José Mário Branco

1. No Teatro Tivoli em Lisboa para o Programa Vozes Que Abril Abriu no dia 25 de Abril de 2009.
   Letra e música de José Mário Branco
   
   Do que um homem é capaz
   As coisas que ele faz
   Para chegar aonde quer
   É capaz de dar a vida
   Para levar de vencida
   Uma razão de viver
   
   A vida é como uma estrada
   Que vai sendo traçada
   Sem nunca arrepiar caminho
   E quem pensa estar parado
   Vai no sentido errado
   A caminhar sòzinho
   
   Vejo a gente cuja a vida
   Vai sendo consumida
   Por miragens de poder
   Agarrados alguns ossos
   No meio dos destroços
   Do que nunca vão fazer
   
   Vão poluindo o percurso
   Com as sobras do discurso
   Que lhes serviu pr'abrir caminho
   À custa das nossas utopias
   Usurpam regalias
   Para consumir sòzinho
   
   Com políticas concretas
   Ímpões essas metas
   Que nos entram casa dentro
   Como a Trilateral
   Com a treta liberal
   E as virtudes do centro
   
   No lugar da consciência
   A lei da concorrência
   Pisando tudo pelo caminho
   Para castrar a juventude
   Mascaram de virtude
   O querer vencer sòzinho
   
   Ficam cínicos, brutais
   Descendo cada vez mais
   Para subir cada vez menos
   Quanto mais o mal se expande
   Mais acham que ser grande
   É lixar os mais pequenos
   
   Quem escolhe ser assim
   Quando chegar ao fim
   Vai ver que errou o seu caminho
   Quando a vida é hipotecada
   No fim não sobra nada
   E acaba-a sòzinho
   
   Mesmo sendo poderosos
   Tão fracos e gulosos
   Que precisam do poder
   Mesmo havendo tanta gente
   Para quem é indiferente
   Passar a vida a morrer
   
   Há principios e valores
   Há sonhos e há amores
   Que sempre irão abrir caminho
   E quem viver abraçado
   À vida que há ao lado
   Não vai morrer sòzinho
   E que morrer abraçado
   À vida que há ao lado
   Não vai viver sòzinho
   
   José Mário Branco - Música do album Resistir é Vencer
   
   1.Alerta
2. As Canseiras Desta Vida
3. Cantiga do Fogo e da Guerra
4. Cantiga Para Pedir Dois Tostões
5. Capotes Brancos, Capotes Negros
6. Casa Comigo Marta
7. Eu Vim de Longe
8. Fado da Tristeza
9. FMI

10. Alerta
11. As Canseiras Desta Vida
12. Cantiga do Fogo e da Guerra
13. Cantiga Para Pedir Dois Tostões
14. Capotes Brancos, Capotes Negros
15. Casa Comigo Marta
16. Eu Vim de Longe
17. Fado da Tristeza
18. FMI
19. Mudam-Se Os Tempos, Mudam-Se As Vontades
20. O Charlatão
21. Onde Vais ó Caminheiro
22. Perfilados De Medo
23. Quando Eu For Grande (Carta aos Meus Netos)
24. Queixa das Almas Jovens Censuradas
25. Sant´Antoninho
26. Tiro-no-liro
27. Utopia