·
Esta região vitivinícola ocupa a
parte noroeste do território nacional e fica, na quase totalidade, entre-os-rios
Minho e Douro. Apresenta uma paisagem e clima muito peculiares: zona de colinas
e vales, com solos maioritariamente de origem granítica, tem verões frescos e Invernos
amenos. A humidade é elevada, resultado de uma precipitação significativa que
se verifica uma boa parte do ano, bem como dos ventos que sopram do mar.
·
As vinhas, que se caracterizam pela
sua grande expansão vegetativa, com diferentes tipos de condução, ocupam uma
área de 21 mil hectares e correspondem a 15% da área vitícola nacional.
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As referências mais antigas à
produção de vinhos nesta região remontam já à época romana. Zona densamente
povoada, onde os produtores são em grande número e a maioria das produções
muito pequenas, a cultura da vinha assume aqui contornos únicos.
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Um dos traços mais característicos da
paisagem, são as ramadas sobre os caminhos e as videiras entrelaçadas nas
árvores que ladeiam os campos. Mas estas formas de condução das videiras têm
vindo a ser substituídas por outras, mais modernas, que facilitam o trabalho e
ajudam a melhorar a qualidade dos vinhos. Questões de ordem cultural,
microclimas, tipos de vinho, encepamentos e modos de condução das vinhas
levaram à divisão da Região Demarcada dos Vinhos Verdes (DOC) em nove
sub-regiões: "Amarante", "Ave", "Baião", "Basto",
"Cávado", "Lima", "Monção e Melgaço",
"Paiva" e "Sousa".
Conheça esta região vitivinícola e
características das suas vinhas.
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É na Beira Litoral, entre Águeda e
Coimbra, que se situa a região da Bairrada. Região de terras planas e férteis,
e de clima suave influenciado pela proximidade do oceano Atlântico, a Bairrada estende-se
desde as serras do Caramulo e do Buçaco até às areias e dunas do litoral. Por
ser uma zona muito próxima do mar, o seu clima é tipicamente atlântico, com
invernos amenos e chuvosos e verões suavizados pelos efeitos dos ventos
atlânticos. Regista-se nesta região, uma grande amplitude térmica (diferença de
temperatura entre o dia e a noite) na época do amadurecimento das uvas,
chegando a diferença a atingir 20º C. Este fenómeno é responsável por manter a
acidez das frutas, dando grande frescor aos vinhos que delas resultam.
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Os seus solos variam entre solos
argilosos, calcários e arenosos. As vinhas destinadas à produção de produtos
com a denominação "Bairrada" devem estar instaladas em solos
"calcários pardos ou vermelhos", em "solos litólicos húmicos ou
não húmicos", ou em podzóis de materiais arenáceos pouco
consolidados", de acordo com o regulamento para a DOC Bairrada.
·
De grandes e remotas tradições na
cultura da vinha, a Bairrada é terra de muitos e bons vinhos, feitos com castas
de alta qualidade, como são os casos da Baga, nos vinhos tintos, e da Bical,
nos brancos.
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A produção de vinho na região é
sustentada por cooperativas, pequenas e médias empresas e pequenos produtores.
Os pequenos produtores comercializam os chamados “vinhos de quinta” que se
tornaram muito importantes na região nos últimos anos.
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A casta Baga é a variedade tinta
dominante na região e normalmente é plantada em solos argilosos. Os vinhos
feitos a partir da casta Baga são carregados de cor e ricos em ácidos, contudo
são bem equilibrados e têm elevada longevidade. Recentemente, foi permitido na
região DOC da Bairrada plantar castas internacionais, como a CabernetSauvignon,
Syrah, Merlot e Pinot Noir que partilham os terrenos com outras castas
nacionais como a Touriga Nacional ou a Tinta Roriz.
Conheça esta região vitivinícola e as características das
suas vinhas.
De
relevo pouco acentuado, é uma das zonas do país onde existe mais vinha e se
produz mais vinho.
