Três dias depois da Revolução dos Cravos, que acabou com a guerra colonial, o matutino “Província de Angola” ainda tinha escrito na 1ª página “Visado pela Censura”. No 43º aniversário do 25 de Abril de 1974, o Expresso recorda 43 primeiras páginas dos jornais que se liam em Angola, Cabo Verde, Moçambique e na Guiné. São sete fotogalerias
Na véspera da Revolução dos Cravos o diário “Notícias da Beira” lembrava na primeira página que que a “maioria não branca não tem direito a voto” nas eleições da vizinha África do Sul”
Para bom leitor meia palavra basta – e a nota sobre as restrições de direitos à população africana na África do Sul também se aplicava a Moçambique e restantes Províncias Ultramarinas, expressão por que passaram a ser designadas as colónias portuguesas depois da reforma constitucional de 1951.
Em Angola, na véspera da Revolução dos Cravos, o vespertino “Diário de Luanda”, titulava na primeira página: “Durante a visita oficial a Madrid – O Primeiro-Ministro da Líbia Atacou a Presença Espanhola no Sará”. A Líbia de Mouammar Kadhafi – tal como outros países do Magrebe – não via com bons olhos a presença europeia no Sará; Abdussalam Jalloud aproveitou a visita oficial que realizou à Espanha de Francisco Franco para transmitir esta posição.
Este vespertino, o “Notícias da Beira”, “A Voz da Guiné” e “O Arquipélago”, de Cabo Verde, são os quatro títulos do conjunto dos sete que aqui mostramos que saíram no dia da Revolução.
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