Sei que vocês já não ligam, mas eu estive atento aos dislates que Medina
largou em frente às câmaras.
Um nojo. Um misto de ameaças de recorrer aos tribunais para defender “a honra”, e justificações vazias e questionáveis, em relação à sua escolha de Alexandra Reis para Secretária de Estado no seu ministério e a silenciosa presença ruidosa da sua esposa no meio desta pantominice. Ele pode ameaçar-me com processos, mas eu não nasci ontem:
• Alega que quando foi negociada a saída da senhora Alexandra, a sua
esposa, embora chefiasse o departamento jurídico da TAP, estaria de licença de
maternidade e nem sequer sabe se esse Departamento participou na negociação.
• Se a dona Stephanie, apesar de estar de licença de parto, mesmo que
tivesse delegado nos seus subalternos, não se mantinha a par do que se passava
no seu departamento, no departamento que chefiava, só tem de devolver o prémio
que recebeu mesmo quando a TAP dava prejuízo, porque é inconsciente e
incompetente;
• Alguém acredita seriamente, numa época em que há telefones e telemóveis,
e-mails e Messenger, que a dona Stephanie não soubesse de uma negociação que
teria inexoravelmente de passar pelo seu departamento e que orçava inicialmente
em 1,5 milhões de euros e terminou em meio milhão?
• Mais: se, como Medina baixamente sugere, a negociação não passou pelo
departamento jurídico da TAP, a dona Stephanie só tem de devolver, além dos
prémios, os salários, porque então o departamento não servia para nada, nada
fazia lá. Um departamento jurídico não participa na negociação e elaboração de
contratos de despedimento que orçaram em meio milhão de euros? Serve para quê?
Negociar a compra de canetas? Isso é com o departamento de Aprovisionamento…
Alguém acredita na patranha? (Acrescentei agora um comunicado oficial do
governo que afirma, ao contrário do que Medina falsamente sugere, que o acordo
foi acompanhado pelos serviços jurídicos da TAP, chefiados na altura pela
esposa dele, embora em licença de parto!)
Medina alega também que não sabia da indemnização de meio milhão de euros
atribuída a Alexandra Reis, quando fez dela sua Secretária de Estado! Mas
alguém se fia nisso?
Olhando para o microcosmos socialista de Lisboa, alguém vai comer a
patranha que ele não disse à sua companheira de almofada que iria nomear a
ex-colega de funções na TAP – ambas chefiaram departamentos, provavelmente
tiveram “n” reuniões conjuntas, almoçaram juntas, discutiram lingerie juntas, a
performance dos maridos na horizontal juntas… –, e que ela não terá nisso sido
conselheira e até não lhe terá falado no meio milhão? Mas somos todos lorpas ou
quê?
Medina, eu acredito que queiras salvar a pele, mas não te safas assim.
Podes ameaçar com processos, mas qualquer pessoa de bom-senso percebe que as
tuas desculpas não colam.
É assim para
mim absolutamente óbvio que:

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