O General Pires Veloso,
um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que naquela década ficou
conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 25 de Abril, de
raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados".
Inversão do 25 de
Abril
Quanto ao povo,
"assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se as coisas
atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o
sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais,
cuidado com eles".
"Quando se deu o
25 de Abril de 1974, disseram que tinha de haver justiça social, mais igualdade
e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril
exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem
de arrepiar caminho rapidamente".
Passos Coelho
"tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de riqueza e
que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise",
defendeu, apontando a necessidade de rever rapidamente as parcerias
público-privadas.
"Julgo que Passos
Coelho quer a verdade e é esforçado, mas está num sistema do qual é
prisioneiro. O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há.
E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu. Falta-lhes mais
tempo? Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, disse Pires Veloso
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