O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (International Consortium of Investigative Journalists, ICIJ) é uma organização, sem fins lucrativos, composta por uma rede de mais de 190 jornalistas que, em mais de 65 países, colaboram, entre si, em jornalismo de investigação.
Foram eles os responsáveis, no final de 2014, pela
denuncia do LUX LEAKS um
esquema montado entre o governo do Luxemburgo e 340 multinacionais que
representaram uma fuga ao fisco, de muitos milhares de milhões de euros, em
muitos países.
Denunciam agora, como o
Expresso informa , esquemas de crime e corrupção no mundo
inteiro.
"Milhões de documentos mostram como chefes de
Estado, criminosos e celebridades usam paraísos fiscais para esconder dinheiro
e património."
Uma fuga enorme de documentos (11,5 milhões de
ficheiros) expõe companhias offshore ligadas a doze, antigos e atuais, líderes
mundiais, e revela como pessoas próximas do presidente russo Vladimir Putin
desviaram dois mil milhões de dólares através de bancos e empresas fantasma.
O acervo mostra como uma indústria global de
sociedades de advogados, empresas fiduciárias e grandes bancos vendem o segredo
financeiro a políticos, burlões e traficantes de droga, bem como a
multimilionários, celebridades e estrelas do desporto.
Os ficheiros relevam a existência de empresas offshore
controladas pelos primeiros-ministros da Islândia e do Paquistão, o rei da
Arábia Saudita e os filhos do presidente do Azerbeijão.
Incluem também pelo menos 33 pessoas e empresas que
constam numa lista negra da administração norte-americana por se envolverem em
negócios com os patrões da droga mexicanos, organizações terroristas como o
Hezbollah ou países como a Coreia do Norte e o Irão.
Mencionam empresas offshore ligadas à família do
presidente da China, Xi Jinping, do presidente ucraniano Petro Poroshenko,
do pai do primeiro-ministro britânico David Cameron, do primeiro-ministro
Sigmundur David Gunnlaugsson e a a sua mulher, um homem, condenado por lavagem
de dinheiro, que afirma ter realizado uma campanha de fundos ilegal que juntou
50 mil dólares usados para pagar aos assaltantes de Watergate; 29
multimilionários da lista da “Forbes”, o actor Jackie Chan, o antigo
vice-presidente da FIFA Eugenio Figueredo, bem como Hugo e Mariano Jinkis, a
equipa pai-filho acusada de pagar subornos para ganhar os direitos de
transmissão de eventos futebolísticos na América Latina, o futebolista Lionel
Messi e muitos outros.
Os documentos também tornam claro que os grandes
bancos estão por detrás da criação de companhias fantasma difíceis de detetar
nas Ilhas Virgens britânicas, no Panamá e outros paraísos fiscais. Os ficheiros
listam mais de 15.600 empresas fictícias que os bancos criaram para clientes
que querem manter escondidas as suas finanças, incluindo algumas milhares de
companhias criadas pelos gigantes internacionais UBS e HSBC."
Denúncias como estas são vitais para que se ganhe
consciência de que é urgente exigir dos políticos mais transparência nos
negócios públicos, medidas anti fraude eficazes e o fim desta internacional
criminosa que arruína o mundo!
Apoiem o ICIJ e todos aqueles que denunciem estas
práticas!
Ou alguém ainda duvida que é preciso controlar a
ganância desmedida desta gente?
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