O momento em que a
Miss Swaps tropeçou nos swaps está registado no CC.
Desde aí, a Miss Swaps esteve em fuga, tendo-se agora
estatelado ao comprido. O Público fez uma
síntese das polémicas,
omissões e acusações.
A última finta à verdade ocorreu quando a Miss Swaps afirmou,
na comissão parlamentar de inquérito, que não tocou em swaps enquanto
passeou pelo Instituto de Gestão do Crédito Público. Soube-se, entretanto, que
é mentira o que disse. Há documentos a comprovar a sua intervenção no processo
de aprovação de um contrato de swap na Estradas de Portugal
(e, ao que afirma o jornal i,
também na CP). A Direcção-Geral
do Tesouro, numa auditoria determinada pela própria Miss Swaps,
confirma-o: a Estradas de Portugal “comunicou as condições da operação
contratada, previamente à sua concretização (…), tendo a mesma sido autorizada
conforme parecer favorável do IGCP [isto é, da Miss Swaps]”. Pode-se ver a
documentação aqui.
A Miss Swaps ainda procurou encontrar uma saída de
emergência: admitiu que interveio na apreciação do financiamento, mas nega ter
dado parecer sobre o swap. Se algum jornalista que se preze não a
questionar antes, a Miss Swaps terá de explicar, quando voltar à comissão
parlamentar de inquérito, o que é um parecer positivo sobre um financiamento
que inclui umswap — que é o que determina o juro a pagar, bem como
o risco associado à operação — sem se pronunciar nem avaliar esse mesmo swap.
Afinal, a Miss Swaps deu parecer positivo exactamente a quê?
É como se o caro leitor fosse a um banco e o gestor de conta
o informasse de que estava concedido o empréstimo que havia pedido, mas que não
poderia indicar as condições a que estaria sujeito. É isto crível?
Falta agora saber se o Presidente da República continua a
aceitar “a garantia
absoluta [de] que sobre a Dr.ª Maria Luís Albuquerque não pesa qualquer coisa
menos correcta.”
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