Valentim Loureiro perde Câmara no Tribunal
O
Tribunal Judicial de Gondomar voltou a confirmar a perda de mandato de
Valentim Loureiro como presidente da câmara e rejeitou as nulidades
invocadas pela defesa. O entendimento do Ministério Público (MP),
subscrito pelo procurador Carlos Teixeira, considerava que a decisão já
não era passível de recurso, mas o juiz entendeu de forma diferente(...)
O MP entendia que a decisão de perda de mandato já tinha transitado em
julgado no Verão e que Valentim Loureiro devia ser imediatamente
afastado. Nas próximas semanas, saber-se-á se a aplicação da medida será
suspensa até ao trânsito em julgado.
Assim vai a nossa justiça, (saí entra saí e volta a entrar) até os juízes ficam embaralhados com tanta justiça. O final já todos os portugueses sabem desde que seja um político a fazer parte do banco dos réus.
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Apito Dourado

1958
Aos 20 anos é acusado de falsificar a
assinatura de um colega na Escola do Exército, para poder comprar coisas
na loja da escola com o ordenado dele. É expulso.
1965
Vai comandar o depósito Avançado de
Víveres nº. 823, em São Salvador. Angola. Adjudica o fornecimento de
batatas a um comerciante, Manuel Marques Cabral, pelo preço de 4$00,
quando na verdade o quilo custa 3$50. Dos 50 centavos, Valentim fica com
35 e outro oficial com com 15. No total, o major – na altura capitão -
“mete ao bolso” 258505$85, o que a preços de hoje daria 15 mil contos. É
expulso do exército, onde é reintegrado e promovido a major em 1980,
passando de imediato à reserva.
1973
É multado pelo Banco de Portugal por emprestar aos clientes das suas lojas de electrodomésticos dinheiro para jogar na bolsa.
1975
Alegadamente é um dos financiadores do
Movimento de Libertação de Portugal (MDLP). De acordo com Manuel
Macedo, Valentim Loureiro “aproveitou-se do MDLP para fazer negócios”,
ficou com o dinheiro de um livro que ia ser editado pela Igreja de Braga
e terá estado “profundamente envolvido” na morte de Ferreira Torres.
Valentim sempre negou tudo e desafiou a polícia a encontrar as suas
ligações ao movimento.
1980
Condenado no Tribunal do Pombal a uma pena de prisão, depois substituída por multa, por injúrias a um soldado da GNR.
1990
Envolve-se num incidente com guardas
da antiga 6ª. Esquadra do Porto, onde teria chegado a ser detido, e de
onde foi expulso em circunstâncias não completamente esclarecidas.
1991
Vai a um balcão do BCP depositar um
cheque de 33 mil contos, de um banco da Costa Rica. O cheque acaba por
não ter fundos e o caso vai para tribunal. O major é ilibado, já que foi
vítima de uma fraude.
1995
Um elemento da polícia presente num
jogo do Boavista acusa-o de ter chamado “analfabeto”, por “não ter
conhecido o major, que até o presidente da República conhece.
1999
Na rua de Fez, insultou vários agentes
da autoridade, alegadamente dizendo: “vocês são uma merda. A polícia
precisa de um comandante que vos ponha na ordem. Ainda bem que vai haver
polícia camarária”.
2002
O major terá alegadamente insultado um
polícia que procedia à identificação da sua mulher, por esta ter
estacionado o automóvel em cima do passeio e no enfiamento de uma
passadeira. Valentim recusou ainda identificar-se perante o polícia:
“Ele conhecia-me. Naquela esquadra todos conhecem sabem onde moro. Ele
até me tratou por senhor major – sabe quem sou”.
O que ele é:
21-04-04
21-04-04
- Presidente da Câmara Municipal de Gondomar
- Presidente da Liga Profissional de Clubes de Futebol
- Presidente de Junta Metropolitana do Porto
- Vice-Presidente do Conselho Nacional do PSD
- Presidente do Conselho Administrativo do Metro do Porto, SA
- Membro do Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses
- Presidente Honorário do Boavista
- Membro do Conselho Geral do Boavista
- Presidente da Mesa da Assembleia da Secção do PSD de Gondomar
O que ele tem:
- Companhia de Fiação de Tecidos de Fafe, conhecida como a “Fábrica do Ferro”
- Restaurante Degrau Chá, no Porto
- Uma fábrica de conservas em Gondomar
- Quatro casas de habitação e quatro propriedades*
- Oito lojas*
- 28 arrecadações e 23 lugares de garagem nos concelhos do Porto, Viseu, Vila do Conde, Loulé e S. Pedro do Sul*
- Mais de 100 mil contos investidos em mais de 20 empresas
- Quatro automóveis: Porsche 924, BMW 728i, mercedes 280S, Volvo 245*
- Rendimento anual em 2000 de 30 mil contos*
*Fonte: Revista “Focus”, Novembro de 2001
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