Dar colo aos amigos
Retirado daqui
Quando
é violado o segredo de justiça que envolva pessoas que não lhe são
próximas, Paula Teixeira da Cruz improvisa, esteja onde estiver, uma
conferência de imprensa para lançar pérolas como esta: “acabou a impunidade em Portugal”.
Tudo
muda quando as violações do segredo de justiça atingem alguém próximo
de Paula Teixeira da Cruz. Aconteceu isso quando Passos Coelho foi
apanhado numa escuta a alegadamente fofocar com um banqueiro acerca das
privatizações em curso. Logo, Teixeira da Cruz surgiu nas televisões a
ameaçar “revisitar (sic) o segredo de justiça” e a exigir a instauração de um inquérito.
O mesmo se passou com Medina Carreira, de quem Teixeira da Cruz é “amiga pessoal”.
Vendo o bom nome do amigo estilhaçado na praça pública, uma compungida
ministra surge do nada para avisar que “toda esta matéria de comunicação
entre justiça e comunicação social” merece “uma reflexão profunda”.
É um comportamento como o de Paula Teixeira da Cruz que se espera de uma ministra da Justiça?
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