (EMEF) não ficou atrás e também levou o seu centro de mesa Grand Lagoon. Esse ano, 2002, foi o ano dos centros de mesa para os presidentes das empresas: Miguel Horta e Costa, nessa altura da Portugal Telecom, também teve direito a uma peça semelhante.
Ovar lidera As prendas nesse ano não foram as mais caras. Manuel Godinho deixou para o presidente da Câmara de Ovar, Armando França, uma fruteira de prata sem asas da marca Atlantis, no valor de 1897 euros. Ligeiramente abaixo, com um valor de 1689 euros, ficou a jarra oval de prata Atlantis entregue ao vereador José Américo, também do executivo ovarense. Menos sorte teve o almirante Martins Guerreiro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo que recebeu uma árvore de Natal, mas com um valor inferior: 449,50 euros.
Com excepção do antigo presidente da REN, José Penedos, e da PT, Miguel Horta e Costa, só em 2004 é que Manuel Godinho se viu catapultado para outros voos. Nesse ano, Sócrates, Jorge Coelho e Armando Vara já faziam parte dos mimos de Natal do empresário das sucatas. O mesmo ano em que Godinho entregou à GNR de Canas e de Viseu 19 cabazes de Natal.
Finanças lembradas Só as finanças de Esmoriz faziam parte da lista em 2002, mas em 2004, já apareciam funcionários das finanças de Viseu, do conservatório de Nelas e até da Quercus, que faz parte da listagem onde se refere que um funcionário recebeu um porta-canetas Empire e um castiçal no valor de pouco mais de 100 euros. Mas a lista não fica por aqui.
Mais recentemente, as noticiadas EDP e REN tinham na lista de pagamentos 43 funcionários, que, só em 2007, receberam, entre outras prendas, Wiskey, cantis D. João II, baldes de gelo, jarras, máquinas de café, saladeiras, canetas Montblanc e Dupond, garrafas de vinho e até um decanter desenhado pelo célebre arquitecto portuense Siza Vieira.
Sem comentários:
Enviar um comentário