Greves caem a
pique desde que a esquerda tomou o poder, o que só prova que as greves têm
segundas intenções.
O
problema situa-se na distribuição radicalmente diferenciada da sindicalização
numa estrutura sindical caracterizada pela sua fragmentação numa quantidade
considerável de organizações. Em 1974 houve um total de 308 sindicatos em
Portugal. O número aumentou até 375 em 1979, regressando a 352 em 1984, ainda
significativamente mais que em 1974. Em seguida houve aumento anual constante
até que se chegou ao recorde de 407 sindicatos em 1992.1 Segundo o Instituto
Nacional de Estatística em 1998 permaneceram 346 mas, num documento recente, a
CGTP constatou a existência de apenas 332 sindicatos e fez a estimativa que realmente
menos de 300 destes eram operacionais.2 Esta estrutura sindical com tantas
organizações é uma estrutura muita estratificada e segmentada por dimensão
organizacional, em que relativamente poucos sindicatos contribuem para uma
parte desproporcional da sindicalização total e muitos sindicatos contam por
uma parte relativamente insignificante da sindicalização total.
1. Dados do Instituto Nacional de Estatística,
continente mais regiões autónomas.
2. Uma parte substancial desta redução deve-se a um
processo de reestruturação organizacional em curso. Esta reestruturação resulta
tanto do declínio e subsequente extinção de sindicatos como de esforços
racionalizadores com base em fusões e integrações. A CGTP em particular
estabeleceu objectivos ambiciosos neste sentido a partir de 1995, já obtendo
resultados em vários sectores.
Chave:
STIMMDL Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Lisboa
SITESE Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços
CESL Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços do Distrito de Lisboa
STFPSA Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública da Zona Sul e Açores
SBSI Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas
STIMMDSet Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Setubal
STTexDPoAv Sindicato dos Trabalhadores Têxteis dos Distritos do Porto e Aveiro
STAL Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local
STAgrDÉv Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura do Distrito de Évora
STHTRSSul Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul
STIMMDPo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgica e Metalomecânica do Distrito de Porto
STIQCI Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas do Centro e Ilhas
SNTCT Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações
SIESI Sindicato das Indústrias Eléctricas de Sul e Ilhas
STIMMDAvGuaVi Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Aveiro, Viseu e
Guarda
STICarnDSetSan Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Carnes do Distrito de Setúbal e Santarém
STRDL Sindicato dos Transportes Rodoviários do Distrito de Lisboa
STCMMDL Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Mármores e Madeiras do Distrito de Lisboa
STIMMSul Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Sul
SPGL Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
STICerCimSimDCoi Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimento e Similares do Distrito de Coimbra
STTexDPoAv Sindicato dos Trabalhadores Têxteis dos Distritos do Porto e Aveiro
SBN Sindicato dos Bancários do Norte
SOICMADAC Sindicato dos Operários da Indústria de Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra
STFPN Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Norte
CESP Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal
No
sector financeiro a divisão do conjunto de sindicatos bancários é apenas regional; os
seguros e a banca são ramos interligados. Os sindicatos seleccionados da função
pública actuam em coligação nas negociações com o governo. Os sindicatos dos
metalúrgicos da CGTP são unidos numa federação de metalúrgicos que os
representa na contratação colectiva.
Categoria:Sindicatos de Portugal
- Confederação Geral do Trabalho (Portugal)
- Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional
Há décadas que governos, oposições e jornalistas mantêm viva a ficção de que os sindicalistas são trabalhadores que defendem os trabalhadores e as empresas, quando muitas vezes acontece o contrário.
Há quantos anos o electricista Arménio Carlos deixou de trabalhar em electricidade? O que sabe Mário Nogueira da realidade das escolas onde deixou de dar aulas há mais de vinte anos? E, por fim mas não por último, em que serviço, balcão, secretaria, cartório, departamento… da função pública trabalhou Ana Avoila antes de o seu nome se ter tornado num prefixo da Frente Comum de Sindicatos da Função Pública?
Quanto
ganham os sindicatos?
Dirigentes sindicais custam 9 milhões O número de professores destacados nos sindicatos é actualmente de 281, dos quais 125 exercem actividade sindical a tempo inteiro e por isso não dão aulas, revelou ao Correio da Manhã o Ministério da Educação e Ciência (MEC). O CM perguntou à tutela qual a despesa que representam os professores destacados nos sindicatos e se, dada a situação de crise, o Governo a pretende reduzir. O MEC não respondeu.
Pelos cálculos do CM, a despesa rondará os 9 milhões de euros. Segundo o MEC, a soma dos 125 professores dispensados a tempo inteiro mais as dispensas parciais é equivalente a um total de 212,5 dispensas. Tendo em conta que a maioria dos dirigentes se posiciona em escalões avançados da carreira docente, e com base no valor bruto auferido no 9º escalão (3091,82 euros), chega-se a uma despesa de 9,2 milhões de euros por ano. Isto contando com 14 meses de salários e não incluindo outras remunerações. Arménio Carlos, da CGTP, explicou que o total de dirigentes sindicais a tempo inteiro "não chega a meio milhar", pelo que os 125 docentes nestas condições representam cerca de 30 por cento do total. O facto de a classe docente ser a maior na Função Pública (cerca de 150 mil profissionais) e de o nível de sindicalização ser elevado ajuda a explicar estes números. Em 2005, havia 1327 professores destacados que custavam mais de 20 milhões de euros. A ministra da Educação da altura, Maria de Lurdes Rodrigues, diminuiu esse número para 450. Em 2006, Governo e sindicatos acordaram nova redução, para 300. O número de dirigentes com dispensa de serviço docente passou a ser proporcional ao de associados dos sindicatos, pelo que a Fenprof, com 132 elementos, é a estrutura com mais dispensados.
Quanto custam, a todos nós, as lutas sindicais por
interesses partidários da esquerda?
As
lutas sindicais serão na sua maioria uma luta pelas mordomias de alguns, contra
o interesse de outros e do todo?
Porque
razão os grupos de trabalhadores que mais poder sindical têm, são os que
possuem mais regalias e direitos?
Afinal
os sindicatos promovem a igualdade de direitos ou apenas lutam por aqueles que
lhes dão mais poder e dinheiro?
Por aqueles que mais possuem a capacidade
de abalar a estabilidade de um governo?
De ameaçar e chantagear um governo?
As lutas sindicais, são uma forma de usar determinados sectores da função pública, para pressionar governos, exigir mordomias insustentáveis, derrubar governos e conquistar poder e subsídios para os sindicatos, através de chantagens. E isso torna-se óbvio quando percebemos que as classes laborais, vitais para o bom funcionamento da comunidade, são as que fazem mais greves e conquistam mais regalias, não porque sejam merecidas, sustentáveis ou igualitárias, mas porque, pura e simplesmente, os governos têm que ceder mais rapidamente e facilmente a greves dos transportes ou da saúde porque são sectores com elevado peso numérico e cujas greves, custam muitos milhões aos cofres públicos e causam muitos transtornos aos cidadãos.
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