- A ignorância e o servilismo dos comunistas/socialistas ao serviço dos interesses soviéticos.
- A ignorância e irresponsabilidade dos feitores do 25 de Abril.
Este artigo foi escrito por um angolano de nome Isomar Pedro Gomes.
Este artigo foi escrito por um angolano de nome Isomar Pedro Gomes.
Vejam a coragem dele,
por ter publicado isto em Angola.
DEUS É BRANCO?
por Isomar
Pedro Gomes – África
"Há
dias, a caminho do Hojy-yá-Henda, a bordo (como habitual) de um dos machimbombos
da TCUL Viana vila - Cuca, (privilegio este meio de transporte por ser o mais
barato e acessível aos pobres para rotas longas, mau grado a 'sardinhada e a
catingada'), um dos vários azulinhos que 'palmilham' as nossas estradas, os
nossos emblemáticos táxis colectivos, chamou a atenção do público, exibindo no
seu 'traseiro' o seguinte dístico; DEUS É BRANCO, MULATO É ANJO, PRETO
É DIABO.
Tal dístico, é obvio, levantou as mais diversas
celeumas entre os passageiros do machimbombo e creio entre todos os
'observadores' e transeuntes por onde o dito azulinho (mini mbombó) 'rasgava' o
seu 'popó-show'.
Raciocinei com os meus botões e os meus botões comigo,
as causas que levaram o proprietário do 'popó' ou do 'chauffeur de praça' a
mencionar e exibir tal 'desgraçado ou ditoso (?!)' rótulo. Na busca mental das
'causas', não pude deixar de comparar o modo de vida de hoje e o da
administração colonial, quando o País e a grossa maioria dos países do
continente Africano, era administrado por indivíduos maioritariamente de raça
branca, provenientes da Europa, "os tais colonos", poderia África ser
comparada a um paraíso? Há quem diga que sim, e eu não discordo dele!
"Colonialismo caiu na lama!" Lembram-se
deste célebre estribilho 1974-1977?
A JÓIA COLONIAL
Angola era mundialmente conhecida como a Jóia do
império Português e exibia majestosa, todos os pergaminhos de tal título, o
Quénia a par da África do Sul, a jóia Africana do império Britânico, Algéria a
jóia Africana do império Francês e o antigo Congo-Belga a jóia do mini-imperio
Belga.
Tais países Africanos - no contexto do outrora -
prosperavam a olhos vistos (a maioria deles encontravam-se ainda na idade da
pedra), as respectiva comunidades autóctones idem em aspas, os índices de
desenvolvimento humano dos autóctones inegavelmente estavam lenta e seguramente
subindo, as obras dos colonialistas ainda perduram pela África adentro.
Verdade seja dita, o esclavagismo e as guerras de
"kwata-kwata" fizeram irremediáveis estragos em África. Mas também
não é menos verdade, que a falta de unidade, ambição, irresponsável
individualismo e a sempre necessidade de estúpida e insanamente guerrearem,
fazerem verter sangue (entre nós Africanos), tornaram bem-vinda "la pax
romana" isto é promulgado a força do chicote e da bala, pelos Europeus.
As então gerações de jovens africanos instruídos
(pelas respectivas franjas ou instituições da administração colonial),
organizaram-se politicamente e fizeram soar a acusação de que os Europeus
estavam a sugar as riquezas do solo pátrio em benefício exclusivo das nações
colonizadoras, desconsiderando totalmente os interesses dos nativos e das
colónias, transformando os autóctones em miseráveis na sua própria terra; "eles
vieram com a Bíblia, nós tínhamos as terras, no fim eles ficaram com as terras
e nós com a Bíblia" disse Robert Mugabe, nacionalista e guia da
libertação do Zimbabwe.
Organizaram-se contra o invasor, protestos, revoltas,
guerras, chacinas, a história regista que o movimento e actuação dos 'mau-mau'
liderado pelo indomável Jomo Keniata, foi um dos mais cruéis de África e o que
chamou a atenção da comunidade internacional, para a necessidade da urgente
descolonização de África. Claro a violência gera violência, os resultados hoje
fazem parte da história.
