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segunda-feira, 10 de maio de 2010

UE tem megaplano de 600 mil milhões para salvar o euro



Ecofin
por CARLA AGUIAR Hoje 10/05/10
Ministros das Finanças dos 27 discutiram ontem, noite dentro, plano entre a Comissão, os Estados e o FMI para estabilizar mercados.
Os ministros das Finanças dos 27 países da UE discutiram ontem pela noite dentro, em Bruxelas, um gigantesco e inédito plano para estabilizar os mercados financeiros e salvar o euro. O pacote, proposto pela Alemanha, engloba um total de 600 mil milhões de euros. Segundo o plano, a Comissão compromete-se com empréstimos até 60 mil milhões de euros aos países em dificuldades, contando com a garantia dos próprios Estados, com os restantes 440 mil milhões a serem garantidos por empréstimos bilaterais dos países da Zona Euro e mais 100 mil milhões de linhas de crédito do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Imperativo era atingir um compromisso antes da abertura dos mercados asiáticos, para evitar novos ataques especulativos que têm levado à queda das bolsas e do euro e ao agravamento dos juros da dívida pública de países como Portugal, Espanha e Grécia . Em resposta ao plano, o euro estava a subir 1,1% em Sidney, já 2.ª-feira.
A proposta avançou com a força de um acordo franco-alemão, anunciado ao fim da tarde, à margem da reunião extraordinária do Ecofin. Mesmo apesar de Angela Merkel estar agora mais fragilizada, após a perda da maioria da sua coligação nas eleições da Renânia.
Mas até às 22.30 - hora de fecho desta edição -, os 27 ainda não tinham conseguido um consenso total em torno dos três pontos fundamentais do plano para a estabilização financeira. Um dos entraves veio do Reino Unido. "Nós não queremos participar num fundo de socorro europeu", disse o ministro das Finanças inglês. Em causa estavam os empréstimos da UE, as garantias a dar por parte dos países da Zona Euro para os financiamentos suplementares e um gesto do Banco Central Europeu. A ideia de o pacote financeiro ser de solidariedade europeia e não só do grupo euro ficou ameaçada com a reserva inglesa.
À entrada da reunião, os governantes sublinharam a urgência de uma solução para acalmar os mercados. Mesmo à distância, também o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou o seu maior empenhamento, tendo-se afirmado "muito preocupado". Obama ligou ontem à chanceler alemã, pela segunda vez em três dias, reclamando "medidas enérgicas para recuperar a confiança dos mercados", disse a Casa Branca. O euro desvalorizou 15% face ao dólar desde Novembro.
No mesmo dia em que o Ecofin tentava desesperadamente encontrar uma solução para salvar o euro, o FMI aprovou um empréstimo de 30 mil milhões de euros à Grécia, ao longo de três anos.

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