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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Carta aberta ao Dr. Mário Soares

Carta aberta ao Dr. Mário Soares
Farei 67 anos em Janeiro. Nasci em África (Angola) onde passei os melhores anos da minha vida. Nasci, felizmente, numa família cheia de valores e que souberam transmitir - a mim e aos meus irmãos - o respeito, a educação, a aceitação de opiniões, credos e culturas diferentes. Numa palavra, os verdadeiros fundamentos de uma DEMOCRACIA.


Embora os meus Pais tenham sido tudo menos “colonizadores”, também tiveram que suportar os efeitos da descolonização.... ( Nesta coisas, como se costuma dizer, paga o justo pelo pecador). E, como não tinha havido transferência de valores para Portugal ( pelo contrário, vendeu-se o que havia aqui para investir em Angola) viemos todos para Portugal e, como todos os outros, tivemos que sofrer as agruras de uma adaptação. Houve que começar do zero. Foi difícil mas conseguimos!

Eu fui para a Covilhã, terra da família do meu marido.
Aquando da manifestação da Alameda, vim a Lisboa num acto de reconhecimento pela sua actuação. (Note que não gravito na área da sua esfera política). 
Achei a sua atitude fantástica! Verdadeiramente democrática! Impedir uma ditadura de esquerda, que efectivamente não tinha a adesão da maioria do povo português. Esse facto, levou-me a ficar-lhe grata.
Os tempos, afinal, têm vindo a provar-me que eu estava errada a seu respeito.

O Senhor, naquela altura, tomou todas aquelas decisões, não pelo Povo Português, mas por si. O poder era para si e não para Álvaro Cunhal!
E conseguiu…Parabéns!
Governou e gastou como quis! Lembra-se dos anos 80? Peça a alguém que lhe leia as suas declarações dessa altura, acerca da necessidade de apertar o cinto o do POVO, claro!
Depois foi Presidente da República. Deve ter sido fantástico andar a passear pelo mundo e de camelo, elefante, tartaruga... À custa do erário público...
Quem não gosta? 
E o sr. fê-lo muiiiiiiiiiiitas vezes! 
Terão sido todas necessárias? 
Duvido!
Entretanto, nunca prescindiu de todas as mordomias a que “acha” que tem direito.
Carro, gasolina, segurança, reforma, e até organizar 2 fundações com apoios camarários e estatais. É obra! Pena que não seja em prol do tal POVO, em nome de quem fala sempre, e seja só em proveito próprio!
Se tivesse ouvido o tal POVO, saberia que “a roupa suja se lava em casa”...
Mas está tão cheio de si que já nem ouve... Só debita! Por isso é que tenho aprendido, nas suas declarações a alguns jornalistas que ainda continuam a ouvi-lo -Vá-se lá saber porquê - que a final desconhece completamente o significado da palavra DEMOCRACIA.

Pode gostar-se e concordar-se, ou não. Pode ser mais fácil ou difícil de engolir, mas os governos ( Assembleia da República) que estão a governar a Europa foram DEMOCRATICAMENTE ELEITOS e há que respeitar isso.
Os Presidentes da República também!
Não concorda? 
Está no seu pleno direito!
Não fazia assim? 
Está no seu pleno direito! 
Acha que não leva a parte nenhuma? 
Está no seu pleno direito. Criticar o Ministro dos Negócios Estrangeiros por ele pôr em cheque Portugal no Estrangeiro? 
Concordo consigo! Mas, afinal, por que é que, depois de tanto criticar, se sente no direito de fazer a mesma coisa?
A sua intervenção última foi um perfeito desastre! Dizer que o seu compatriota Durão Barroso quer dinheiro... Por favor, Dr. Mário Soares, tenha categoria. 
É fundamental na política. Nunca lhe disseram?
Poderia apontar-lhe “n” casos na sua esfera política mas não desço ao seu nível.
Só posso arranjar uma explicação e, também ela, infelizmente muito portuguesa. INVEJA!
É que, apesar de todos os esforços negativos da esquerda, a economia começou a mexer, os mercados também, as exportações, desemprego a diminuir...
São décimas! Pois são! Mas São! E isto já não acontecia há tanto tempo...
Só me ocorre um comentário…;
PARIS faz mal aos políticos do PS!


Ana Valentim Terenas

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