de(Notas) - Sábado, 6 de Abril de 2013 às 2:02
Como não quero ir longe de mais nas injunções e vocativos à deputada e
vice-presidente da bancada parlamentar do PPD,Teresa «Preocupada e Perplexa»
Leal «a» Coelho, passo a palavra ao meu amigo PEDRO REIS:
«Acabado de chegar a casa, ligo a televisão e já só apanho a parte final
da declaração do presidente do Tribunal Constitucional e, três cigarros depois,
as declarações dos representantes dos Partidos. A cerca de 5850 quilómetros de
Lisboa, acaba por me entrar em casa uma deputada da república, a proclamar a
sua perplexidade e a zurzir, forte e feio, nos juízes do Tribunal. Dei por mim
a pensar que esta deputada, Teresa Leal Coelho de seu nome, deputada da
República por escolha pessoal do primeiro-ministro, deverá ter sido escolhida
para fazer esta declaração pela experiência que tem de comentar decisões dos
Tribunais portugueses.
«Quando foi despedida de administradora do Centro Cultural de Belém, o
então presidente, Fraústo da Silva, explicou que a senhora se teria enrolado
numa série de trapalhadas, que envolviam o favorecimento de amigos e o abuso de
funções e do nome da instituição. Tudo acabou em Tribunal, com a futura deputada
condenada duas vezes. A propósito da sua dupla condenação, a futura deputada
declarou, na altura, que as sentenças continham vícios de “obscuridade” e
“falta de transparência”. Juro que é verdade. Mas explicou também que só não voltou
a recorrer porque deixou passar os prazos legais para o fazer. Sendo
profissionalmente advogada é, no mínimo, estranho e absurdo.
«Um país que tem um presidente em Belém a fazer lembrar, cada vez mais,
Américo Tomás, em versão embalsamada, a quem não falta, inclusivamente, a sua
Gertrudes, e que elege para deputados da República gente desta natureza (e faço
a justiça de concordar que os/as há em todos os partidos) deve, no mínimo,
parar para pensar, mas não auguro nada de bom para o futuro.
«PS: Atacar uma senhora, não é bonito. Penitencio-me por isso. Tenho, no
entanto, uma atenuante. Esta senhora também foi administradora da SAD doBenfica, sob a presidência de Vale e Azevedo. Fez, portanto, parte da pandilha
que ia destruindo o meu Clube. E isso, perdoem-me, não posso deixar passar e
nunca lhe perdoarei
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