Porra! Começa a ser demais!
IDEIAS DE BRONCOS DO GOVERNO QUE VÃO AO
FUTEBOL, VIAJAM À CONTA DA GALP E NÃO SÓ...
Todos os dias chegam ao mercado de
trabalho novos “boys” e, como trabalhar não é com eles, é preciso sustentá-los;
logo, são precisos novos “tachos” nos observatórios, institutos,
fundações, secretarias e todo um rol de entidades que só existem para os sustentar;
então inventam-se novos impostos: para já o sol e a vista (quem é que vai
definir o que é uma boa vista? E se o proprietário for cego?), amanhã vai ser a
qualidade do ar, depois, depois, … ter ou não ter piolhos… e, mais tarde ou
mais cedo, o ser ou não ser FDP!
"A ideia de tributar um património
já de si é gravíssima, porque o património pode não gerar qualquer rendimento e
as pessoas em última análise até podem perder os seus imóveis, em consequência
de estarem a ser tributados por um património que não gera rendimentos,
designadamente quando é para habitação própria".
"Era inevitável que estes crânios
que provocam estas alterações, viessem também a tributar o sol de que nós
dispomos"; "Portugal é um país com sol, 365 dias por ano, e,
portanto, eles puseram-se a magicar e verificaram que era mesmo daí que iam
conseguir aumentar a receita fiscal." "Todas as casas em Portugal têm
exposição solar, porque somos um país meridional e sol é uma coisa que abunda.
Era fatal que isto acontecesse. A fase seguinte, tudo indica, vai ser taxar o
oxigénio que a gente respira".
Até o sol paga
imposto
1. Parecem sem fim as possibilidades que o Estado encontra para ir ao bolso dos portugueses. A imaginação não podia ser mais fértil. Quando julgamos impossível obrigarem-nos a contribuir mais ainda para o bolo comum, eis uma ideia curiosa, surpreendente. Se vive numa casa bem exposta ao sol, virada para uma bela paisagem, prepare-se: haverá um agravamento do valor a pagar pelo imposto municipal sobre imóveis (IMI).
Como quase tudo proveniente da Autoridade Tributária, a medida é algo indecifrável para o comum cidadão. Neste caso, trata-se de um coeficiente de localização e operacionalidade relativa, que, por sua vez, integra ainda um coeficiente de qualidade e conforto. Pois bem, se vive numa casa confortável, terá de pagar, é essa, em suma, a sustentação do imposto. Perante isto, teremos também de ser imaginativos. Antes de os diligentes funcionários da Autoridade Tributária reavaliarem a casa, não percamos tempo. Convoque-se, com urgência, uma reunião de condomínio ou promova-se um encontro de vizinhos: e avance-se com a plantação, o mais rápido possível, de uma barreira de árvores. Atenção aos pormenores. Só valem árvores de folha perene, para que a sombra se mantenha ao longo de todo o ano. E, já agora, talvez seja boa ideia optar por árvores de crescimento célere, de modo a tapar rapidamente a paisagem.2. A Autoridade Tributária faz escola na administração pública nacional. Hoje em dia, entrar numa igreja deixou de ser um ato de fé. Confesso o desconforto quando, a meio de uma jornada de lazer, tento entrar num templo com o simples propósito de estar [só], e sou barrada por um cobrador de bilhetes. Os edifícios, eu sei, têm de ser preservados. Aceito, sem qualquer reserva, que num edifício como a Sé de Évora, por exemplo, se cobre ingresso para visitar os claustros, ou uma área musealizada. Não aceito pagar para ir à igreja. Antes de ser monumento nacional, o edifício é um local de culto, onde qualquer um deveria entrar e ficar em comunhão consigo próprio ou com uma entidade transcendente, num momento de recolhimento e paz.Admito as dificuldades financeiras inerentes à manutenção das igrejas. Mas sei também que os nossos impostos devem ser para aí encaminhados. O que pagamos pelo sol, pela paisagem magnífica que sirva, enfim, para preservar a talha dourada e os frescos dos nossos monumentos.
por John Wolf, em
01.08.16
O governo de Portugal está tão
desorientado que já se guia pela boa ou má exposição solar. Faz sentido que apresentem esta
novidade em plena época balnear.
A maior parte dos portugueses está a
banhos com o cu virado para a lua. Resta saber qual o factor UV do IMI.
Deve haver aqui uma coordenação com o
ministério da saúde. Ou seja, um T3 com varanda e sol a irradiar pela sala, é
mais propenso a cancros da pele do que uma vivenda insalubre - isso deve ser
levado em conta. E as caves húmidas não contam para atenuar a carga do novo
IMI?
E se a salinha de estar aquecer no
Inverno, porque está exposta a Marte, não merece um desagravo? A conta do
aquecimento de certeza que será mais baixa. E as roulottes de campismo viradas
a sul? E olhar para o sol com um par de binóculos? António Costa e seus
muchachos devem ter apanhado uma insolação das boas.
Está tudo louco. Estão doidos.
A neo-austeridade ainda nos vai
surpreender muito mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário