Cinco abstenções
Conselho Nacional aprova revisão constitucional do PSD
O Conselho Nacional do PSD aprovou as linhas gerais do ante-projecto de revisão contitucional, com cinco abstenções dos conselheiros dos TSD e do PSD-Madeira.
Mesmo Paulo Rangel, o mais crítico da proposta acabou por votar a favor. O líder do PSD, Pedro Passo Coelho, conseguiu assim o consenso e apoio do partido para apresentar o documento em Setembro na Assembleia da República e mostra-se convencido que conseguirá também chegar a um consenso com o PS sobre esta matéria.
A reunião em Aveiro terminou por volta das três da manhã desta quinta-feira, tendo o debate sido marcado pelas vincadas posições de Paulo Rangel e dos apoiantes do derrotado candidato à liderança do partido.
Segundo o CM apurou, o eurodedutado começou por endurecer as críticas ao ante-projecto do líder Pedro Passos Coelho. Rangel contestou o momento de o apresentar em época de eleições presidênciais e manifestou discordância em relação às proposta de alteração dos poderes do Presidente da República.
O eurodeputado considerou também que a matéria sobre o despedimento por 'motivos atendíveis' pode gerar perdas e contestação social e, que se fosse ele o líder do partido teria optado por não propôr alterações à lei do despedimento 'por justa causa'. Paulo Rangel referiu-se ainda à política de justiça, defendendo que o modelo italiano é um dos melhores exemplos europeus. Rangel acabou por dar o voto de confiança a Passos Coelho.
Outro ex-candidato a líder, José Pedro Aguiar Branco, optou por eleger a Assembleia da República como o local mais certo para fazer conhecer as suas posições mas também votou a favor. Manifestou contudo a discordância sobre a maioria da linhas gerais do ante-projecto de revisão constitucional. Em declarações à entrada para o Conselho Nacional, Aguiar Branco preferiu atacar o Governo sobre a derrapagem das contas públicas. "o Governo não está a fazer o trabalho de casa", disse Aguiar Branco.
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