Portugal
tornou-se ontem o primeiro país a divulgar números e casos de morte logo que
são declarados
Ontem até às 21 horas morreram 194 pessoas em Portugal, a maioria de causa natural, como doença. À mesma hora, oito óbitos careciam de investigação para serem determinadas as causas, havia registo de três suicídios e uma vítima mortal de um acidente não especificado. Portugal tornou-se o primeiro país do mundo a divulgar em tempo real este tipo de informação. Para que serve isso? Francisco George, director-geral da Saúde, sublinha que se trata de aumentar a transparência dos dados de saúde. A expectativa da DGS é que seja possível maior planeamento e resposta mais atempada em situações ligadas a variações na mortalidade, com a epidemia de gripe e as vagas de frio ou calor, cujo impacto na população poderá ser sinalizado mais cedo.Os dados no site da DGS serão actualizados à medida que forem submetidos certificados de óbito, desde Janeiro preenchidos de forma electrónica em todo o país através do SICO –Sistema de Informação dos Certificados de Óbito. George nega que serem facultados números sobre suicídios, homicídios, acidentes de trânsito e trabalho possa gerar alarme, sublinhando que a informação é anónima e destinada sobretudo a profissionais, devendo ser lida tendo presentes as estatísticas nacionais. “Todos os anos temos mais de mil mortes por suicídio”, exemplifica, adiantando que os dados até à data – igualmente disponíveis na plataforma – indicam uma redução face a 2013.
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