Relativamente
ao Sr. Berardo, ele fez o que qualquer português sem dinheiro faz quando
compram um carro, uma casa, ou investimento.
Ele
aproveitou-se dos Amigos mandões. Os Amigos mandões estavam a gerir o nosso dinheiro, o dinheirinho
dos nossos impostos.
Todos
os bancos têm uma área chamada Responsável de crédito, quem foi que assinou, se
é que assinou, talvez nas reuniões dos Homens do avental tenham decido aonde ir
buscar o dinheiro, para ir à banca teria de haver uma pessoa capaz de dar a
cara, neste caso foi o Berardo. Há muitos Berardos por aí.
Na
banca tinha de estar a pessoa chave, o Vara e muitos outros. O Vara ganancioso,
vindo das berças era fácil de abater como foi. O Tubarão está fora.
Era
preciso levar o plano por diante, instalar o Socialismo a qualquer preço,
comprar, jornais, revistas até TVs. Lavar o cérebro às pessoas, comprar votos,
ganhar eleições Governar.

Como
se faz na América, sob juramento, país livre, ou minimamente livre de
Corrupção, aonde qualquer gift é proibido e é crime.
Se o dinheiro financiado entrou nas contas
das empresas do Sr. Berardo, também saiu, foi para onde? Com que destinos?
Muitos
empresários, trabalhadores do privado perderam empresas, casas etc.
Portugal
merece melhor!
Vamos
a uma breve resenha …
Falência da Lehman Brothers nos EUA, que
marcou o início da crise financeira) a uma empresa da qual Joe Berardo é
presidente do conselho de administração. Mas não é acionista.
Atram – Sociedade Imobiliária,
empresa da qual Berardo é o presidente do conselho de administração.
Joe Berardo vão ter pela
frente? O antigo herói do
capitalismo popular, o homem vindo de baixo que fez frente aos
poderosos, ajudando a travar a oferta pública de aquisição (OPA) da Sonae sobre
a PT e a afastando o fundador do BCP, Jardim Gonçalves, e revelando
irregularidades no banco?
Duarte Alves (PCP) o maior
interesse para o objeto da Comissão de Inquérito é perceber quais os contactos
feitos por Joe Berardo para ver aprovadas operações que constituíam compras de
ações de outro banco (BCP), envolvendo a CGD numa “guerra de accionistas” de um
banco privado — ainda para mais tendo as próprias ações do banco como garantia.
Cecília Meireles, do CDS-PP,
que em conversa com o Observador reconhece que, mais do que analisar as
reestruturações posteriores que foram feitas aos créditos de Berardo, é
importante analisar esse “pecado original que foi a concessão inicial do
crédito”. É certo que “a Caixa não terá sido muito ágil depois, a salvaguardar
os seus créditos, mas o problema é de raiz”
Cecília Meireles especialmente
indignada é que, se compararmos os créditos a Berardo com outros negócios
ruinosos da Caixa, pelo menos em casos como o La Seda/Artlant havia um
“intuito, que era um investimento industrial a fazer em Portugal. Depois
podemos discutir se foi bem pensado e se foi bem executado” — mas, pelo menos,
havia um propósito. Em contraste, no caso de Berardo, “não conseguimos, até ao
momento, que ninguém nos dissesse outra coisa que não ‘não, não, não havia qualquer intenção
de tomada de poder no BCP’.
Para Duarte Marques, deputado
do PSD, há que ter algo bem presente na audição desta sexta-feira. “Esta
comissão de inquérito não é sobre a conduta de Berardo, isso fica para os
tribunais e para a opinião pública. A audição é sobre aquilo que os gestores
públicos e os responsáveis políticos fizeram”, diz Duarte Marques,
acrescentando que os deputados querem “saber quem é que está escondido atrás do
esquema (o chamado “assalto ao BCP”) e quem é que tomou a iniciativa — foi
alguém da Caixa? Foi alguém do Governo? Nós sabemos quem é que beneficiou deste
processo, falta saber quem é que o desafiou a entrar nele, quem foi o autor
moral”.
Bloco Esquerda, Mariana
Mortágua tem sido uma das mais atentas aos detalhes dos empréstimos a Berardo.
Porém, para Mariana Mortágua, quem tem o poder para dar explicações sobre a
concessão dos créditos é quem os concedeu, ou seja, a Caixa. “É a Caixa que tem
a responsabilidade de dar explicações sobre a forma como concedeu esses
créditos; cada um tem de assumir as suas responsabilidades”, diz a deputada
bloquista.
Carlos Santos Ferreira (que já
foi ouvido nesta audição), recusou a ideia de que Berardo fosse um cliente
especial a quem tenham sido concedidos “créditos de favor”. Isso significa que
Carlos Santos Ferreira mentiu no parlamento?
João Paulo Correia. “O que as
pessoas querem saber é se ele foi objeto de algum favor por ser uma figura
importante na praça à época, com crédito na praça — tanto que hoje é um devedor
comum a vários bancos, tanto que hoje é alvo de uma ação conjunta por parte
desses vários bancos”, afirma o deputado socialista, em alusão ao processo
conjunto de recuperação de créditos por parte da banca — o processo que Eduardo
Paz Ferreira baptizou de “operação kamikaze”.
