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terça-feira, 23 de abril de 2013

Europa da Vergonha - J.Caupers



A Europa da vergonha
A União Europeia agoniza, ligada ao ventilador do Banco Central Europeu. Já é pouco mais do que um prestamista ávido e zeloso, que contabiliza dívidas, avaliza empréstimos e apresenta facturas. Gregos, irlandeses, espanhóis, portugueses ou cipriotas – e, em breve, outros – deixaram de ser povos ou nações, para passarem a ser, simplesmente, devedores.
É certo que a UE e as anteriores Comunidades sempre foram mais dos bancos e do capital financeiro do que dos cidadãos. Mas esse pecado original que, em certo momento, pareceu poder ser redimido por um baptismo de cidadania, foi-se, ao invés,agravando, com o esboroar do mito da Europa social, pela pressão conjunta da crise económica, da mediocridade e estupidez dos líderes europeus e do despertar dos nacionalismos adormecidos.
Não é a crise do euro enquanto moeda o mais preocupante. A moeda, esta ou outra, não passa de um instrumento económico. O preocupante é que o euro é uma moeda comum a vários países, tendo, por isso, um valor também simbólico. Como a bandeira, ou o hino. E, tal como estes, somente fazia sentido como etapa de um percurso integrador.
Mas o percurso integrador, perdidos os marcos que o pontuavam, desvaneceu-se.
O que ficou foi esta frustração angustiante, sem amanhã à vista, repleta de decisões que se adiam, de reuniões inconclusivas, de planos que não se cumprem, de mistificações infantis, de discursos gastos e patéticos. O episódio lastimável da tentativa de confisco dos depósitos nos bancos cipriotas é apenas o último e mais reles – até ao próximo.

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