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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Submarinos e política/Cônsul de Portugal suspeito




1 Abril 2010 - 00h30 - CM
Dia a dia
Submarinos e política
As últimas notícias sobre o negócio dos submarinos voltam a colocar velhas questões na política portuguesa.

Em primeiro lugar, um avanço da justiça alemã, ainda que acidental, evidencia o habitual pântano da nossa justiça de cada vez que são visados interesses demasiado próximos da política ou do próprio Estado.

Há por cá um processo em investigação há demasiado tempo, que esteve parado quase um ano, que tem sido o território da habitual guerra do Ministério Público com a PJ. Depois, os grandes negócios do Estado, em particular o desastre que tem vindo a revelar-se a modernização das Forças Armadas; submarinos, blindados, arma ligeira, helicópteros.

Há demasiados fumos de suspeita que atravessam vários governos mas concentram-se, sobretudo, no de Durão Barroso e Paulo Portas. Já todos percebemos que as contrapartidas são um logro e uma vergonha mas, exceptuando Henrique Neto e um ou outro deputado, ninguém parece preocupar-se.

Por fim, uma e outra coisa, justiça lenta e ineficaz em mistura explosiva com opacidade ou verdades formais construídas na hábil manipulação de regulamentos, concursos e leis, representam uma forma inaceitável de gestão de recursos públicos. Com negociatas destas não há PEC que resista à mais que compreensível má-vontade de quem passa a vida a acertar os furos do cinto.



Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

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31 Março 2010 - 00h49 - CM
Cônsul de Portugal suspeito
Submarinos geram luvas de 1,6 milhões
A compra dos dois submarinos ao German Submarine Consortium (GSC), consórcio alemão liderado pela Ferrostaal, está no centro de um escândalo investigado pela Procuradoria de Justiça de Munique. Segundo as actas dos investigadores alemães, um cônsul honorário de Portugal terá recebido luvas no valor de 1,6 milhões de euros como contrapartida por ter organizado um encontro entre um administrador da Ferrostaal e o então primeiro-ministro Durão Barroso.

A comissão paga ao cônsul honorário resultou, segundo a revista alemã ‘Der Spiegel’, do serviço de "assistência objectiva" alegadamente prestado por Jürgen Adolff à Ferrostaal. A aquisição dos submarinos, realizada em 2004 quando Paulo Portas era ministro da Defesa, terá servido ainda para pagar luvas "a decisores do Governo, dos ministérios e da Marinha de Portugal", disfarçadas através de contratos de mediação e consultoria".

Um gestor da Ferrostaal, Klaus Lesker, foi detido preventivamente. Ontem, a Ferrostaal disse que "a empresa foi informada de que se trata de acusações de suborno em alguns projectos específicos".



António Sérgio Azenha

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