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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

MEDINA - TAP - ESPOSA -TRIBUNAIS

 

Sei que vocês já não ligam, mas eu estive atento aos dislates que Medina largou em frente às câmaras.

Um nojo. Um misto de ameaças de recorrer aos tribunais para defender “a honra”, e justificações vazias e questionáveis, em relação à sua escolha de Alexandra Reis para Secretária de Estado no seu ministério e a silenciosa presença ruidosa da sua esposa no meio desta pantominice. Ele pode ameaçar-me com processos, mas eu não nasci ontem:

• Alega que quando foi negociada a saída da senhora Alexandra, a sua esposa, embora chefiasse o departamento jurídico da TAP, estaria de licença de maternidade e nem sequer sabe se esse Departamento participou na negociação.

• Se a dona Stephanie, apesar de estar de licença de parto, mesmo que tivesse delegado nos seus subalternos, não se mantinha a par do que se passava no seu departamento, no departamento que chefiava, só tem de devolver o prémio que recebeu mesmo quando a TAP dava prejuízo, porque é inconsciente e incompetente;

• Alguém acredita seriamente, numa época em que há telefones e telemóveis, e-mails e Messenger, que a dona Stephanie não soubesse de uma negociação que teria inexoravelmente de passar pelo seu departamento e que orçava inicialmente em 1,5 milhões de euros e terminou em meio milhão?

• Mais: se, como Medina baixamente sugere, a negociação não passou pelo departamento jurídico da TAP, a dona Stephanie só tem de devolver, além dos prémios, os salários, porque então o departamento não servia para nada, nada fazia lá. Um departamento jurídico não participa na negociação e elaboração de contratos de despedimento que orçaram em meio milhão de euros? Serve para quê? Negociar a compra de canetas? Isso é com o departamento de Aprovisionamento… Alguém acredita na patranha? (Acrescentei agora um comunicado oficial do governo que afirma, ao contrário do que Medina falsamente sugere, que o acordo foi acompanhado pelos serviços jurídicos da TAP, chefiados na altura pela esposa dele, embora em licença de parto!)

Medina alega também que não sabia da indemnização de meio milhão de euros atribuída a Alexandra Reis, quando fez dela sua Secretária de Estado! Mas alguém se fia nisso?

Olhando para o microcosmos socialista de Lisboa, alguém vai comer a patranha que ele não disse à sua companheira de almofada que iria nomear a ex-colega de funções na TAP – ambas chefiaram departamentos, provavelmente tiveram “n” reuniões conjuntas, almoçaram juntas, discutiram lingerie juntas, a performance dos maridos na horizontal juntas… –, e que ela não terá nisso sido conselheira e até não lhe terá falado no meio milhão? Mas somos todos lorpas ou quê?

Medina, eu acredito que queiras salvar a pele, mas não te safas assim. Podes ameaçar com processos, mas qualquer pessoa de bom-senso percebe que as tuas desculpas não colam.

 

É assim para mim absolutamente óbvio que:

1º Alexandra Reis rigorosamente nada deveria receber a título da citada “compensação” (devendo mesmo ser intimada a devolvê-la, e de imediato).

2º Deveria ser muito claro o destino de Madame Christine: tendo sido uma das responsáveis pela situação e havendo uma vez mais faltado à verdade, e ainda por cima depois de todas as demais situações obscuras em que tem estado envolvida – desde a da contratação de gestores de topo para a TAP, milionariamente pagos, à da renovação da frota automóvel (só a dos mesmos gestores de topo, claro…), passando pela do negócio da mudança de instalações, tudo sempre envolvido na maior das opacidades –, a CEO deveria ser de imediato demitida,  com mais que justa causa!

3º Idênticos caminhos deveriam seguir os dois ministros da tutela: ou sabiam o que se passava e não só foram criminosamente cúmplices com tudo isso como até deram consciente e intencionalmente a Alexandra Reis os “prémios” da Presidência da NAV e do cargo governamental, ou não sabiam, e sendo absolutamente claro que deveriam saber, a sua gritante incompetência e irresponsabilidade são igualmente criminosas.

4º Estando em causa uma empresa do sector empresarial do Estado e a enorme massa de dinheiros públicos nela investidos, os basilares princípios da transparência, da fiscalização e do estrito controlo na respectiva aplicação, impostos por disposição imperativa da lei que não pode ser afastada por despacho ou cláusula contratual alguma, deve-se impor a realização imediata de uma rigorosa auditoria a todos os contratos, acordos e compromissos (de trabalho, de prestação de serviços, ACMI, leasing, renting, etc.) celebrados, pelo menos nos últimos 5 anos, por cada uma das empresas do grupo TAP, com divulgação do respectivo teor, da sua justificação e da indicação discriminada dos custos que cada um deles representa para a empresa. 

Essa seria, de facto, a única forma de avaliar de forma precisa, correcta e objectiva o que tem sido verdadeiramente a gestão da administração da TAP e a acção da tutela governamental! E de combater com determinação a mais que justificada náusea que todas estas manobras suscitam em toda a pessoa de bem! 

António Garcia Pereira


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