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domingo, 22 de abril de 2012

Presidenciais francesas

Para Hollande, “a mudança” já começou
22.04.2012 - 20:48 Por Pedro Crisóstomo

Hollande diz que é o "candidato de todos os cidadãos"  
Hollande diz que é o "candidato de todos os cidadãos" (Foto: Patrick Kovarik/AFP)
Para François Hollande, a primeira volta das presidenciais francesas tem uma dupla leitura: Sarkozy é “o candidato de saída” e ele “o candidato de todos os que querem virar a página e abrir uma outra”. As projecções colocam o socialista em vantagem sobre o Presidente francês e Hollande diz que a mudança já começou.

“Ao fim da primeira volta, sou o único candidato da mudança”, afirmou, num discurso na cidade de Tulle, depois de serem conhecidas as projecções eleitorais, que o dão como vencedor da primeira volta, com 28,4% a 29,3% dos votos.

“Graças a vocês, a mudança está em marcha”, reforçou. Hollande, que se diz o representante da esquerda e “o candidato de todos os cidadãos” na votação de 6 de Maio, referiu o apoio da verde Eva Joly e o apelo à mobilização contra Sarkozy feito por Jean-Luc Mélenchon, da Frente de Esquerda.

Não deixou passar em branco a surpresa desta primeira volta, Marine Le Pen, a quem as projecções dão o terceiro lugar, com 18,2% a 20% dos votos. Para a candidata da Frente Nacional, que falara minutos antes em Paris, a extrema-direita é a “única oposição” à esquerda em França. Hollande leu a votação em Le Pen como “um novo sinal”, sintomático do que diz terem sido os últimos cinco anos de Governação de Sarkozy.

Mais do que uma vez, Hollande falou de Nicolas Sakozy como “o candidato [que está] de saída”, para insistir ser o único representante de “uma alternativa que dê confiança aos franceses” na moral política, contra o desemprego, a precariedade, as desigualdades – que, disse, aumentaram –, pela segurança e em nome dos mais pobres.

Telegráfica foi a referência à Europa, que disse precisar de ser orientada para o crescimento.

Minutos mais tarde, quando Hollande saía do púlpito e distribuía cumprimentos pela plateia, começou a discursar Sarkozy em Paris, recebido aos gritos. “Tudo começa agora. A partir de amanhã, voltamos à estrada, a cada minuto, a cada segundo”.

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