A resposta colonial à violência nacionalista africana,
sempre foi comedida, por exemplo, se a força policial Portuguesa no 4 de
Fevereiro e posteriormente no 12 de Março de 1961, respondesse com o mesmo
demonismo com que o MPLA 'respondeu' ao chamado Fraccionismo do 27 de Maio
1977, muitos dos actuais dirigentes, não existiriam, e provavelmente não
haveria movimentos de libertação, durante muito tempo.
O ÊXODO
Passado cerca de meio século, que a maioria dos países
Africanos 'arrancaram' na ponta da espingarda a independência das potências
colonizadoras (seguindo a lição do camarada Mao Tsé-Tung), se fizermos o
balanço, quais foram os ganhos que os respectivos países e povos obtiveram,
poucos são os Países Africanos que diremos, saíram indiscutivelmente a ganhar.
"Quando é que a independência afinal vai
acabar?" -
Indagou desesperado/desapontado um septuagenário angolano nos idos anos 78-80,
fatigadérrimo da guerra estúpida, de tanta crueldade e injustiça praticada
pelos seus patrícios (do regime e da oposição), denominados de nacionalistas de
primeira água.
Poderia África ser hoje comparada ao Inferno ou ao
Purgatório?
Qualquer um deles serve, Paraíso; NUNCA. Pouquíssimos países Africanos
(menos do que os dedos de uma mão) podem aproximarem-se a tal eleição.
"HOJE até a Bíblia nos tiraram,
e as terras continuam a não pertencer ao povo" - sintetizou Morgan
Tchavingirai, descrevendo a desgraçada e extrema penúria do povo zimbabweano,
respondendo ao guia imortal ainda vivo, que diz ter ressuscitado mais vezes que
o próprio Jesus Cristo. Zimbabwe no período citado por Bob Mugabe, era o
celeiro de África, o povo era detentor de um dos mais elevados IDH do
continente.
Por exemplo em Angola, quando por vezes nas datas
históricas, oiço e vejo pela TV, indivíduos a mencionarem o que o 'colono nos
faziam', sinceramente não sei se, choro de raiva ou se me mato de 'risada',
"porque o colono fazia… blá-blá-blá" - dizem eles - hoje faz-se o pior. O colono, se fez, quase que o
desculpo, é ou foi colono, é branco não é meu irmão de raça, etc., agora quando o meu irmão Angolano,
preto como eu, (ex-companheiro
da miséria e das ruas da amargura) faz o que viva e denodadamente
repudiávamos do colono, esta ultima acção dói muitíssimo mais do que a acção
anterior, dilacera e mutila impiedosamente a alma.
Por isso, logo após as independências Africanas,
verificou-se o segundo êxodo - o primeiro foi dos brancos a abandonarem África
- milhões de Africanos, abandonaram com angústia na alma e os olhos arrebitados
de descrença a África, a maioria arriscando literalmente as suas vidas (o filme
continua até aos nossos dias), seguindo os outrora colonos, porque chegaram a
conclusão que afinal não é verdade o que apregoa o político Africano; "eles prometeram-nos o paraíso
e dão-nos o inferno a dobrar", disse um jovem africano em Lisboa nos anos 78-80 num
programa da RTP.
Há mais africanos hoje na Europa do que Europeus em
África, porquê?!
A JUSTIÇA EUROPEIA
Os Europeus, muitos deles depois de chacinados em África pelas
revoltas africanas, de regresso aos respectivos países embora destroçados de dor e
amargura, receberam de braços abertos muitos dos antigos carrascos,
dando-lhes um lar e emprego decente e uma vida digna, que jamais tiveram nos
países de origem; Paz e
sossego duradouro.