O clima é temperado, sem grandes variações de temperatura e chuvas não muito abundantes. A sul aparecem alguns estratos de granito e basalto, mas em geral os solos são argilo-calcáricos e argilo-arenosos.
O clima é temperado, sem grandes variações de temperatura e chuvas não muito abundantes. A sul aparecem alguns estratos de granito e basalto, mas em geral os solos são argilo-calcáricos e argilo-arenosos.
Possui
um grande número de regiões demarcadas, algumas das quais estão entre as mais
antigas de Portugal. Assim sendo, a região de Lisboa contempla 9 denominações
de origem: Alenquer, Arruda, Bucelas, Carcavelos, Colares, Encostas d’Aire,
Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras e ainda a indicação geográfica homónima
("Vinho Regional Lisboa").
Na
zona Sul da região encontram-se as zonas vitícolas de três Denominações de
Origem (DOC) conhecidas pela sua tradição e prestígio: Bucelas, Carcavelos e
Colares.
Na
parte central da região, encontramos as mais vastas manchas de vinha desta
região, instaladas nas encostas suaves das colinas, onde foram reconhecidas
pelas suas características de elevada qualidade as Denominações de Origem (DOC)
"Alenquer", "Arruda", "Torres Vedras" e
"Óbidos".
Junto
ao mar é de referir uma zona produtora de vinhos particularmente vocacionados
para a produção de aguardentes de qualidade e que mereceram o reconhecimento da
Denominação de Origem "Lourinhã".
Na
zona mais a Norte, distingue-se uma vasta região de vinha que se estende desde
as encostas das serras dos Candeeiros e de Aires até ao mar. Ali, produzem-se
os vinhos com direito à Denominação de Origem (DOC) "Encostas d'Aire"
as sub-regiões desta DO, "Alcobaça" e "Ourém".
Conheça esta região vitivinícola e as características
das suas vinhas.
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No extremo Nordeste de Portugal, a
norte da região do Douro, existe a região vitivinícola de Trás-os-Montes.
·
Fica a este do Minho e prolonga-se
até ao território espanhol, terminando numa das margens do Douro. O nome
Trás-os-Montes refere-se precisamente à sua localização: para lá das serras do
Marão e Alvão, a norte do rio Douro.
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É uma zona montanhosa e de solos
essencialmente graníticos, mas com alguma presença de xisto. Caracteriza-se por
grandes diversidades no clima e no relevo, em função dos microclimas em que têm
origem (altitude, exposição solar, pluviosidade, temperatura, etc.), que se
traduz em vinhos muito diferenciados.
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As diferenças são tão acentuadas que
é possível fazer uma distinção entre a Terra Fria e a Terra Quente, e também
uma zona de planalto.
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Sabe-se que na altura da ocupação
romana já se produzia vinho na região, que veio a tornar-se conhecido e apreciado
pelas suas qualidades.
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Hoje, é nela que se obtém a
matéria-prima para fazer o vinho regional Trás-os-Montes, com as sub-regiões
Chaves, Valpaços e Planalto Mirandês.
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Sempre que se fala na região do
Douro, há um vinho do qual nos lembramos imediatamente, o vinho do Porto.
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Durante séculos, a região do Douro
foi produtora apenas do célebre "Vinho do Porto" sendo o vinho de
mesa considerado como um produto de menor qualidade e sem interesse para a
economia da região.
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Além do vinho do Porto, esta região é
cada vez mais reconhecida pelos excelentes vinhos tintos e brancos que produz.
·
Geograficamente, a região do Douro
está situado no nordeste de Portugal, rodeada pelas serras do Morão e
Montemuro, As bacias hidrográficas dos rios Douro e os seus afluentes, como por
exemplo o Tua e o Corgo, é onde se encontra a maior parte das vinhas plantadas.
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As vinhas dispõem-se do cimo das
vales profundos até à margem do rio e criam uma paisagem magnifica reconhecida
pela UNESCO como Património da Humanidade, desde 2001. De salientar também o
facto de ter sido a primeira região demarcada e regulamentada do mundo, aquando
da criação pelo Marquês de Pombal, em 1756.
