Portugal encontra-se numa das
maiores crises de sempre, mas por todo o lado verificamos que as mordomias
instaladas tardam em sair do horizonte de elites que pensam que a crise é um
caso do vizinho do lado.
Não é necessário percorrer muitos
quilómetros para verificar que por essas estradas fora carros do Estado
circulam aos magotes. Não é preciso ir muito longe para verificar que horários
não são cumpridos e a hora de almoço é uma das que mais se estica chegando a
colar-se ao lanche, enquanto ali mesmo ao lado pessoas passam fome.
O Estado para alguns continua a
ser o que era, uma casa farta onde as festas de anos como na Câmara de Aveiro é
feriado, noutros as festas em condomínio fechado passam ao largo dos olhares,
mas em ambos os casos o dinheiro dos contribuintes é esbanjado em taça de
prata.
Portugal continua afundar-se, o
desemprego a cavalgar para números jamais pensados, a classe média a
desaparecer, os bancos a receberem milhões e com mais lucros, a EDP e outras
tais com os seus administradores a ganharem ordenados “pornográficos”.
A classe politica tem medo de
sair à rua, a justiça de mãos dadas com esta classe não consegue ou não quer
utilizar o Código Penal de forma que esta roubalheira seja paga e verificarmos
que os culpados sejam punidos. A caminhar desta forma em breve com a subida dos
números do desemprego podemos vir a ter um descontrole muito grave.
Neste momento verificamos que o
próprio Governo nos esconde os dados como vai resolver o corte dos 4 mil
milhões, esconde-se por detrás de uma nuvem negra e nas suas saídas fugazes
cheias de guarda-costas não consegue calar as vozes dum povo que sofre a bem
sofrer.
Esta semana verificamos as
eleições de Itália que deu a um humorista e a um antigo primeiro-ministro “show
off” percentagens que jamais pensariam ter. Portugal pode despertar para uma
situação idêntica através das redes sociais e com as tomadas de posição que todos
os partidos tem tido em todo este processo, poderá mesmo aparecer alguém sem
filiação e ter uma percentagem que façam tremer os partidos principalmente os
da Rede do Poder.
Como disse o Manuel Alegre “A
indignação e o descontentamento estão a virar-se contra o sistema”. E a “Grândola”
trouxe-nos o Serviço nacional de saúde, mais justiça social, mais democracia,
mais escola e por isso é um marco da
Liberdade, mesmo quando cantada desafinada.
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