Jornal de Negocios, 16 de Abril, 2012
Manuel Vicente e os generais Hélder Dias Vieira (Kopelipa) confirmaram ser accionistas da Nazaki Oil and Gas, uma empresa parceira da norte-americana Cobalt International, que por sua vez explora três blocos petrolíferos em conjunto com a Sonangol. Manuel Vicente, actual ministro da Coordenação Económica de Angola, era até há dois meses presidente da petrolífera angolana. Já o general Kopelipa é ministro de Estado e chefe da Casa Militar do presidente da República, José Eduardo dos Santos. A Cobalt, por sua vez, tem o Goldman Sachs entre os seus accionistas.
Económico, 16 de Abril, 2012
Participações “opacas” de três altos dirigentes angolanos, incluindo Manuel Vicente, em parceira da Cobalt estão na base da investigação. Manuel Vicente, actual ministro da Economia de Angola e ex-presidente da Sonangol (petrolífera angolana), o general Manuel Hélder Viera Dias Júnior, conhecido como Kopelipa, actual ministro de Estado e chefe da Casa Militar do presidente da República, e o general Leopoldino do Nascimento, ex-chefe das comunicações de José Eduardo dos Santos, mantiveram participações “opcas” na Nazaki Oil and Gas, companhia parceira da norte-americana Cobalt International, que tem na Goldman Sachs o seu maior accionista e explora três blocos petrolíferos em conjunto com a Sonangol.
Veja aqui a queixa apresentada por Rafael Marques de Morais junto da Procuradoria Geral de Angola em Janeiro de 2012 sobre o caso de corrupção da Nazaki.
As negociatas dos deputados angolanos
Como prática corrente, deputados à Assembleia Nacional têm estabelecido sociedades comerciais com membros do governo e investidores estrangeiros, assim como têm realizado contratos com o Estado, para enriquecimento pessoal. Tal costume cria potenciais situações de incompatibilidade e impedimentos com o cargo que exercem, assim como conflitos de interesses e de tráfico de influências. Em suma, engendram um clima propício para a institucionalização da corrupção no parlamento.
Apresento os primeiros seis casos de deputados cujas actividades comerciais e funções extra-parlamentares suscitam várias considerações e interrogações à luz da legislação em vigor. Esta série investigativa, baseada exclusivamente em documentos oficiais, consiste, sobretudo, em informar e formar a opinião pública para uma tomada de consciência sobre o modo como os dirigentes usam o nome e o poder soberano do povo angolano. Para servir a quem? Eis a questão. A seu tempo, Maka Angola questionará a origem da riqueza ostensivamente exibida por alguns deputados.
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