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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

HABITAÇÃO E URBANISMO - "Até um papagaio entende"


Não querem que o preço das casas aumente? Permitam mais construção /premium

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«Há muito tempo, quando a economia era pouco mais do que um conjunto de frases bonitas, um crítico da ciência disse: “Se queres um economista de primeira água, arranja um papagaio e ensina-o a dizer ‘Oferta e Procura’ como resposta a qualquer pergunta que lhe façam. O que determina os salários? A Oferta e a Procura. O que determina o juro? A Oferta e a Procura. O que determina a distribuição de riqueza? A Oferta e a Procura.”» (Irving Fisher, 1910, Introduction to Economic Science, tradução minha).
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Costuma-se dizer “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”, mas no caso de Robles é o contrário, tem a prática certa; a sua teoria é que está errada: ao contrário das políticas que defende, aquilo que ele faz na prática contribui para resolver o problema da habitação de Lisboa. Tal como, diga-se, aquilo que a Segurança Social fez. Vender os imóveis que tem para que possam ser usados no mercado. Deve, evidentemente, procurar vender ao melhor preço possível, porque se trata de receitas para o Estado, mas o princípio está correcto: aumentar a oferta de habitação disponível no mercado. E se puder pré-aprovar projectos de alargamento desses imóveis que detém (por exemplo, acrescentando-lhes um ou dois andares), aumenta a sua atractividade, logo o seu preço, e contribui ainda mais para a solução do problema. E, claro, como falei em edifícios detidos pela Segurança Social, também posso falar em quaisquer outros detidos por entidades do Estado. Se forem para o mercado, seja na forma de alojamento local seja na de habitação permanente, ajudam a resolver o problema. 
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Sobre este assunto vou explicitamente recomendar três artigos com os quais concordo globalmente: “Os exemplos educativos de Robles e Costa”, de Vera Gouveia Barros, “O bem que Robles nos fez”, de Fernanda Câncio, e “O Estado que não sabe gerir os seus imóveis quer gerir os dos outros”, de Paulo Ferreira. 

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