·
Dos vinhos aqui produzidos apenas 50%
é destinada à produção de "Vinho do Porto", enquanto que o restante
volume é destinado à produção de vinhos de grande qualidade que utilizam a
denominação de origem controlada (DOC) "Douro". Merece também
destaque o Vinho Regional Durience cuja região de produção é coincidente com a
região Demarcada do Douro.
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Os solos durienses são essencialmente
compostos por xisto embora, em algumas zonas, existam solos graníticos. Estes
solos são particularmente difíceis de trabalhar e no Douro a dificuldade é
agravada pela forte inclinação do terreno. Por outro lado, estes solos são benéficos
para a longevidade das vinhas e permitem mostos mais concentrados de açúcar e
cor.
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A vinha tradicionalmente plantada de
três formas distintas: terraços ou socalcos e , mais recentemente, graças às
novas tecnologias, apareceu o chamado plantio ao alto, que facilita todo o
trabalho de produção, mas vem alterar profundamente a paisagem característica
do "Douro".
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Na região do Douro, existem três
sub-regiões, o Baixo-Corgo, o Cima-Corgo e o Douro Superior. Em cada sub-região
há ligeiras alterações climáticas, devido à altitude e à exposição solar nos
vales profundos. De um modo geral, o clima é bastante seco e os conjuntos
montanhosos oferecem às vinhas protecção contra os ventos. No Baixo-Corgo o ar
é mais húmido e fresco, pois recebe ainda alguma influência atlântica. Além
disso, a pluviosidade é mais elevada, ajudando a fertilizar os solos e a
aumentar a produção. No Cima Corgo, o clima é mediterrâneo e no Douro Superior
chega mesmo a ser desértico (as temperaturas chegam aos 50ºC no verão).
Conheça esta região vitivinícola e as características
das suas vinhas.
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A zona do Dão situa-se na região da
Beira Alta, no centro Norte de Portugal, e está inserida na recente criada
Indicação Geográfica Terras do Dão, que engloba 2 Denominações de Origem: a DOC
Dão e DOC Lafões.
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No Dão as condições geográficas são
excelentes para produção de vinhos, pois o acidentado do terreno, circundado
por um conjunto de grandes serras que o protegem das influências exteriores (a
poente encontra-se a serra do Caramulo, a sul a do Buçaco, a norte a serra da
Nave e leste a imponente Estrela), constituem uma importante barreira às massas
húmidas do litoral e aos agrestes ventos continentais.
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A região é montanhosa, contudo a
altitude na zona sul é menos elevada. Os 20 mil hectares de vinhas situam-se
maioritariamente entre os 400 e 700 metros de altitude e desenvolvem-se em
solos xistosos (na zona sul da região) ou graníticos de pouca profundidade. O
clima no Dão tem a influência continental; os invernos são frios e chuvosos
enquanto os verões são quentes e secos.
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As lagaretas, escavadas na dura rocha
granítica, e alguns vestígios da presença romana, testemunham a tradição
milenar da produção de vinho na região. A forte implantação de ordens
religiosas permite atribuir aos monges agricultores da idade média a origem do
saber popular do cultivo da vinha e fabrico do vinho.
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As vinhas estão instaladas em
terrenos de baixa fertilidade, predominantemente graníticos com diversos
afloramentos xistosos que surgem a sul e a poente da Região. Ainda que se
encontre implantada em altitudes que rodam os 800 metros, é entre os 400 - 500
que vegeta em maior quantidade.
·
A área geográfica correspondente à
Denominação de Origem Controlada possui as seguintes sub-regiões: Besteiros,
Silgueiros , Castendo , Terras de Senhorim, Terras de Azurara , Alva e Serra da
Estrela.
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A nova região designada por Terras da
Beira ocupa a parte interior do centro de Portugal e apresenta a mesma dimensão
geológica e grande similitude de castas, se compararmos com as Terras do Dão.
