Professores recusam ser avaliados com notas arredondadas
por ANA BELA FERREIRA Hoje
Tutela deu um dia às escolas para inserirem avaliação no sistema informático, que altera classificações dos docentes.
A questão já foi levantada em tribunal, que deu razão aos professores. O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja considerou-a factor de desigualdade, sublinha Anabela Delgado. Mas o Ministério também já venceu algumas batalhas judiciais que diziam o contrário (ver + aqui).
O que os professores não entendem é o motivo que levou o ME a emitir este novo despacho e fixando um prazo tão curto. "Deve ser para os concursos dos professores", admite Anabela Delgado.
Se este pedido estiver relacionado com os concursos, João Dias da Silva, da FNE, adianta que serão contra a contagem. "O concurso não pode ser feito sem estarem concluídos os processos em tribunal", diz.
Também Pedro Araújo, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), confessa ao DN não ter percebido a urgência do pedido do Ministério. "No despacho não explica porque estão a pedir os dados e também não estou a ver as razões que o Ministério possa ter". Mas uma coisa é certa, "um dia é um prazo muito curto".
Dado o pouco tempo que as escolas tiveram para colocar no sistema a avaliação de todos os seus professores, Pedro Araújo não acredita que as escolas tenham conseguido cumprir o prazo. Mas também espera que "não haja nenhum tipo de sanções ou consequências". Contactado pelo DN, o ME não prestou esclarecimentos.
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