«Pereira Cristóvão está de volta à direção do Sporting» - DN
Por Redação
Paulo Pereira Cristóvão foi reintegrado e em plenas funções no cargo de vice-presidente do Sporting para o património, após uma reunião do Conselho Diretivo que terminou cerca da meia-noite (durou quase nove horas) e que teve momentos tensos. O ex-inspetor da PJ pediu a suspensão do mandato para que foi eleito em 2011, na sequência do «caso Cardinal», denunciado pelo DN na semana passada. O dirigente leonino foi então constituído arguido, acusado de denúncia caluniosa qualificada. Mas hoje está de volta a Alvalade.
É um verdadeiro artista… leonino. Assim se pode qualificar o agora suspenso vice-presidente do Sporting para a área do Património, Paulo Pereira Cristóvão. Ex inspector da Policia Judiciária viu hoje, quinta feira, os seus antigos companheiros da corporação invadirem o seu escritório na Almirante Reis e a sua casa, em Lisboa, numa operação de busca incluída no processo de alegado suborno ao árbitro auxiliar, José Cardinali, dias antes dos quartos de final da Taça de Portugal, em Dezembro, em que o Sporting bateu o Marítimo por três bolas a zero. Afinal, o suborno foi uma cilada, ao que tudo indica, engendrada por este dirigente leonino – que chegou a candidatar-se à presidência do clube. Cristóvão, que diz ter suspenso (figura que não existe nos estatutos) o seu mandato no Sporting, não como assunção de uma culpa mas em defesa dos superiores interesses do clube, é suspeito de ter pedido a um seu funcionário da empresa de segurança de que é dono para se deslocar à Madeira com o intuito de efectuar um depósito de dois mil euros na conta do árbitro, «armadilhando» o quadro que alguém no arquipélago estava a tentar corromper o juiz auxiliar. Tramou-se: as câmaras de vídeo da caixa Multibanco identificaram o depositante e foi depois somar os cordelinhos nesta montagem que visava, acima de tudo, afastar o juiz daquele jogo, como veio a acontecer, quando uma carta anónima, acompanhada por talões do depósito, chegou ao clube de Alvalade, ao que tudo indica, escrita por uma mulher, em que se dava conta de que o dinheiro teria como objectivo beneficiar o Marítimo. Afinal, um estratagema alegadamente engendrado por Paulo Cristovão, algo surrealista e primário, isto se atentarmos no facto do agora arguido ter sido inspector da Polícia Judiciária, e logo nos quadros da DCCB, chegando a investigar os chamados «crimes de colarinho branco», como foi o caso da operação Furacão.
Na PJ, também deixou a sua «marca»: Cristóvão chegou a ser julgado com outros colegas por alegadas agressões à mãe de Joana, acusada de assassinar a filha numa aldeia nos arredores de Portimão, cujo cadáver nunca foi descoberto. Acabou absolvido, mas na retina de muita gente ficou a foto publicada pelo «Expresso» onde se via Leonor Cipriano com a cara massacrada, na sequência de ter «tombado» nas escadas da prisão onde estava detida. Depois de «o Crime» publicar vasta matéria arrasadora para os elementos da PJ que investigaram o caso, Paulo Pereira Cristovão liderou um grupo, do qual também fazia parte o advogado António Pragal Colaço ( muito ligado ao Benfica, sendo um colaborador assíduo do canal de TV do clube) mostrando interesse em comprar aquele jornal a atravessar um periodo económico dificil. As negociações goraram-se e, estranhamente, o director do jornal acabou por ser afastado cargo…
Anteriormente a este episódio, Paulo Pereira Cristovão foi acusado por uma senhora de Coimbra, Isaura Gomes Pereira, vítima de um falso inventário, de ter recebido 1500 euros para publicar uma notícia reportando esse caso no jornal o Crime…um caso que chegou a ser apreciado pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista por alegadamente existirem indícios da prática de comportamento passível de configurar infracção disciplinar do responsável do jornal e de um jornalista, os quais foram acusados pela senhora de terem recebido aquele montante para publicarem o artigo. Veio afinal a comprovar-se a falsidade dessa acusação, mas o certo é que a lesada insistiu ter dado o dinheiro a Paulo Pereira Cristovão …e este contra argumentou que foi para pagar as despesas da ida doa jornalistas á Figueira da Foz, o que nunca aconteceu…
Sempre metido em trapalhadas, Paulo Pereira Cristovão contribuiu agora com este caso Cardinali para «enterrar» a credibilidade do grémio leonino, e logo numa altura em que as suas figuras de proa, como foi o caso do comentador Eduardo Barroso, vinham insistindo nos «roubos» da arbitragem que espoliarem o clube da luta pelo titulo….
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