Nesta região de boa fruta de árvore, entrecortada por outros vales acentuados
como o Côa, a Norte, ou o Zêzere, a Sul, produzem-se vinhos de grande
concentração, certificados como IG Terras da Beira ou como DOC Beira Interior,
numa das suas 3 sub-regiões: Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira.
Conheça esta região vitivinícola e as características
das suas vinhas.
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Situado no centro de Portugal, o
Ribatejo, com uma vasta superfície agrícola utilizada, de 258.000 hectares,
cerca de 7% da nacional e com uma área florestal de 160.000 hectares, perto de
17% da nacional, possui inegáveis condições naturais para o desenvolvimento das
actividades agrícolas, florestais e pecuárias.
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A presença da arte vitícola no
Ribatejo não é recente: já D.Afonso Henriques se referia aos vinhos da região,
no foral de Santarém e Gil Vicente citou-os num dos seus autos.
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Encontramos na Região três zonas
distintas de produção, conhecidas como o “ campo”, o “ bairro” e a “charneca”.
·
O “campo”, com as suas extensas
planícies, adjacente ao Rio Tejo, conhecido também como a Lezíria do Tejo,
sujeita a inundações periódicas, que causam alguns transtornos, são também
responsáveis pelos elevados índices de fertilidade que aqueles solos de aluvião
possuem. É, por excelência, a zona dos vinhos brancos, onde a casta Fernão Pires
é rainha.
·
O bairro”, situado entre o Vale do
Tejo e os contrafortes dos maciços de Porto de Mós, Candeeiros e Montejunto,
com solos argilo-calcários, de relevo um pouco mais acidentado, é a zona ideal
para as castas tintas, nomeadamente a Castelão e Trincadeira.
·
A “charneca”, localizada a sul do
“campo”, na margem esquerda do Rio Tejo, com solos arenosos e medianamente
férteis, se por um lado apresenta rendimentos abaixo da média da Região, por
outro, induz a um afinamento, quer de vinhos brancos, quer de vinhos tintos. Os
vinhos e os produtos vínicos com a Denominação de Origem " Do Tejo",
podem ser originários das 6 Sub-Regiões: Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche,
Santarém e Tomar.
·
O vinho com a Indicação Geográfica
"Vinho Regional Tejo" pode ser originário de um qualquer local dentro
da Região Ribatejana e de um conjunto alargado de castas, representando neste
momento cerca de 4/5 do volume total de vinhos certificados e engarrafados.
Conheça esta região vitivinícola e as características
das suas vinhas.
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A região de Setúbal é especialmente
famosa pelo seu moscatel, mas isso não significa que haja ausência de tradição
na produção de outros vinhos.
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Diz-se que os gregos e fenícios
trouxeram várias castas para a região e que os romanos desenvolveram a
actividade. Ficção ou realidade, sabe-se que já no reinado de D.Afonso
Henriques a cultura do vinho e o fabrico de vinho faziam parte das principais
ocupações dos camponeses na zona.
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Muito influenciada pela proximidade
do Oceano Atlântico, a região apresenta duas zonas distintas: uma com altitudes
compreendidas entre os 100 e 500 metros (serras da Arrábida, Rasca, São Luís e
São Francisco); e outra de planície.
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Na área situada junto à serra da
Arrábida predominam solos argilo-calcários e um clima ameno. Aqui surgiu a
denominação de origem Arrábida (agora integrada no novo V.Q.P.R.D. Palmela) e
parte da D.O.C. Setúbal. É uma zona mais vocacionada para os vinhos generosos
de maior qualidade, os "Setúbal" com indicação de idade ou de
colheita, para os brancos de castas típicas de zonas mais frias, e para tintos
de castas menos adaptadas aos terrenos arenosos e aos climas muito quentes.
