Completamente fora

Completamente fora
O Dr. António Vitorino, eminência e partner da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira (firma de advogados que assessora a Telefónica em Portugal), onde a sua principal área de actividade é «Direito Comunitário e Direito Público», esteve, e está, «completamente fora» do negócio Telefónica-PT sobre a Vivo.

Diz o Sol, de 9-7-2010:

«PT/Vivo
Escritório de Vitorino não avisou Sócrates do aumento da oferta da Telefónica à PT
Por Graça Rosendo e Helena Pereira


Foi a sociedade de advogados de que o ex-ministro socialista e ex-comissário europeu António Vitorino faz parte que montou o negócio proposto à PT pela espanhola Telefónica, de compra da operadora móvel brasileira Vivo, avança a edição do SOL esta sexta-feira
Vitorino é sócio da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira – a sociedade que assessora a Telefónica em Portugal –, mas, apesar disso, Sócrates garantiu que a operadora espanhola nunca informou o Governo sobre os termos do negócio, nem teve em consideração a posição do Estado português.
O mesmo disse Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência, logo após o veto ao negócio, declarando que a Telefónica desconsiderara o Estado português.
Contactado pelo SOL, António Vitorino explicou que esteve «completamente fora» do dossiê Telefónica – o qual foi conduzido pelos seus colegas Manuel Castelo Branco, Maria João Ricou e José Diogo Horta Osório.
Questionado sobre se teria falado com José Sócrates sobre o assunto, insistiu que se tratou de «um tema estanque» no seu escritório, para justificar que nada sabia sobre os contornos do negócio.»

Porém, esta história da pretensa desconsideração e da falta de respeito das partes (BES, Telefónica, etc.) pelo Governo é um disparate encenado para justificar a desavença sobre os termos do negócio. Um negócio que, com maior ou menor dimensão, se fará, por trás do cenário, e com a bênção do Governo, quando as partes acertarem as quantias e contrapartidas a pagar.

Publicado por António Balbino Caldeira em 7/11/2010 10:23:00 AM