O contrário era possível? Se ainda hoje, 37 anos depois
do fim da colonização, os dirigentes Angolanos (por exemplo) ainda
se desculpam com a presença colonial Portuguesa em Angola, para justificar a
Pobreza e outros pesares que "estamos com ele" eles
não são, nunca serão culpados, mas o colono (37 anos depois), SIM, estou
seguro que, quando Angola festejar o 50º aniversário, os dirigentes Angolanos,
ainda estarão a rogar pragas ao colono Português.
HOJE ouvimos falar de relatos arrepiantes de
governação de 'preto-para-preto' em muitos países africanos; Incompetência
criminosa, bajulação estúpida como doutrina, ganância e egoísmo exacerbado
(primeiro eu - sempre), mentira como regra, assassinatos indiscriminados,
prisões em massa, inexistência de liberdade de expressão - a 'Bíblia' citado
pelo Morgan Tchavingirai - (inclusive, gritar; "estou com fome" é
crime passível de perder a vida.
Kamulingue e Kassule são a prova viva do facto, vida miserável, falta de empregos,
corrupção endémica, justiça injusta e totalmente parcial, cadeias
(horrorosamente infernais) a abarrotar de jovens provenientes das classes
desfavorecidas, hospitais que mais parecem hospícios, escolas que mais parecem
pocilgas etc. etc.
O paradoxo é, se HOJE em África, usufruímos de um
bocadinho de liberdade com sabor a vida, é precisamente graças aos Europeus,
isto é aos brancos, que desenvolveram uma nova ordem de conduta internacional e instituições
internacionais que vigiam sobre o globo incluindo, obviamente, África.
As sanções internacionais e outras medidas de
contenção paira sobre os dirigentes Africanos, e então, estes por sua vez,
fingem praticar a democracia, não porque eles gostam da democracia, porque
temem o "Deus branco e o seu braço punitivo". Porque se dependêssemos totalmente dos
governos de "preto-para-preto" seguramente, não seria possível viver,
na vasta maioria dos países Africanos.
O protótipo Africano da UE (União Europeia) a chamada
UA (União Africana) é uma mentira descabida, a UA é uma instituição falida,
decrépita, débil e 'estaladiça' (como a bolacha 'chinesa' de água e sal) que
ninguém leva a sério, uns poucos países africanos esforçam-se por dar
credibilidade a UA e ao continente, houve até quem propusesse a seguinte
designação DUA (DesUnião Africana), por exemplo quando teremos um Tribunal
Internacional Africano? Se os tribunais da maioria dos Países membros é do
"faz de conta", os Africanos instituíram também uma espécie risível
de Parlamento Africano, que acções pratica tal PA já desenvolveu em beneficio
dos Africanos?
A UA é um club de "compadres" velhacos
ditadores, egoístas que sonham com Paris, Londres, Estocolmo etc, ao mesmo tempo que transformam os
respectivos países em autênticos 'buracos negros'. As independências em África
foram 'feitas' para algumas centenas de indivíduos africanos, em detrimento de
centenas de milhões, cada vez mais miseráveis.
Nunca a Europa 'recebeu' tanta riqueza de África como
após a chamada "independência dos Países Africanos", os novos-ricos africanos,
apressam-se a 'esconderem' os produtos da sua criminosa delapidação na Europa
para o gáudio dos Europeus, contrariando aquilo que eles próprios evocaram e prescreveram na
convocação para a luta de libertação nacional.
"Eu ir a Portugal algum dia?.. NUNCA!.. Nem
morto!".- (1980 na idade de ouro do partido único) Disse, erguendo o punho
direito bem alto em sinal de sacro-juramento, em pleno comício em Benguela, um
dos então carismáticos dirigentes da "Revolução Angolana" que
prescindo de citar o nome, hoje ele próprio, não só é frequentador assíduo e
brioso de Portugal e "empresário português" como também é o orgulhoso
presidente de uma agremiação desportiva portuguesa em Angola.
