Eurodeputada do PS teria “respeitosa compreensão” se o ministro se demitisse.
O caso das acções do BPN que o ministro nos Negócios
Estrangeiros, Rui Machete, deteve e que motivou declarações contraditórias no
Parlamento levou nesta segunda-feira a eurodeputada socialista Ana Gomes a
evocar duas santas: a de Fátima e a das Necessidades.
Num post publicado no blogue Causa Nossa, intitulado Ai valha-nos Nossa Senhora das
Necessidades! (uma
referência ao Palácio das Necessidades, onde está sedeado o MNE), a
eurodeputada do PS começa por afirmar: “Não vem, nesta ocasião, ao caso o juízo
que me merece a interacção emoliente das vertentes política, profissional e de
negócios do percurso público do Dr. Rui Machete: é a vida!”
Ana Gomes acrescenta que “face, todavia, ao que vimos
iniludivelmente sabendo da sua pitoresca relação com a SLN — daquela que
oportunamente não se recorO caso das acções do BPN que o ministro nos Negócios
Estrangeiros, Rui Machete, deteve e que motivou declarações contraditórias no
Parlamento levou nesta segunda-feira a eurodeputada socialista Ana Gomes a
evocar duas santas: a de Fátima e a das Necessidades.
Num post publicado no blogue Causa Nossa, intitulado Ai valha-nos Nossa Senhora das
Necessidades! (uma
referência ao Palácio das Necessidades, onde está sedeado o MNE), a
eurodeputada do PS começa por afirmar: “Não vem, nesta ocasião, ao caso o juízo
que me merece a interacção emoliente das vertentes política, profissional e de
negócios do percurso público do Dr. Rui Machete: é a vida!”
Ana Gomes acrescenta que “face, todavia, ao que vimos
iniludivelmente sabendo da sua pitoresca relação com a SLN — daquela que
oportunamente não se recordou, como devia, e da de que agora se recorda como
mero lapso factual — apetece-me evocar a conclusão de um célebre despacho de um
grande Senhor da diplomacia portuguesa, o Ministro Vasco Futscher Pereira:
"Ai, valha-me Nossa Senhora de Fátima!".
A
eurodeputada diz ainda que, embora afastada das funções diplomáticas, se
coibiu, “ao longo de quase três décadas” que exerceu, “em razão delas, de
exigir a demissão do ministro.” “Mas não quero esconder a minha respeitosa compreensão,
acaso ele tomasse a lúcida iniciativa de a solicitar”, termina.
O ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu no sábado que
cometeu uma “incorrecção factual” ao escrever, numa carta em
2008, nunca ter tido acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), mas disse não
haver qualquer intenção de o ocultar.
Rui Machete lembrou, num comunicado enviado à agência
Lusa, que já esclareceu “publicamente as circunstâncias, os valores e as datas”
em que comprou e vendeu as acções que tinha na SLN, frisando que não teve
“qualquer interesse ou intenção em ocultar” este facto.
Esta declaração surgiu depois de o Bloco de Esquerda
ter pedido a demissão de Rui Machete por este ter alegadamente
mentido ao Parlamento em 2008, numa resposta escrita à comissão de inquérito ao
caso BPN.dou, como devia, e da de que agora se recorda como
mero lapso factual — apetece-me evocar a conclusão de um célebre despacho de um
grande Senhor da diplomacia portuguesa, o Ministro Vasco Futscher Pereira:
"Ai, valha-me Nossa Senhora de Fátima!".
A
eurodeputada diz ainda que, embora afastada das funções diplomáticas, se
coibiu, “ao longo de quase três décadas” que exerceu, “em razão delas, de
exigir a demissão do ministro.” “Mas não quero esconder a minha respeitosa compreensão,
acaso ele tomasse a lúcida iniciativa de a solicitar”, termina.
O ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu no sábado que
cometeu uma “incorrecção factual” ao escrever, numa carta em
2008, nunca ter tido acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), mas disse não
haver qualquer intenção de o ocultar.
Rui Machete lembrou, num comunicado enviado à agência
Lusa, que já esclareceu “publicamente as circunstâncias, os valores e as datas”
em que comprou e vendeu as acções que tinha na SLN, frisando que não teve
“qualquer interesse ou intenção em ocultar” este facto.
Esta declaração surgiu depois de o Bloco de Esquerda
ter pedido a demissão de Rui Machete por este ter alegadamente
mentido ao Parlamento em 2008, numa resposta escrita à comissão de inquérito ao
caso BPN.
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