Quem na Caixa promoveu e
defendeu a concessão de um financiamento até 350 milhões de euros para compra
de ações, em condições que não seguiram, no essencial, as recomendações do
risco?
Tendo Berardo entrado em
incumprimento das suas obrigações para com a Caixa no final de 2008, porque
demorou tanto tempo a avançar uma execução das garantias?
Quem foi o “padrinho” dentro da Caixa do
empréstimo?
Carlos Santos Ferreira
- Cabral dos Santos - Eduardo Paz Ferreira - Maldonado Gonelha
A Fundação Berardo tinha então
activos avaliados em 451 milhões de euros (segundo as contas) e a fortuna pessoal do seu fundador estava avaliada em mais
de 500 milhões de euros.
O resultado foi a concessão de
uma facilidade de crédito até
350 milhões de euros à Fundação Berardo para a compra de ações
do BCP, garantido pelas ações, com uma taxa de cobertura de 105%. Há outro
financiamento de menor dimensão à Metalgest. No final de 2007, Santos Ferreira
troca a presidência da Caixa pela do BCP, cargo para o qual teve o voto favorável
de Berardo que era à data um dos maiores accionistas do banco privado. E avisa
o sucessor, Faria de Oliveira, para a perda de valor das ações dadas como
garantia do financiamento do comendador.
Apesar deste alerta, em abril
de 2008, a gestão de Faria de Oliveira, viria a autorizar a Fundação Berardo a usar mais 38 milhões de euros da
facilidade contratada no ano anterior para adquirir ações do
BCP. O ex-presidente da Caixa explica que, à data, o crédito não estava em
incumprimento e que a Caixa estava “obrigada” a emprestar, ao abrigo do
contrato feito no ano anterior, e do qual Berardo teria à data usado 266
milhões de euros.
Porque não se avançou para a execução
ainda em 2008?
De acordo com antigos
responsáveis da Caixa, foram pedidos 11 reforços de garantias para assegurar o
rácio de cobertura. No entanto, em novembro desse ano a Fundação Berardo entra
em incumprimento no pagamento de juros e já não tinha mais garantias para dar.
A CGD poderia, em tese, ter executado o aval pessoal e as ações do BCP dadas
como colateral, que seguramente já não valiam o suficiente para reembolsar o
financiamento, para além do efeito terrível que teria no valor do banco
despejar qualquer coisa como 7% do capital em bolsa.
O principal argumento para a não execução é a assinatura de um
acordo tripartido entre os maiores credores bancários de Berardo — a Caixa, o
BCP e o BES — ainda no final de 2008, em que é assegurado um contrato
promessa de penhor sobre 75% da Associação Coleção Berardo. Um compromisso
ainda provisório, mas que leva os bancos a acreditar que conseguiram o acesso à
principal riqueza do comendador, os quadros da Coleção de arte moderna que
estavam já a ser exibidos no CCB, no quadro de um acordo com o Estado. A Caixa
assegura 40% desse penhor, ao lado do BCP, enquanto o BES fica com 20%. A Coleção
de arte moderna para o efeito deste acordo é avaliada entre 316 milhões de
euros pela Christie’s e 570 milhões pela galeria americana Gary Nader.
Mas este contrato promessa de
penhor sobre os títulos da entidade que é dona da Coleção só viria a ser formalizado em julho de 2010, mais
de um ano depois do primeiro compromisso e ainda sem existir um parecer da
direção de risco ao que viria ser a reestruturação da dívida de quase mil
milhões de euros de Joe Berardo aos três bancos portugueses — o Santander Totta
ficou de fora do acordo.
Risco só volta a avaliar Berardo três após incumprimento e
primeiro acordo para negociar dívida
Só em Maio de 2011, quase um ano depois da contratualização definitiva
do penhor sobre a dona da Coleção, que era a peça central na reestruturação da
dívida de Joe Berardo, é que a direção de risco emite um parecer sobre a
proposta de reestruturação. Na altura, Berardo devia já 366 milhões à CGD,
somando os empréstimos dados à Fundação Berardo e à holding Metalgeste, e havia
alguns milhões de euros de juros vencidos. A direção de risco, que não se
pronunciava sobre estes créditos desde 2007, considerou que o cenário de
reestruturação era uma alternativa à execução, mas não ficou nada convencida com
a proposta apresentadas pelos bancos e deu parecer desfavorável, concluindo que
a reestruturação proposta não permitia reforçar o valor previsível de
recuperação do crédito.
- O aval pessoal de Berardo fica limitado aos 38
milhões de euros emprestados em 2008, e é por aqui que sabemos que em seu
nome só existe uma garagem no Funchal. Não há avales de outros membros da
família, como a mulher, ou outros administradores do grupo.
- Não estava prevista oneração de outros activos ou
participadas do empresário.
- A Metalgeste e a Fundação Berardo estariam em
falência técnica se contabilizassem as ações que possuíam ao valor de
mercado muito mais baixo do que o custo de aquisição.
- Não houve redução da dívida, nem reforço de
garantias
- Não estava garantido mandato de venda das
garantias com efeitos imediatos e controlado pelos credores.
Apesar
de todas estas objecções, em março de 2012 é assinado o acordo de
reestruturação da dívida entre Joe Berardo e os três bancos. Sobre a
história do que aconteceu depois, ainda há muitos vazios por preencher.
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