

Casa Pia
Juízes sem dúvidas de abusos em Elvas
Tribunal lembra que interior da casa não foi divulgado e descrições dos jovens coincidiram.
Por:Ana Luísa Nascimento
Porquê Elvas? Esta foi a primeira pergunta dos juízes quando se confrontaram com os factos descritos no processo de pedofilia da Casa Pia.
O tribunal não tem resposta para esta pergunta, mas tem uma certeza: ocorreram abusos na casa de Elvas. E um dos principais argumentos para dar como provado um abuso de Carlos Cruz na
‘casa das orgias' foi a coincidência das descrições das vítimas. "Para o tribunal foi seguro que o interior da casa de Elvas não andou a ser divulgado na Comunicação Social e, portanto, não foi por esse meio apreensível pelos assistentes", lê-se no acórdão de 1760 páginas que condenou seis arguidos e absolveu
Gertrudes, mas apenas devido a uma alteração na lei, uma vez que se provou que a arguida de Elvas ao disponibilizar a sua casa "agiu deliberadamente sabendo que a sua conduta era punida". (filiada no PS?)
Certo é que Elvas era o cerne do processo, mas findo o julgamento apenas um arguido foi condenado por actos ocorridos nessa casa, o que segundo o tribunal se justifica com a exigência da prova em processo penal - "prova para além de qualquer dúvida razoável". "Foi com base neste grau de exigência que analisámos este caso", escrevem os juízes, que valorizaram as declarações de ‘Bibi'
e das vítimas, admitindo que apesar da convicção nem sempre foi possível determinar "o quando, com quem e o efectivamente ocorrido". No entanto, o jovem que acusou Carlos Cruz, ‘Diogo', teve um testemunho classificado como "muito relevante" que não deixou dúvidas: "Quando fala em Elvas e no arguido Carlos Cruz revela uma imagem global de expressividade e emotividade".
"PODIA ANDAR 400 KM COM UMA CARRINHA SEM SER DETECTADO"
São mais de cem páginas do acórdão dedicadas a analisar os registos de entradas e saídas das carrinhas da Casa Pia entre os anos de 1999 e 2001, período na acusação. Após a análise, o tribunal não teve dúvidas: "Permite ao tribunal sustentar e concluir que o arguido Carlos Silvino da Silva podia andar e andou 400 km com uma carrinha da Casa Pia sem ser detectado". A título de exemplo, os juízes referem uma deslocação de serviço de ‘Bibi' e Abrantes, confirmada por ambos, que não aparece nos livros de registos. A mesma análise conclui que ‘Bibi' utilizava tanto uma carrinha Vitto como uma Renault.
Juízes sem dúvidas de abusos em Elvas
Tribunal lembra que interior da casa não foi divulgado e descrições dos jovens coincidiram.
Por:Ana Luísa Nascimento
Porquê Elvas? Esta foi a primeira pergunta dos juízes quando se confrontaram com os factos descritos no processo de pedofilia da Casa Pia.
O tribunal não tem resposta para esta pergunta, mas tem uma certeza: ocorreram abusos na casa de Elvas. E um dos principais argumentos para dar como provado um abuso de Carlos Cruz na
‘casa das orgias' foi a coincidência das descrições das vítimas. "Para o tribunal foi seguro que o interior da casa de Elvas não andou a ser divulgado na Comunicação Social e, portanto, não foi por esse meio apreensível pelos assistentes", lê-se no acórdão de 1760 páginas que condenou seis arguidos e absolveu
Gertrudes, mas apenas devido a uma alteração na lei, uma vez que se provou que a arguida de Elvas ao disponibilizar a sua casa "agiu deliberadamente sabendo que a sua conduta era punida". (filiada no PS?)
Certo é que Elvas era o cerne do processo, mas findo o julgamento apenas um arguido foi condenado por actos ocorridos nessa casa, o que segundo o tribunal se justifica com a exigência da prova em processo penal - "prova para além de qualquer dúvida razoável". "Foi com base neste grau de exigência que analisámos este caso", escrevem os juízes, que valorizaram as declarações de ‘Bibi'
e das vítimas, admitindo que apesar da convicção nem sempre foi possível determinar "o quando, com quem e o efectivamente ocorrido". No entanto, o jovem que acusou Carlos Cruz, ‘Diogo', teve um testemunho classificado como "muito relevante" que não deixou dúvidas: "Quando fala em Elvas e no arguido Carlos Cruz revela uma imagem global de expressividade e emotividade"."PODIA ANDAR 400 KM COM UMA CARRINHA SEM SER DETECTADO"
São mais de cem páginas do acórdão dedicadas a analisar os registos de entradas e saídas das carrinhas da Casa Pia entre os anos de 1999 e 2001, período na acusação. Após a análise, o tribunal não teve dúvidas: "Permite ao tribunal sustentar e concluir que o arguido Carlos Silvino da Silva podia andar e andou 400 km com uma carrinha da Casa Pia sem ser detectado". A título de exemplo, os juízes referem uma deslocação de serviço de ‘Bibi' e Abrantes, confirmada por ambos, que não aparece nos livros de registos. A mesma análise conclui que ‘Bibi' utilizava tanto uma carrinha Vitto como uma Renault.
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