Quase meio século depois, podemos dizer que o IDH dos
povos africanos subiu ou regrediu? Somos melhores tratados hoje pelos nossos
irmãos dirigentes? Os ideais que nortearam a luta de libertação colonial ainda
estão vivos e recomendam-se? Muitos dos nossos jovens usam orgulhosamente
tecnologia de ponta os ipod, 'aichatissa' e 'aipad' fazem a banga da juventude,
mas o meio que lhes rodeia é nauseabundo e desolador. O Stress agudo e o AVC matam
tanto quanto a malária.
FILANTROPOS DA HUMANIDADE
A mais recente iniciativa de alguns dos milionários do
planeta, comoveu muita gente. Há algum Africano entre os homens que
protagonizaram tal feliz iniciativa? Todos eles (os citados filantropos) são
homens que dedicaram a maior parte da sua vida na produção de riqueza, não o
'tiraram' de algum saco azul, nem tão pouco delapidaram o erário público
nacional, mas, sentiram-se na necessidade de "repartir com o
necessitado" de todo o mundo.
Ontem, os milionários Africanos orgulhavam-se de
'aparecerem' na revista forbes e congéneres, hoje face a iniciativa acima
mencionada, publicam como que envergonhados; "não somos milionários"
chegam ao ponto alguns de dizerem que o que têm é produto do salário.
ÁFRICA DO SUL
Fiquei arrepiado com as imagens da actuação da polícia
Sul-Africana em Dobsonville (será esta a cidade?!) que vitimou o jovem
moçambicano Mido Macia (MM), na flor da sua juventude (27 anos). Imagens
próprias de uma 'cena' do Faroeste no século XIX ou da era do Drácula no país
da Draculândia.
Quando vivi na África do Sul, tinha um medo atroz e
justificado da polícia Sul-africana, principalmente dos pretos. A maioria do
polícia Sul-africano preto chega a ser muito mais impiedoso e selvático que o
mais impiedoso policia Sul-Africano branco. O polícia preto (na sua maioria) é
absolutamente xenófobo, perverso, contra a lei, corrupto e desalmado.
O policia branco, estou certo não faria tal coisa, e
muito menos os tais policiais pretos fariam isso se MM fosse branco.
A xenofobia na África do Sul, é extremamente
incentivada e alimentada pela polícia Sul-africana e é planificada nas
esquadras de polícia, um dia hei-de descrever as minhas experiências com a
corporação policial daquele País, que apesar dos pesares amo muito
sinceramente.
Fizeram certamente Nelson Mandela, banhar-se em
lágrimas. O único Preto que chegou aos patamares dos 'deuses'.
AFINAL QUEM CAIU NA LAMA?
Há em algum país da Europa, a amálgama descriminada e
promiscua, esgoto a céu aberto, suja e podre de 'bairros' que vimos e vemos
principalmente nas periferias das capitais Africanas (quase todas elas)
principalmente dos chamados; País Especial.
Os dirigentes Africanos, nem conseguem combater
eficazmente o mosquito, causa do paludismo e malária que dizima há meio século,
diariamente milhares de almas (principalmente crianças) pelo continente
adentro, as doenças diarreicas (produto da falta de sanidade básica) faz de
igual modo uma 'ceifa' aterradora. Doenças que o colono quase já tinha
debelado, como a mosca do sono, ameaçam 'engolir' povos
inteiros.
Tudo isso acontece perante a pecaminosa
insensibilidade de um grupinho de "iluminados africanos"
(abençoados pelas igrejas), que preferem comprar castelos de milhões de Euros
na Europa e em orgias depravadas (preferem dar de comer os cães), do que ajudar
os seus irmãos, que não lhes pede mais do que apenas: BOA GOVERNAÇÃO. Gerirem o
erário público para o bem de TODOS e da nação.
E há quem tem ainda o desplante de vir a público
protagonizar uma perversa peça teatral, choramingando; "O colono
blá-blá-blá"…
Quanto ao anjo, prefiro não comentar. Deus é Branco?
Até posso aceitar, porém de uma coisa estou certo, preto, é que não é de
certeza ABSOLUTA!"
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