Mendes: "Isto é um ataque sem precedentes à classe média”
No seu habitual comentário no jornal Política Mesmo da TVI24, o Conselheiro de Estado de Cavaco Silva, considerou excessivo o aumento de impostos. E deu como exemplo o facto de os contribuintes que ganham 80 mil euros por ano irem pagar um total de 65% de impostos.
“É um bom ordenado, mas não são milionários, são classe média. (…) Vão dar dois terços para o Estado e só ficam com um terço do ordenado. Vão trabalhar oito meses para o Estado e apenas quatro para si. Isto é uma espécie de assalto à mão armada ao contribuinte. (...) É matar a classe média.”
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O social-democrata lembrou a cláusula de salvaguarda deste imposto, decretada por este Governo, que estipulava um tecto máximo de aumento de 75 euros, em vigor nos anos de 2013 e 2014.
“O mesmo Governo que criou esta cláusula, retirou-a agora. Isto é um ataque sem precedentes à classe média”, acrescentou.
O conselheiro de Estado sublinhou ainda que o Orçamento do Estado vai ter dois terços em cobrança de impostos e um terço no corte da despesa, “exactamente o contrário do que o Governo disse que ia fazer”. “Mais impostos vão dar mais recessão” afirmou, acrescentando que este era a receita do Partido Socialista.
Marques Mendes concluiu que o Governo “anda desorientado”, dando como exemplos os casos da privatização da RTP, a Taxa Social Única, as divisões na coligação e as críticas dos ministros aos empresários.
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