·
Na planície, os solos são sobretudo
arenosos e representam mais de 80% da área total da península, com amplitudes
térmicas bastante maiores que na zona junto à serra. É nesta zona onde a vinha
mais se tem expandido e onde encontramos as melhores condições para a produção
de vinhos tintos mais encorpados. Aqui a casta Castelão (Periquita) encontra o
seu local de eleição.
·
O clima é mediterrânico, com verões
quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. Na zona plana, as temperaturas
médias anuais são mais elevadas e chove menos. Estes contrastes ajudam a
explicar a versatilidade dos vinhos aqui produzidos.
·
Esta região possui duas denominações
de origem DOC Setúbal e DOC Palmela.
·
A denominação de origem Setúbal, é aplicável
exclusivamente, para vinhos generosos, brancos (à base da casta Moscatel de
Setúbal) ou tintos (à base da casta Moscatel Roxo).
·
A denominação de origem Palmela
certifica vinhos: brancos, rosados e tintos, frisantes, espumantes e licorosos
(de uvas tintas).
·
O Vinho com Indicação Geográfica (IG)
"Península de Setúbal" produz-se em todo o distrito de Setúbal.
Conheça esta região vitivinícola e as características
das suas vinhas.
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Ao longo dos séculos, as planícies
alentejanas conheceram diversos ocupantes, originários das mais variadas
culturas. Alguns foram deixando os seus testemunhos, entre os quais a vinha e o
vinho. Por isso, não é de admirar que a actividade esteja fortemente enraizada
nas tradições do povo alentejano, e que muitos dos vinhos produzidos na região
façam parte da lista dos mais consumidos em todo o país.
·
No Alentejo, os acidentes de relevo
são quase inexistentes, exceptuando algumas elevações não muito acentuadas,
como a serra de São Mamede, em Portalegre, o que condiciona o clima. Neste
aspecto, a região tem tudo para produzir óptimo vinho: nos meses que antecedem
a vindima, a chuva escasseia e o sol é abundante, o que favorece uma adequada
maturação das uvas. Os solos, apesar da sua diversidade, também se prestam, em
geral, ao cultivo da vinha.
·
O vasto e diferenciado território do
Alentejo encontra-se dividido administrativamente em três distritos,
Portalegre, Évora e Beja que, juntos, perfazem as fronteiras naturais do Vinho
Regional Alentejano. As oito sub-regiões da área geográfica de produção do DOC
Alentejo são: Borba, Évora, Granja-Amareleja, Moura, Portalegre, Redondo,
Reguengos, Vidigueira.
Conheça esta região vitivinícola
e as características das suas vinhas.
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Trata-se de uma região muito
procurada pelas suas qualidades turísticas, mas são poucos os que conhecem os
vinhos que produz.
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A localização a sul, e a barreira
montanhosa que a protege contra os ventos frios do Norte garantem-lhe um clima
quente, seco, e com pouco vento, tipicamente mediterrânico. Assim, não é de
estranhar que os vinhos aí produzidos tenham uma graduação alcoólica elevada.
·
Os solos têm uma constituição
diversificada, mas as vinhas estão sobretudo instaladas em terrenos
areno-argilosos e xistosos.
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Na época dos Descobrimentos, a
produção de vinho terá sido importante, abastecendo as caravelas que saíam de
Sagres e de Lagos. Pelo facto de as vinhas estarem plantadas em solos arenosos perto
do mar, o Algarve foi, no final do século XIX, uma das poucas regiões do país,
e da Europa, que resistiram ao extermínio provocado pela filoxera.
Infelizmente, o desenvolvimento turístico descontrolado das últimas décadas do
século XX, quase ia tendo sucesso naquilo em que a praga falhou.
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A região do Algarve é constituída por
quatro Denominações de Origem (DOC): "Lagos", "Lagoa",
"Portimão" e "Tavira". Contudo, a maior parte do vinho
produzido insere-se na designação “vinho regional do Algarve”.
Conheça esta região vitivinícola
e as características das suas vinhas.
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AÇORES
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O arquipélago dos Açores define-se
pelos seus solos, de origem vulcânica, pouco espessos e relativamente recentes.
