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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Parlamento: Conclusões do inquérito sobre o banco - BPN

BPN custa 322 € a cada português

Até ao final de 2012, os encargos líquidos com o Banco Português de Negócios (BPN) totalizam 3,4 mil milhões de euros, o que dá 322 euros por cada português, tendo em conta que há 10 561 614 habitantes no País.
Os custos do BPN, que podem vir a atingir os 6,5 mil milhões de euros, davam para pagar sete milhões de salários mínimos nacionais ( 485 €), tendo em conta os dados apresentados no relatório final da última comissão de inquérito a todo o processo do BPN – da nacionalização à reprivatização.
O impacto financeiro no Orçamento do Estado de 2012 será de 501 milhões de euros no défice, segundo as contas do deputado relator Duarte Pacheco (PSD). Ou seja, são quase 1,4 milhões de euros por dia. O relator deixa ainda em aberto um novo inquérito: "O futuro dirá".
O documento está longe de ser pacífico. Uma situação quase inédita no Parlamento, com acusações da Oposição a Duarte Pacheco de ser parcial. O PCP frisa que o buraco no BPN dava para pagar quatro subsídios de Natal e férias a funcionários públicos e pensionistas.
Em causa está a análise de Duarte Pacheco ao apontar o "desnorte" do anterior Executivo (PS), considerando que a intervenção do actual primeiro--ministro, Passos Coelho, na reprivatização e venda ao BIC, por 40 milhões de euros, "não teve cariz negocial". O negócio foi o "possível". Caso contrário, a saída seria a liquidação do BPN: um cenário pior para o contribuinte. O CDS pediu à Justiça que avalie o prejuízo da nacionalização.

Uma reunião do inquérito parlamentar com Mira Amaral, do BIC, que comprou o BPN

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