ELISABETE SILVA
Professor de Filosofia da Universidade de Lisboa não responde a alunos.
Os alunos do curso de Filosofia da Universidade de Lisboa estão desesperados à espera do lançamento da nota da cadeira de Filosofia Contemporânea. Desde Março que aguardam que saia em pauta, e com as inscrições a começar hoje não sabem se têm ou não de repetir a disciplina, que é obrigatória para terminar o curso.
Apontam o dedo ao professor Nuno Morais, que, segundo os alunos, tem por hábito atrasar a saída das notas. "Uma das primeiras histórias que ouvi quando vim para aqui foi precisamente a do atraso na atribuição das notas deste professor", contou um aluno ao DN, que pediu o anonimato. Acrescentou ainda que houve alunos que desistiram de esperar pe-la nota e "preferiram repetir a cadeira, mas com outro professor".
Nuno Nabais explicou ao DN que não lançou as notas porque permite que os alunos "demorem mais tempo a entregar os ensaios, visto ser uma cadeira de final de curso". É uma disciplina de primeiro semestre, mas o professor disse que chega a dar o Verão para os alunos realizarem o trabalho.
"Os que já entregaram sabem as notas, mesmo que não tenham sido lançadas em pauta. Mas se algum aluno tiver urgência, eu faço isso de imediato", confirmou. Porém, os alunos desmentem o professor, como referiu outro estudante ao DN que não quis ser identificado: "Expliquei-lhe que precisava da nota antes das férias e ele garantiu-me que o faria até final de Agosto... mas não o fez. Vários alunos têm enviado e-mails e não obtemos qualquer resposta."
Os alunos queixam-se ainda de Nuno Nabais ser um professor ausente: "Aparece pouco nas aulas, falta aos testes e às orais. É muito complicado, mas já percebi, segundo alunos mais antigos, que sempre foi assim."
Os estudantes tentaram chamar a atenção da direcção, mas a única resposta que obtiveram foi: "O professor Nabais é assim."
O secretário-coordenador da Faculdade de Letras desconhece esta situação específica. "Neste momento não tenho informação sobre esse caso. Em situação normal, as notas do ano lectivo deveriam ser lançadas no máximo até ao início de Agosto, mesmo que isso já tenha implicado atrasos, devidamente justificados pelos professores", explicou ao DN Ricardo Reis.
Apesar dos prazos legais, salientou ainda que os professores têm a possibilidade "de pedir um prazo mais alargado, caso necessitem de mais tempo, por exemplo, para corrigir trabalhos". Porém, reforçou que até Agosto já não deveria haver alunos à espera.
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