O clima é temperado e caracteriza-se por variações de temperatura pouco
significativas e chuvas abundantes, que se distribuem regularmente ao longo do
ano. Apenas em três das nove ilhas, Terceira Pico e Graciosa, existem zonas
demarcadas para vinhos brancos.
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O ”Pico" é um vinho licoroso
branco, produzido na Ilha com o mesmo nome a partir de uvas cultivadas em
terrenos pedregosos; a área de vinha é muito reduzida e as parcelas são
cercadas de pedra solta a que dão o nome de "currais", cuja
finalidade é de proteger as plantas da acção dos ventos
salgados, vindos do mar.
Na Ilha Graciosa produz-se o IPR "Graciosa", vinho branco resultante de videiras também cultivadas em "currais". O prestigiado vinho licoroso branco "Biscoitos" é produzido na Ilha Terceira. A vinha é implantada em quadrículas (curraletas), separadas entre si por muros constituídos por pedras soltas (travessas) que a protegem dos ventos. Assim sendo, as Denominações de Origem dos Açores são três: Graciosa, Biscoitos e Pico. Porém, desde 2004, também passou a ser possível a comercialização de vinhos com a denominação Vinho Regional Açores, cuja área geográfica de produção abrange todas as ilhas. O vinho produzido nos Açores tornou-se famoso e foi largamente exportado, particularmente o produzido na Ilha do Pico, para todo o Norte da Europa e até para a Rússia. Depois da revolução bolchevique, em 1917, foram encontradas garrafas de Vinho Verdelho do Pico armazenadas nas caves dos antigos czares da Rússia. O generoso da ilha do Pico, é considerado o melhor vinho produzido na região.
Na Ilha Graciosa produz-se o IPR "Graciosa", vinho branco resultante de videiras também cultivadas em "currais". O prestigiado vinho licoroso branco "Biscoitos" é produzido na Ilha Terceira. A vinha é implantada em quadrículas (curraletas), separadas entre si por muros constituídos por pedras soltas (travessas) que a protegem dos ventos. Assim sendo, as Denominações de Origem dos Açores são três: Graciosa, Biscoitos e Pico. Porém, desde 2004, também passou a ser possível a comercialização de vinhos com a denominação Vinho Regional Açores, cuja área geográfica de produção abrange todas as ilhas. O vinho produzido nos Açores tornou-se famoso e foi largamente exportado, particularmente o produzido na Ilha do Pico, para todo o Norte da Europa e até para a Rússia. Depois da revolução bolchevique, em 1917, foram encontradas garrafas de Vinho Verdelho do Pico armazenadas nas caves dos antigos czares da Rússia. O generoso da ilha do Pico, é considerado o melhor vinho produzido na região.
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MADEIRA
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A Ilha Madeira foi descoberta por
navegadores Portugueses em 1418 e cedo despertou o interesse do Infante D.
Henrique que a considerou privilegiada para o plantio da vinha e da cana do
açúcar. As condições particulares do solo de origem vulcânica, na sua maioria
basálticos, e a proximidade ao mar, associadas às condições climatéricas, em
que os verões são quentes e húmidos e os invernos amenos, conferem ao vinho
características únicas e singulares. Os terrenos agrícolas caracterizam-se por
declives muito acentuados que, regra geral, se encontram sob a forma de
socalcos, designados por poios. A vinha está geralmente disposta em latadas ou
ramadas, semelhante ao que encontramos no Minho. A notoriedade mundial desta
ilha deve-se, também, ao prestígio e fama conseguidos pelo magnífico vinho, que
tem o seu nome.
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada "Madeira" é coincidente com a área da Região Autónoma da Madeira apropriada à cultura da vinha e abrange as ilhas da Madeira e do Porto Santo.
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada "Madeira" é coincidente com a área da Região Autónoma da Madeira apropriada à cultura da vinha e abrange as ilhas da Madeira e do Porto Santo.
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